Na telinha

Alex, você está enganado.

Nos anos 70 e 80 havia excelentes programas nacionais. Sempre houve.

Programas como os que você citou sempre existiram — e aí a gente pode citar, além dos humorísticos como “Chico City”, “Viva o Gordo”, “Planeta dos Homens” e “Família Trapo”, casos especiais que levavam o melhor da literatura à telinha, uma infinidade de minisséries como “Mad Maria” e um bocado de outros que não lembro agora. E a Paula Saldanha, paixão de infância.

A “nacionalização” a que você se refere diz mais respeito à necessidade de empurrar programação de baixa qualidade para uma platéia cada vez menos qualificada do ponto de vista do anunciante.

É claro que eu aplaudo os que você citou, embora não assista a nenhum deles. Mas deveria aplaudir também Big Brother, Casa dos Artistas, Linha Direta, Ratinho, Gugu, Faustão, João Kleber, Luciano Huck e Datena?

Eu só aplaudo Márcia Goldschmidt. Porque mexeu comigo, mexeu com ela.

15 thoughts on “Na telinha

  1. Se você não tem TV por assinatura nos fins de semana (e não tem mais o que fazer), tá ferrado.

  2. a graça é que estamos ambos falando de programas que a gente nao assiste.

    enfim, naquela época acho que a tv era dominada pelas merdas importadas. hoje, pelas merdas nacionais.

    de qualquer modo, de modo geral, acho que a qualidade subiu.

  3. Sim, Rafa … havia bons programas, boas minisséries: ‘Morte e vida severina, por exemplo, foi demais! Como lembro! Hj tô como o Bia – n vejo TV há uns 6 meses e n sinto falta. Bjos,

  4. O melhor exemplo disso é a série “O Tempo e o Vento” filmada pela Globo. Recordo-me da música de abertura até hoje, embora fosse bem pequeno na época e não tinha menor noção do que era boa literatura. Parece-me que hoje a Globo aposta na tática “bater em bêbado”: a grande maioria das crianças de manhã ou à tarde (dependendo do horário em que estudam) irá assistir TV e boa parte a Globo, isso indepentemente do que vá passar. A grande maioria das mulheres assiste novelas. Sobra uma pequena faixa de horário para investir em criatividade. No restante, é bom economizar.

  5. Ha. Eu assisto TV o mínimo possível, de preferência, só filmes e às vezes alguns enlatados por puro entretenimento. A TV é muito ruim no mundo todo, não só no Brasil.

  6. a globo faz algumas coisas legais, mas joga no horário do CARÁLEO. pra gente como eu, que TRABÁLEO, fica foda ver. tinha tv a cabo e minha vida era INFERNAL; chegava em casa, ligava a TV, ficava zapeando até altas horas, ia dormir com aquela sensação de ZUMBI. parei com essa merda, me divirto um pouco com a internet, um tanto com os livros, muito escrevendo, bastantão fazendo SEX e conversando com amigos.

    muitas vezes em fins de tarde passo na casa de meu SUPER-AVÔ (86 anos, inteiraço) e ele tá vendo a Márcia Goldszchmitdtdocacete. eu sento com ele e a gente se diverte. eu acho realmente ÓTIMO!

  7. Olha, eu sinceramente assisto programas tipo “trash”, desses que abundam na TV aberta. Posso dizer que me divirto muito com eles. “Nada melhor” que uma tarde de folga, ligar a Tv e ficar sabendo das quentinhas dos artistas com o Leão Lobo, ou um pouco mais tarde, botar no programa do Datena e ficar sabendo que, por mais fodida que esteja nossa vida, a dos outros pode estar pior. Nada melhor que assistir um incêndio ao vivo às 18 horas, ou uma batida de frente na BR-101, ou um debate acirrado entre um travesti e Agnaldo Timoteo, falando da mudança de sexo da Roberta Close.
    Coisas como essa, sempre existiram. Sensacionalismo e baixaria, são fenômenos tão antigos quanto a própria sociedade (quem diga os Romanos) e na TV, sempre foi um filé.

    E para mim, é ilusão querer que a TV se qualifique para poucos, pois é imensa a maioria das pessoas que pensam: “A vida já é tÃo dificil, eu quero mesmo é dar risada…” e salve carnaval, salve o futebol e salve a tv “nossa” de cada dia.

  8. Outros bons programas que me vêm à cabeça dos anos 70 e 80: o seriado Ciranda Cirandinha (que tinha a Lucélia Santos, Denise Bandeira, Fábio Jr., etc, eram meio hippies e moravam juntos num apartamento); o infantil Vila Sésamo, que embora tivesse boa parte do material vindo dos EUA, tinha a parte nacional com atores como Sônia Braga, Aracy Balabanian, Armando Bogus, etc. No final dos anos 80, o humorístico TV Pirata. Outro humorístico legal era a Grande Família (tudo bem que era imitação do seriado americano All in the family, mas os atores brasileiros que faziam o Irineu e o Agostinho eram demais). O Globo Repórter dos anos 70 era bem bacana, lembro de ver alguns episódios sobre o Holocausto, narrados por aquele ator de cabelos brancos (esqueci o nome dele, aquele que foi casado com a Cacilda Becker). O musical Globo de Ouro podia ser meio cheesy, mas era a melhor alternativa da época quando não existia MTV, e a gente podia ver nossos músicos favoritos tocando seus hits na TV.

  9. Aplaudo o Linha Direta, pois depois que passei assisti cheguei a conclusão.. Qualquer um pode ser um assassino em potencial, o padeiro, o leiteiro, o seu vizinho que tem cara de babaca, até o seu cachorrinho de estimação pode acordar num dia de fúria porque vc trocou o sabor do Bonzo dele e te esquartejar a dentadas…
    Nem durmo direito depois de cada episódio, e no dia seguinte ando olhando pros lados achando que a qualquer momento posso ser vitima de uma facada perdida….ou achada…

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