Sobre o voto nulo

A maioria das críticas feitas ao governo Lula me interessa pouco ou nada. Uma delas me irrita, em particular: aqueles que não votaram nele porque ele iria mudar tudo e agora descem o sarrafo porque ele não mudou nada.

Mas a ótima seqüência de posts do Idelber sobre estar considerando o voto nulo em 2006 representam uma postura que merece ser discutida. Em princípio, boa parte da crítica do Idelber representa a desilusão de todos aqueles que acreditaram na mensagem e nos ideais do PT e se acham traídos pelo continuísmo. É a crítica de esquerda, feita sobre os alicerces sólidos daqueles que pensaram o PT. E que, quando aliada ao desencanto, costuma atrair muita gente boa.

Tem-se a impressão de que o principal problema interno do PT é a incapacidade de se acostumar ao fato de ter chegado ao poder. A guerra fratricida em que ele se engalfinha é uma mostra disso. Do outro lado, gente como a Heloísa Helena, que saiu reclamando do time aos cinco minutos do primeiro tempo, apenas ajuda a aprofundar essa sensação.

Mas então outros problemas aparecem. O governo tem se revelado de uma incompetência atroz no que diz respeito à articulação com o Congresso. O nêmesis do Idelber, o Aldo Rebelo, estaria muito melhor ali do que sendo sabotado sistematicamente pelo grupo do Zé Dirceu. O resultado é uma série de derrotas desnecessárias, devidamente amplificadas pela oposição, que apontam no governo um fisiologismo que em nada o diferencia de seus antecessores. Em parte, isso é compreensível: o governo Lula foi eleito sem uma base forte. Mas isso aconteceu com absolutamente todos os presidentes brasileiros desde a redemocratização. Aconteceu, por exemplo, com o PSDB, que sabia ser impossível chegar ao poder sem a base estamentária provida pela PFL, sem admitir a máxima cardosiana de que é dando que se recebe. Uma parte da crítica de esquerda nega ao governo Lula o reconhecimento dessa sociedade que estabeleceu padrões nebulosos de conduta com o Estado, que corrompe para depois acusar os corrompidos; e é loucura imaginar que o governo Lula poderia revogar essa situação rapidamente. Aqueles que criticam o governo pelo seu “fisiologismo” esquecem esse fato, que atenua uma boa parte da conduta do governo.

Há ainda a burrice de uma certa oposição de esquerda, e a má-fé da oposição de direita, que não ajuda em nada. As pessoas perdem tempo, por exemplo, criticando a compra do avião presidencial. (Só para constar: a compra era necessária. FH não comprou para não se desgastar no último ano de governo e passou, sabiamente, o abacaxi para Lula. Lula comprou logo porque sabia que a grita ia ser grande, mas que se fizesse o começo do governo tudo seria esquecido mais facilmente.) Preferem se preocupar com as bobagens ditas por Lula em discursos de improviso — e como ele diz bobagens –, como se isso tivesse alguma relevância sobre o processo político, e deixam de discutir com a profundidade necessária reformas importantes como a universitária, deixam de avaliar seus pontos positivos e negativos.

Mas tudo isso, claro, não é atenuante suficiente. Há claramente falta de coragem — ou vontade — do governo de atuar com decisão no espaço de que dispõe, ainda que este seja mínimo.

***

Do reconhecimento das falhas do governo a considerar o valor estratégico do voto nulo, como faz o Idelber, vai uma distância muito, muito longa. Não pelo voto nulo em si. Esse é um direito de cada um, e o Idelber sabe bem o que ele significa. Mas a idéia de que uma percentagem expressiva de votos fará com que se mude alguma coisa é uma utopia.

Para começar, nenhum movimento nacional pelo voto nulo conseguiria expressão suficiente para forçar uma segunda eleição. Sem isso, o que se tem é a alienação de uma parcela importante da sociedade de um processo político importante. A classe média, essa que agora considera o voto nulo, pode não eleger presidentes, como o PT aprendeu em 1989, mas é importante na formação de opinião.

É muito provável que Lula se reeleja no ano que vem. O crescimento de uma sensação generalizada de desencanto com o PT faz com que o PSDB comece a se assanhar e FHC passe a considerar realmente a possibilidade de se candidatar, mas é improvável que Lula, com a máquina do Estado na mão, com a posição privilegiada de já envergar a faixa, perca essa reeleição.

E aí a omissão dessa classe média provavelmente surtirá efeito contrário, um enfraquecimento ainda maior de um governo que tenta se equilibrar entre um projeto progressista e a dura realidade de uma sociedade gersoniana. Por exemplo, ainda que se admita as intenções louváveis da Heloísa Helena — e eu, decididamente, não estou entre eles –, o que ela conseguiu com isso? Ela não vai se reeleger porque vai lhe faltar legenda, a não ser que faça as mesmas alianças que condena no PT. Sua importância no processo político vai ser ainda menor.

É esse o problema do voto nulo: o mundo continua rodando a despeito dele. Qualquer pressão que exerça é insignificante diante da pressão da realpolitik.

Mais útil do que uma campanha pelo voto nulo seria, ao que parece, uma pressão coordenada por um maior comprometimento do governo com mudanças estruturais, onde for possível. Mais do que simplesmente sair da brincadeira, talvez fosse mais eficaz aos que fazem a crítica de esquerda ao governo Lula a cobrança incessante de promessas de campanha. Podem até ser irreais, mas as pessoas precisam lembrar que, no outro extremo, o lado negro da Força faz pressões também irreais, com o pragmatismo de quem sabe que pode até não conseguir alcançar uma estrela, mas certamente não termina com um punhado de pó nas mãos.

***

Mas uma vez trotskista, sempre trotskista. Esse povo está sempre equivocado, arre. Porque o barbudinho de óculos fica sempre lá no fundo, esperando uma chance para se manifestar ou uma picareta na cabeça. A única coisa bonitinha que já vi nos trostkistas foi uma lourinha de camisa vermelha que balançava a cabeça ao som do Pink Floyd em um congresso da UBES há muito, muito tempo, o tempo admirável em que militantes não usavam sutiã. O Pink Floyd é chato, balançar a cabeça é chato e trotskistas eram chatos, mas a lourinha bem que valia a pena.

***

As entrevistas dos brasilianistas Kenneth Maxwell e Thomas Skidmore ao Mais! republicadas pelo Smart Shade of Blue são importantes para ajudar a compreender o atual estado do Brasil (Deus, nunca pensei que fosse dizer isso de um brasilianista).

54 thoughts on “Sobre o voto nulo

  1. Quem se sente enganado pela política econômica de Lula criou ilusões, em sua campanha foi mote que nenhuma loucura seria cometida. O que decepciona é a inatividade do governo em alguns pontos antes considerados importantes, como a saúde. Porém outras discussões estão em aberto, como a reforma do ensino superior e ninguém dá a mínima. Seria muito mais importante gastar energia (e palavras) nisto.

  2. Não há excessiva incompetência do governo na relação com o congresso. Esse é um sinal dos tempos. O autoritarismo do executivo – em todas as esferas, vide SP – é que está sendo questionado;

    “burrice de uma certa oposição de esquerda, e a má-fé da oposição de direita” ?!?!?!
    Está parecendo aquela máxima de que uma ditadura de esquerda é aceitável…
    Uma análise mais interessante talvez passe pela marketagem do PT, em especial do Lula, e pelo jogo federativo, onde os governadores do PSDB de SP e Minas têm ajudado no razoável consenso;

  3. Eu trocaria tranquilamente a “Campanha Pelo Voto Nulo” pela “Faça Um Político Trabalhar: Nunca Mais Vote Nele!” – venho fazendo isso, de vereador a presidente, desde os tempos de Sarney.

  4. O problema da articulacao politica do PT eh antigo: sempre soube como captar o eleitorado, por exemplo o jovem, com o mote da esperanca (“Sem medo de ser feliz”), mas quando no governo (vide governo do estado do RS) falhou clamorosamente em se comunicar, e nao so com os outros poderes, mas ate com a sociedade em geral.

    Aqueles que acreditaram que haveria uma mudanca de curso radical e rapida com o Lula no governo, nao ouviram o que foi dito na campanha ou, pior, votaram na ilusao que a praxis petista no governo seria diferente do que anunciava o proprio PT.

    Quanto ao voto nulo, concordo inteiramente com o que dizes. Nao muda nada. Sou dos que acreditam que eh com voto que se pode mudar algo.

    E posso estar enganado, mas na minha opiniao a classe média nao esta considerando o voto nulo, esse eh um movimento (se podemos chamar assim)que eh restrito a alguns setores ainda pouco representativos (em termos quantitativos, mas nao qualitativos, bem claro) do geral, como os blogs que entraram nesta discussao.

    abraco

  5. Pois é, Bia, concordo com vc., mas fazer o que? Um dia nois chega lá. Votar nulo é facilitar o trabalho dos picaretas mais uma vez.

    Não reeleja seu candidato, nunca, senão o vagabundo perde a vergonha na cara, hehe…

  6. Análise lúcida do momento político atual, a questão do voto nulo, a meu ver seria um protesto que ainda não ganhou voz; a decepção é latente e a proposta de renovação nula….
    A real campanha deveria ser por reciclar, renovar…PT, PSDB,PFL,PMDB,PP, PTB…não há um nome de consenso, não um que destaca-se, e os poucos são como pedrinhas jogadas em lagos por mera ondinhas…
    Reforma Partidária, Refoma Tributária (leia-se contra medida 232), Reforma Administrativa ampla, Gestão real no Banco Central e BNDS…~que devem ser ocupados por pessoal técnico e competente e não cabide de empregos, apuração de denúncias….
    “O problema não é o sistema, o problema é o Homem”…nunca uma frase como esta de karl Max foi tão verdadeira em nossa conjuntura política…
    Abraços..

  7. Rafael, ótima a tua análise. Após ler o seu texto, só ficou uma pergunta: para quem acha que o governo Lula ou o PT não têm salvação, por que não investir numa campanha positiva, numa candidatura alternativa de esquerda (digo uma candidatura responsável e viável), em vez de gastar forças numa campanha contra tudo e contra todos, que não vai contribuir em nada para melhorar o país?

    E quanto ao Pink Floyd, tenho que admitir que eu adoro (com Roger Waters)! Mas eu uso sutiã quando a roupa é transparente. E não sou loura. Nem trotskista. E provavelmente repetirei meu voto em Lula mesmo, se não surgir outra candidatura boa à esquerda.

  8. É claro que alguns atos do atual governo, (que recebeu meu voto e confiança, diga-se de passagem) não são dignos do discurso pré eleitoral, e certamente andam na contra-mão dos ideais de quem nele votou. De minha parte, acho sinceramente que o que está sendo feito é o possível, deixei de acreditar em contos de fadas já faz algum tempo. Prefiro o Presidente calado, pelo menos no que se trata de discursos de improviso, e acho que a colcha de retalhos ministerial é um mal necessário. Não acho Pink Floyd chato, acho sutiã desnecessário, mas sou à favor da depilação do suvaco.
    Um abraço.

  9. Aqui em PORTO ALEGRE, ocorreu um movimento relativamente forte à favor do voto nulo.
    Pessoas ditas de esquerda, em protesto contra o governo federal, resolveram detonar com Raul Pont e anular o voto.
    Resultado: Fogaça ganhou a eleição e nada, absolutamente nada foi dito em relação aos votos nulos.

  10. “Mais útil do que uma campanha pelo voto nulo seria, ao que parece, uma PRESSÃO COORDENADA POR UM MAIOR COMPROMETIMENTO do governo com mudanças estruturais, onde for possível. Mais do que simplesmente sair da brincadeira, talvez fosse mais eficaz aos que fazem a crítica de esquerda ao governo Lula a COBRANÇA INCESSANTE DE PROMESSAS DE CAMPANHA.”

    Pergunta de uma alienada que ainda não sabe se quer sair do limbo: tem termos práticos, do “vamos arregaçar as mangas e colocar a mão na massa”, como funcionaria esse tipo de coisa? E que mobilização social, que quantidade de gente e de voz audível seria necessária para que isso fosse concretizado? Essas são minhas principais dúvidas.

    Imagino que seja necessária uma representatividade muito forte por parte da sociedade para que isso surta efeito. Como isso funcionaria no sentido de que essas cobranças fossem mais fortes do que a teia de concessões e articulações que os partidos fazem para se sustentar entre os poderes?

    Em suma, qual é a receita pelo menos para o começo de uma articulação?

  11. Excelente teu texto Rafael. Sou uma das que considero a possibilidade de anular meu voto, pois às vezes parece impossível suportar certas frustações depois de tantos anos de militância. São textos como este que permitem problematizações. Concordo contigo que uma votação nula expressiva (a ponto de invalidar uma eleição) é difícil e concordo contigo quanto à importância de se evitar um retrocesso, mesmo que o tal “projeto progressista” da esquerda caminhe aos trancos e barrancos. Temos tentado discutir seriamente isso no Uivemos. Um texto, sobre o ProUni, foi escrito a partir de um post seu!

    Valeu! Abração, Elisa

  12. Rafael:

    Talvez o voto nulo seja realmente algo que não irá surtir o efeito necessário (assim como a nota “zero” de protesto da maioria os estudantes da Escola Politécnica da USP no provão de 1998), mas talvez discutir-se sua consideração possa de alguma maneira contribuir para levantar outra discussão, contra a mesmice e contra a falsa democracia deste país.

    Alias, eu vou criar vergonha na cara e ver se arrumo tempo semana que vem para escrever algo sobre o voto nulo e também sobre a falsa democracia, já que neste último caso eu venho protelando o texto há muito tempo.

    Abraço!

  13. O debate mais relevante deveria abordar a obrigatoriedade do voto. Particularmente sou contrário, até para preservar o direito de escolha (a primeira escolha é entre votar ou não). Além disso, não me parece justo ser obrigado a votar mesmo quando se está diante de um quadro político-partidário paupérrimo e esquizofênico. Nesse contexto, dada a obrigação em votar, não vejo como ser contra o voto nulo como forma de protesto. Aqui, como bem ressaltou o Idelber, a questão teleológica fica prejudicada, devendo o questionamento limitar-se à justiça ou não de obrigar alguém a votar contra seus princípios e contra sua consciência. Por fim, bem pior do que defender o voto nulo é a tal da teoria do “menos ruim”, pois depois de eleito não vai dar pra saber quem votou no safado por convicção ou por ser ele o mal menor. AH!, odeio Pink Floyd (prefiro os Ramones) e não uso cueca…

  14. Eu nunca falo de política, mas resolvi abrir uma exceção porque os posts de todos os blogs sobre esse assunto estão muito bons. Fiz um post lá no chá.

  15. Adorei o post Rafael, já anulei voto e anularia de novo, dependendo da conjuntura. Infelizmente no Brasil acho que a única maneira de cobrar promessa de campanha é não votando de novo. O PT virou um balaio de gato tão grande que eu vejo mal como um militante pode hoje em dia cobrar algo, imagina um cidadão comum, exceto em período de campanha.

    Não me lembro de ter visto algum stalinista interessante, na minha época estavam em franca decadência ou saíam na porrada ou apagavam a luz na hora de contar os votos durante os congressos (risos). Beijos para ti.

  16. Poderia ser pior se fosse uma campanha pelo voto em branco.
    Quanto ao Pink Floyd, o legal era curtí-lo no início dos anos 70. Não que me estusiasmasse o tipo de música deles, mas na turma dos que puxavam um fuminho e viravam os olhinhos ao som do Pink Floyd tinha cada gatinha…
    Ciao

  17. Caro Rafael Galvão,
    As críticas à compra do aerolula não são apenas demonstrações de “má-fé da direita”. Não quero parecer grosseiro, mas acho que esta é uma explicação simplória, no estilo “a melhor defesa é o ataque”. Ora, o Lula, aquele anterior a 2002, sempre foi radicalmente contra a compra de um novo avião presidencial, e dizia para quem quisesse ouvir que tal aquisição era imoral, indecente, etc. Ele também criticava ferozmente as barganhas de seu antecessor no Congresso Nacional, suas viagens internacionais, e por aí vai. Sempre posando de vestal indignada com a podridão alheia. Quando o companheiro assume a presidência, porém… compra o avião, barganha com o Congresso de forma ainda mais descarada, viaja mais que FHC, emprega militantes petistas aos borbotões na máquina pública, dá a seu marqueteiro contratos públicos milionários – por hora chega, que a lista é longa. Puxa vida, se isso não configura um espécie de estelionato eleitoral, eu não sei mais o que é. Eu não digo o mesmo da política econômica, pois todos sabem (embora alguns finjam não saber) que é praticamente impossível fazer mudanças bruscas nesta área sem correr o risco de levar o país de vez para o buraco – e Lula já vinha indicando desde 2001 que não colocaria em prática as propostas econômicas da esquerda petista (propostas, aliás, atrasadas, estatizantes, autoritárias).
    Eu já fui militante petista durante longos anos, e votei no Lula nas quatro eleições que ele disputou (ou seja, nunca votei em outro candidato a presidente que não fosse ele). Pronto, estas são minhas “credenciais” de ex-petista. Desde antes da última eleição presidencial, contudo, passei a transitar em um território, digamos assim, mais liberal. Olhando para o meu passado, e para as atitudes da esquerda em geral, deste novo ponto-de-vista, vejo que certos deslizes autoritários continuam a grassar neste campo, mesmo entre pessoas inteligente e equilibradas. Rapaz, me desculpe, mas classificar uma crítica como “burrice da esquerda” ou “má-fé da direita” é um destes deslizes. Você tenta desmoralizar o argumentador, sem precisar discutir seriamente seu argumento.
    De resto, você escreve realmente muito bem, embora eu concorde com muito pouca coisa.
    Abraços

  18. Urgente!!!!

    Plano econômico para os países pagarem as suas dívidas ao FMI, acelerarem os seus crescimentos econômicos e também combaterem a miséria social mundial de forma mais eficaz e equilibrada

    Atoria:Edilson Marinho da Silva/Divulgue-o maciçamente esse novo ideal.
    Segui-se abaixo os passos do projeto econômico que os países juntos e unidos devem segui-los para poder pagarem as suas dívidas aos agiotas internacionais do Fundo Monetário Internacional (FMI), como também acelerarem os seus crescimentos econômicos para combaterem de forma mais eficaz e equilibrada a miséria social mundial:

    1º- Passo – Os países pobres e ricos que devem ao FMI e que querem se livrar da sua agiotagem terão que se unirem mais rápido do que depressa para juntos formarem um novo Bloco Econômico Mundial, onde este por sua vez terá que ter um parlamento, um banco central e um conjunto de ministérios para administrarem sabiamente os seus países integrantes;

    2º-Passo – Cada país interessado na formação desse novo Bloco Econômico Mundial (BEM) terá que enviar um número “X” de pessoas capacitadas para formarem o seu parlamento e os seus ministérios, para com isso poderem administrar e discutir reformas jurídicas, fiscais, econômicas, sociais e outras reformas entre os seus países integrantes. O presidente do parlamento e os seus ministros dos ministérios desse novo Bloco Econômico Mundial terão que ser revezados entre todos os seus países integrantes, para com isso evitarem contendas de governabilidades entre eles;

    3º- Passo – Uma das primeiras medidas que esse novo Bloco Econômico Mundial terá que tomá-la imediatamente será o mesmo cunhar uma nova moeda forte, onde a mesma terá que ter o mesmo valor do dólar e com o poder de compra em todos os seus países integrantes;

    4º- Passo – Depois da cunhagem dessa nova moeda forte, o Bloco Econômico Mundial terá que recolher todas as resevas cambiais, de moedas fortes, dos seus países integrantes, e substituí-las ao mesmo tempo por esta nova moeda. Depois dos recolhimentos dessas resevas cambiais, de moedas fortes, o Bloco Econômico Mindial pegará as mesmas e pagará ao FMI as dividas dos seus países integrantes. Dessa forma, sábia e inteligente, todos os seus países integrantes irão se livrar duma vez por todas do câncer da agiotagem do FMI;

    Obs.: Nenhum país integrante a esse novo Bloco Econômico Mundial irá sofrer perca com essa nova transação financeira. A sua reserva cambial, de moedas fortes, será simplesmente substituida por esta nova moeda, que irá pertencer ao Bloco Econômico Mundial, onde a mesma terá o mesmo valor do dólar e com poder de compra em todos os seus países integrantes. O parlamento desse novo Bloco Econômico Mundial terá que pedir a todos os países, não integrantes a esse novo Bloco Econômico Mundial, que aceitem também a receber essa nova moeda forte, para com isso facilitar o intercâmbio comercial entre esses paísese e os seus países integrantes. Cada país integrante terá a sua própria moeda nacional e duas reservas cambiais de moedas fortes, onde uma reserva será constituida com essa moeda forte, pertencente a esse novo Bloco Econômico Mundial, e a outra reserva cambial será constituida através das suas exportações realizadas com países não integrantes a esse novo Bloco Econômico Mundial.

    5º- Passo – Se essas reservas cambiais, de moedas fortes, recolhidas por esse novo Bloco Econômico Mundial, não forem suficientemente bastante para pagar as dívidas ao FMI dos seus países integrantes, nesse caso, esse novo Bloco Econômico Mundial terá que completar o pagamento dessas dívidas com essa nova moeda. Caso essas reservas cambiais recolhidas derem suficientemente para pagar essas dívidas ao FMI e ainda sobrar moedas fortes, as mesmas ficarão retidas sob o comando desse novo Bloco Ecônomico Mundial, para com isso serem investidas em tecnologia de ponta em seus países integrantes em dificuldade econômica;

    OBS.: Caso não seja possível a esse novo Bloco Econômico Mundial recolher as reservas cambiais de moedas fortes dos seus países integrantes para pagar as suas dívidas ao FMI, Ele, nesse caso, terá que ajudá-los a pagarem ao FMI, utilizando o seguinte sistema econômico: o Bloco Econômico Mundial terá que cunhar uma moeda forte e dar a cada um dos seus países integrantes uma quantia suficiente dessa nova moeda, onde a mesma irá pertencer ao Bloco Econômico Mundial, para os seus países integrantes intercambiarem entre si sem precisarem mais com isso gastar um centavo de suas reservas cambiais de moedas fortes. A quantia de BEMs (nome da nova moeda que estou propondo) que cada um de seus países integrantes terá direito de receber do Bloco Econômico Mundial terá que ser no mínimo de 200 BEMs multiplicado pelo o número da sua população. Dessa forma, o Bloco Econômico Mundial saberá a quantia de BEMs (nome da nova moeda no plural) que cada um dos seus países integrantes terá direito de recebê-los. Esta nova moeda irá pertencer ao Bloco Econômico Mundial chamado-se BEM ( no plural, BEMs) e também terá o mesmo valor do dólar. Depois que todos os seus países integrantes receberem essa nova reserva cambial de moedas para intercambiarem entre si, os mesmo terão que pagarem uma taxa em cima de toda a sua importação e exportação ao Bloco Econômico Mundial. O pagamento dessa taxa terá que ser efetuado com essa nova moeda ou com outras moedas fortes. Todo o recolhimento dessa taxa será para custear as despesas dos orgãos administreativos do Bloco Econômico Mundial, emprestar dinheiro a seus países integrantes, com o menor juros possíveis, e também investir maciçamente no social. Dessa forma, sábia e inteligente, nenhum país integrante precisará mais pedir dinheiro emprestado ao FMI, e, ao mesmo tempo, eles terão condições suficientes de pagarem de forma parcelada ao FMI para livrarem-se de uma vez por toda desse grande agiota internacional que entrava o crescimento econômico mundial;

    6º Passo – Esse novo Bloco Econômico Mundial (BEM) terá que ter um ministério exclusivo que se responsabilize de reequilibrar as balanças comerciais de seus países integrantes que se encontram com as mesmas desequilibradas. Esse ministério terá que introduzir nos seus países integrantes tecnologias de ponta: no seu sistema de industrialização, na sua agropecuária e noutros sistemas econômicos. Além de receber esse apoio tecnológico desse ministério do Bloco Econômico Mundial, os seus países integrantes terão que receber emprestimo com o menor juros possíveis. Esses emprestimos terão que ser pagos pelos seus países integrantes de forma parcelada, de acordo com o seu crescimento econômico e sem nenhum tipo de ataque especulativo;

    7º Passo – Para que esse novo sistema econômico possa dar certo, todos os países integrantes a esse novo Bloco Econômico Mundial terá que pagar uma taxa em cima de toda a sua importação e exportação ao ministério da fazenda do Bloco Econômico Mundial. O pagamento dessa taxa terá que ser efetuada com essa nova moeda forte, pertencente ao Bloco Econômico Mundial, ou com outras moedas fortes. Todo o recolhimento dessa taxa será para os seguintes fins: custear as despesas dos órgãos administrativos do Bloco Econômico Mundial; emprestar dinheiro aos seus países integrantes, com o menor juros possíveis; financiar o reequilíbrio das balanças comerciais dos seus países integrantes, que se encontram com as mesmas desequilibradas; custear uma mega frente mundial de traabalho para empregar milhões de pessoas desempregadas, em todos os seus países integrantes, num propósito de redistribuir a renda para combater maciçamente o desemprego até erradicá-lo entre os seus paises integrantes, como também combater até erradicar outros males sociais,etc.

    8º Passo – Quando no futuro o Parlamento desse novo Bloco Econômico Mundial conseguir reequilibrar as balanças comerciais de seus países integrantes, e também fazer com que os seus governantes façam uma reforma fiscal séria, para com isso poderem intercambiarem entre si de forma mais justa e igualitária, o seu parlamento, nesse caso, terá que recolher todas as moedas nacionais de seus países integrantes, e, ao mesmo tempo, substituí-las autotomaticamente por esta nova moeda. Dessa forma, os seus países integrantes passarão a ter uma moeda única, onde a mesma irá pertencer ao Bloco Econômico Mundial (BEM).

    Atenção – Qualquer país rico ou pobre que não deve ao FMI poderá também fazer parte desse novo Bloco Econômico Mundial. Para isso, ele terá que está de acordo com as diretrizes do BEM.

    Conclusão: a formação urgente desse novo Bloco Econômico Mundial (BEM) irá livrar todos os seus países integrantes do câncer da agiotagem do FMI,da crise econômica mundial, e das demais que estão por vir, e também irá acelerá em auta velocidade os seus crescimentos econômicos para combater maciçamente o câncer do desemprego e outros males sociais de forma mais eficaz, corajosa e equilibrada até erradicá-los um dia da face do planeta Terra.

    Autoria,

    Edilson Marinho da Silva

    Rua Nelson Guedes da Silva, 190
    Varadouro- Olinda/Pe
    Cep53.020-360 Fone:
    ( 081) 34394822

  19. A quesão do voto nulo é por mim pensada com muita seriedade, não se trata de Lula ou PT, mas de toda a corja que se encontra e que estão a muito tempo no poder . Já está provado que corrupção não tem partido. O que diz a legislação ? Façamos um movimento nacional ! “Voto nele porque não tem outo”, isto não é argumento, temos um poderoso instrumento nas mãos, não é o voto, mas a NET, este veículo de comunicação que pode ajudar a todos nós a mudar este País. A campanha das “Diretas já” quem votou direto? Fomos vítimas de dois golpes ao fim do período militar, do voto e do Sarney, quem o colocou no poder se não o mesmo bando que aí está.
    Vou anular meu voto e pretendo arrumar adeptos.
    Uma pergunta, não duas: com quantos votos LULAlá vou eleito? E qual foi o univsrso ?
    Deixo aqui para reflexão.

  20. O comentário desse Simy representa tudo o que eu acho de mais grotesco naqueles que insistem em pensar a política com categorias morais, reservando para si próprio sempre a posição do virtuoso.

  21. RJ 20/06/2005 Nossa campanha pelo voto nulo, chega num momento em que não suportamos mais, as sujeiras que não param de surgir.
    Como ensinar nossos filhos a votarem, se em quem (votamos) ? não correspondem e envergonham seus mandatos? O que falamos para nossas crianças, que é um caso isolado…não companheiros, o momento é agora vamos limpar nossa honra, vamos dar exemplo de que se não podemos fazer algo concreto, pelo menos não deixaremos eles piorarem nosso Brasil.

  22. Rafael,Inicialmente parabenizo pela clara explanação de suas opiniões. Porém não deixo de ver um contra-senso no que foi dito. Parece que em seu discurso, vc – como a maioria dos brasileiros – espera uma situação contrária a que esta imposta. Agora pergunta-se: Como, num sistema eleitoral, onde há obrigatoriedade do voto, você demonstraria sua total oposição ao sistema como num todo, senão pelo voto nulo ? Votar nesse ou naquele, demonstra no mínimo o continuísmo há muito combatido pelos então decepcionados do PT. Com certeza não irá resolver de vez essa bandalheira, porém não farei parte dela. Agradeço pela oportunidade em seu Blog de expressar a minha opinião. Abraços.

  23. Realmente a urna eletrônica nos amordaçou, mistura nosso voto nulo com voto em branco, que inibe externar nossa revolta com tanta safadeza dos políticos em geral. O voto em branco normalmente é dado por pessoas que não sabem utilizar o terminal, e fica mai fácil apertar a teclinha “branco”, e fiquei sabendo que a urna mistura qualquer coisa inválida e a pôe como “branco”.
    Que saudade do voto na cédula, em que eu poderia externar os meus mais baixos instintos!

  24. Duvidas sobre o voto nulo.

    Na remota hipótese de que sejam alcançados 51% de votos nulos,quais as consequencias objetivas,alem de excluir os candidatos ?
    Quem comandará a Nação durante o interregno dos pleitos?
    Existiria a possibilidade de um nome novo de candidato que não seja filiado a algum partido?Creio que não.
    Como maneira de demonstrar nossa indiganção,o voto nulo é a arma.Mas o que virá depois,ainda não consigo entender.

  25. Acessei do votenulo2006.com
    precisamos caminhar e fazermos algo botar o bloco na rua que o carnaval já é em outubro

  26. SOU A FAVOR DO VOTO NULO, VAMOS MUDAR O BRASIL E DAR UMA LIÇÃO NOS CORRUPTOS.
    ABRAÇOS – PRESB. SILVA

  27. Eu valorizo meu voto e por isso, atualmente ninguém está merecendo. Bem que eu gostaria que aparecesse alguém para eu votar, mas a classe está tão desacreditrada que será difícil. Não esqueça: 50% + 1 voto nulos a eleição está anulada e os candidatos não poderão candidatar-se novamente por 4 anos.

  28. Acho muito válido o povo rever. esse assunto. Más já houve outros empenhos e este congresso não muda! cada périodo legislativo nós contribuintes ficamos mais amarrados e benfeitoria para massa nenhuma. Só blá,blá,blá, e eles ricos.Gente vamos ter coragem e votar-mos NULO. E por gentileza ninguém tente me convencer do contrário.Vejão por exemplo o custo para manter uma família e que malabarismo! Parabenizo todo brasileiro que tiver esta postura independente do sexo cor ou raça! N u l o neles!!!

  29. Votar NULO é a solução para o BRASIL. Se nesta eleição vencer a opção VOTO NULO ( 50% + 1 ), ela será anulada,estes cãodidatos corruptos caem fora do cenário político- pelo menos por quatro anos ( AH! como seria excelente a gente dar o troco!) e novas eleições serão convocadas com novos candidatos. Devemos ( o povo ) ter consciência do nosso poder. Nós temos a força de eleger e também anular as eleições.
    Votar NULO é também um direito do cidadão

  30. Como tirar o Brasil da crise e reconstruir?

    Os imigrantes brasileiros residentes nos Estados Unidos preocupados com a constatante instabilidade política, social e econômica do Brasil chegaram a uma conclusão inteligente e sábia de como sair da crise, progredir no futuro e proteger a família.

    Como punir os políticos corruptos e extirpar a corrupção?

    Como acabar com os mandatos de segurança e habeas corpus favorecidos ?

    Como reduzir os custos da máquina administrativa?

    Como revisar o código penal e torná-lo atuante?

    Como fazer o Brasil crescer e oferecer oportunidades de trabalho?

    Como exigir justiça igualitária e acabar com a impunidade?

    Como resgatar os direitos dos cidadãos injustiçados e excluídos?

    Como priorizar a educação e retirar as crianças das ruas?

    Como obter justiça, reforma do judiciário e atenção na saúde?

    Como reduzir os partidos políticos para acabar com as legendas de aluguéis?

    Como exigir dos políticos mais probidade e imputar responsabilidades?

    Como fortalecer os ânimos e preservar as instituições?

    Você concorda com essa situação atual ou está descontente?

    Como protestar democraticamente para virar o jogo passando o poder para o povo?

    Aproveitando essa oportunidade única ,exigir mudanças imediatas dos desmandos, mostrar a força de cada brasileiro sem se envolver em vandalismo, atos subversivos, e violência. Agir com prudência, justiça e cidadania!

    VOTO NULO nessas eleições !! A única solução de manifestação vigente do momento para obter êxito do sonhado futuro eminente.

    Em todas as eleições se repetem o mesmo. Nos últimos meses os noticiários estão demonstrando a realidade cotidiana de como procedem os larápios políticos aproveitadores. Recentemente no dia das mães, o ataque violento dos poderosos marginais do crime organizado.

    O eleitor deve pensar em sua família, na pátria amada Brasil antes de votar, esquecer das promessas inalcançáveis impossíveis de serem cumpridas pelos candidatos.

    Nunca, jamais nenhum candidato teria condições de cumprir plataforma de campanha com o sistema autoritário existente no Brasil se não forem mudadas as leis do pleito administrativo e parlamentar antes das eleições. Não existe outra alternativa ao não ser implantar o VOTO NULO e consciente. O eleitor quando vota está oferecendo poderes para quem ele sufragou. Como é sabido todos usam dessa prerrogativa para ter conforto, blindagem pessoal, estabilidade financeira e influência corporativa no poder.

    O eleitor brasileiro não pode deixar passar essa oportunidade de protestar nas urnas. Mostrar a sua indgnação diante dos acontecimentos diários reportados pela imprensa. Os políticos enfraquecem e humilham o povo, abusam e não defendem os direitos dos brasileiros de sonhar dignamente, que, merecidadamente deveria receber atenção devida pelo cargo que exerce.

    A única saída válida democrática consciente nesse momento é VOTO NULO para Dar um basta nessa constante falha patriótica de quem se prontificou a trabalhar para o povo, cumprir o estatuto regimental, praticar e elevar desenvolvimento de uma nação cansada de muitos atropelos dos governantes aventureiros.

    Vamos deixar essa eleição nas mãos do povo, VOTO NULO para mudar as regras eleitorais, leis atuantes e deixar somente aqueles que de verdade tem compromisso com uma política igualitária.

    Se o resultado for: 50% mais 1 dos votos nulos nessa eleição, o TSE obrigatóriamente anula a eleição. Deverá marcar outra com novos candidatos sendo que nenhum poderá se re-candidatar porque foi rejeitado pelos eleitores e na segunda eleição o brasileiro teria mais chance de ter novos candidatos pela primeira vez sem serem contaminados nas repetidas ações escusas pelos sábios e espertos conhecedores do antigo sistema e que poderia forçadamente compartilhar de como ser corruptos gastadores imunizados pelo poder.

    Se voce pensa que existe outra saída., não existe!! Ainda não foi cogitado por nenhum orgão interessado mudar para melhorar a situação catastrófica que está caminhando pelo desanimo e falecimento das instituições que sustenta a verdadeira democracia de direitos que é considerável a mais justa para reconstruir o Brasil.

    Alie-se nesse movimento de reconstrução nacional. Você está descontente? você não tem o que perder! O direito do VOTO NULO também é considerado um ato cívico de cidadania.

    Passe essa mensagem para seus melhores amigos.

    Responsabilidade Grupo Patriota-USA

  31. A patifaria, sem-vergonhice, e a canalhice é TÃO grande que TODOS os adjetivos pejorativos de TODOS os dicionários de TODOS os idiomas do planeta são insuficientes para definir os “políticos” desta nossa pobre e tão infeliz nação. Nem Ali Baba e seus quarenta larões (viram anjinhos, se comparados ao bando de “Metralhas” que infestam “Corruptópolis”… e o resto do país). Não há outra maneira de o povo dar um castigo à essa chusma de ladrões que nos oprime. Tenho o muro externo de minha casa pintado com a frase: “Ajude um político a trabalhar DE VERDADE: NUNCA MAIS vote nele”!!! (Aliás, NUNCA MAIS VOTE EM F.D.P. NENHUM, não há um só que mereça ser votado, pois ele será o sujeito que vai votar em sua própria causa (dele, claro!) amanhã). Portanto, nada melhor que a população inteira deste país vote em massa… NULO NÊLES!!!

  32. Os principais princípios básicos da DEMOCRACIA, ou melhor, “Os primeiros mandamentos”, esquecidos pela classe política Brasileira são:
    -Todo poder emana do povo, para o povo, (O poder vem do povo, para o beneficio desse povo).
    -Sempre prevalecerá a vontade da maioria desse povo.
    Portanto, não importa o que dizem as ATUAIS LEIS, elas sempre serão adaptadas à vontade da maioria, se assim, o povo BRASILEIRO quiser. Assim, se 50%+1 anular seu voto (Voto de protesto legítimo), ficará legitimada a INSATISFAÇÂO do POVO BRASILEIRO, e o seu anseio por MUDANÇAS.
    Assim se o POVO BRASILEIRO quiser um PAÍS INDECENTE, o POVO terá um PAÍS INDECENTE, porém, se o POVO BRASILEIRO quiser um PAÍS DECENTE esse POVO terá um PAÍS DECENTE.
    E lembrem-se, as Leis não são Imutáveis.

  33. EU achei esta mensagem ÓTIMA.

    Quinta-feira, 15 de Junho de 2006, 00h01
    Repensar o voto
    MESSIAS N. SANTIAGO

    Não é utopia nem é desvario: a revolução político-social é possível; está às nossas mãos, justamente às nossas mãos, homens do povo; e o mais admirável de tudo: podemos realizá- la sem que um só tiro se dispare, sem que um nada de sangue se derrame.

    Mas, como não se trata de mágica, sua realização demandará o emprego de uma certa arma de ataque. Seu nome: voto nulo. O Brasil caminha entre as nações mais pobres e injustas do mundo, embora não lhe falte enorme potencial para, sem grande estorvo, fazê-lo trilhar caminho diverso.

    Cinco séculos são passados desde a invasão européia. De lá até os dias de hoje, não tivemos um só governo que efetivamente tomasse a ombros os interesses soberanos da pátria, diante do imperialismo estrangeiro, e nem que, sem mistificação, se firmasse sempre ao lado das classes sociais mais sofridas.

    Alcançada a Independência, no primeiro quartel do século XIX, e, mais depois, a República, instituiu-se o voto popular, ímpar instrumento, anunciava-se, pelo qual os destinos do país estariam entregues a seus legítimos donos, o povo. Verdade? Farsa, pura farsa.

    Realmente, só se instituiu o voto popular porque bem se sabia que esse remédio, em face da inconsciência política de vasta porção das massas, de modo algum lograria afetar o jogo do poder, empalmado, naturalmente, pelas classes dominantes. Instituído o voto, instituíram- se também os partidos. Mais farsa.

    Os partidos não são partidos, no sentido próprio de que cada um significa um projeto distinto de ação política. Afora alguns nanicos (que, porém, como tais, perigo algum oferecem ao establishment), todos representam os mesmos interesses, que simplesmente são os das elites.

    Poder-se-á arguir, em contraposição, que seus estatutos lhes conferem individualidade, além de se inspirarem em ideais patrióticos. Mera astúcia. Estatutos não são senão palavras, meras palavras.

    Neste quadro, forçoso é concluir que, hoje, PMDB, PFL, PSDB, PTB, PL e assemelhados (a cujo seio assomou agora a mais nova graça da corrupção nacional, chamada PT) constituem todos um só partido, um só clube. Tudo farinha do mesmo saco. Tudo uma só mixórdia.

    Posto isso, indaga- se: como devemos votar nas eleições que se avizinham? “Se não há partido bom, votemos no menos ruim”, dirá algum coração mais magnânimo. Ora, é precisamente essa armadilha que nos preparou o “partido único”.

    Sendo de somenos os caracteres distintivos de cada partido, e sendo o mesmo o fito de todos, resta concluir, insista- se, que todos se igualam.

    O mais ruim e o menos ruim são essencialmente uma só coisa, ruim. A irrelevante diversidade de cada um, então, não passa de genuína fraude eleitoral, visando a dar ao eleitor descontente o ilusório entendimento, a cada pleito, de que, mudando de candidato ou de partido, estará operando alguma mudança real.

    E, com isso, o inocente eleitor se torna instrumento de execução da filosofia desses partidos, buscada em Lampedusa, segundo a qual, “para tudo continuar a mesma coisa, faça-se de conta que se irão mudar as coisas”.

    Mais às claras: para que subsistam intocáveis os privilégios das elites, estas fazem com que os seus partidos prometam e de fato operem mudanças – todas, porém, conforme se descobrirá após a tomada do poder, rigorosamente superficiais e inócuas.

    Ao cabo, o único caminho deixado aos oprimidos, se quiserem escapar ao cruel jogo do poder de que se tornaram prisioneiros, é atirarem contra as elites a mesma arma que estas instituíram para dominá-los: o voto; mas não o voto ingênuo, que as deleita, e sim o voto revolucionário, que as pode subjugar; seu nome: voto nulo.

    Siga-se o raciocínio: se a maioria dos eleitores votar nulo, nula fica a eleição; eleição nula é nova eleição; nova eleição implica na obrigatoriedade de efetivas e substanciais alterações no malcheiroso prato de promessas antes oferecido ao povo, à pena de este tornar a refugá-lo, isto é, tornar a votar nulo, com a eclosão, neste caso, de um extraordinário fenômeno: o acuamento do poder e a inviabilidade do sistema de dominação.

    José Saramago, único prêmio Nobel da língua portuguesa, é um dos mestres que advogam a tese do voto nulo, conforme o expõe em “Ensaio Sobre a Lucidez”, seu mais novo livro.

    A seu tempo, em reportagem publicada no dia 29/9, o “Jornal do Brasil” revelou que igualmente agitam essa patriótica bandeira ilustres intelectuais e representantes da nossa ciência política, como Plínio Arruda Sampaio, Chico de Oliveira e Paulo Arantes.

    A lógica do voto (entenda-se, a do chamado voto válido) é a própria lógica da esmola, a saber: assim como a esmola alimenta a miséria, assim o voto dá vida e perpetua o iníquo sistema político, econômico, moral e social que hoje temos.

    O voto nulo é simplesmente isto: um tratamento de choque, que a dramaticidade do quadro atual impõe considerar. Pondere-se: onde o caminho não leva a lugar nenhum, outro caminho é preciso.

    Confiante em que o generoso leitor não me tome por exagerado, finalizo estas linhas evocando a frase- título de um texto de Jean-Paul Sartre, um dos mais lúcidos pensadores do século XX: “Eleições, armadilha para otários”.

    Mas, se Sartre o melindra, fique então com as palavras menos rudes do acatado filósofo italiano Gianni Vattino, proferidas recentemente: “A democracia tal como a praticamos já não funciona; transformou-se em um sistema que idiotiza as pessoas para criar consensos favoráveis às classes governantes”.

    Leitor amigo, desculpe-me, mas, se você vai mesmo votar nulo, votando nos nulos partidos que aí estão (certeza de que nada mudará), por que não arrisca um passo à frente e vota nulo de verdade (chance de que muito poderá mudar)?

    Procurador de Justiça de Minas Gerais aposentado

  34. A democracia brasileira é uma farsa.
    A propaganda oficial, a mídia, os idosos com mais de 70 anos (dotados daquele fervor cívico característico do Jornal Nacional) afirmam: “Votar nulo é permitir que maus políticos sejam eleitos”.
    Primeiro: como distinguir o bom do mau político, ainda mais agora, após o desencanto petista? Quantas cabeças, outrora santificadas, rolaram nestes dois anos?
    Em segundo lugar: posso votar em um iluminado, alguém ímpar, probo. Certo. Porém, quem me garante que tal distinto candidato será eleito?
    Ora, todos sabemos que os demagogos, como a própria origem do termo indica, bem sabe conduzir o povo, essa raça “que jamais será filósofa”.
    Votar nulo é sim ato de protesto.
    E digo mais: eu voto nulo há 20 anos. Por quê? Ora, não quero votar. Se de fato prezam a democracia por que me obrigam a participar desta festa?
    Votem, mas permitam-me não votar. Voto facultativo já.

  35. Voto nulo não é solução para sempre mas é um protesto para este momento. Mas não pode esgotar-se aí, no simples protesto. É preciso organizar os “sem partido”, que sao a maioria do povo; em vez de gastar uma fabulosa quantidade de energia pra eleger um ou outro nome que o sistema vai tragar , porque não gastar energia na formação política-ideológica desse mesmo povo?Observaram como a direita ( Tribunais eleitorais, Redes de Televisão, Jornais), sairam a campo conclamando o povo a votar? Claro, esse é o sistema preferido para dominar e explorar com legitimidade. E a maioria da esquerda finge que tá tudo bem e do mesmo modo leva o povo ao matadouro, cabisbaixo e silencioso…

  36. Hoje criticar o trotskismo é fácil, devido a má gestão politica no Brasil, fruto de um partido gerado no ventre da LIT, de principios revolucionários até então.

    Como nosso amigo cita, o PT nada mais é do que um partido fisiologista, ou seja, neo-liberal… prática esta que é incompátivel com a luta dos trabalhadores. Apoiar esta praxis é regredir à Revolução Burguesa, é apoiar a exploração do Homem pelo Homem em nome da acumulação de capital… e isto JAMAIS foi a luta Social Democrata pela qual Trotsky lutou.

    Agora, o voto nulo é sim a maior, por que senão a única, forma de protesto popular contra esta politica burguesa e repressiva a qual estamos submetidos. 50% + 1!!!
    Interromper o pleito é um meio significativo de mostrar que nós, o povo organizado, somos capazes de decidir sobre nosso futuro… de forma democrática. É não aceitar mais a politica burguesa que se instalou no Brasil. É não aceitar mais a politica dos grandes bancos e dos grandes investidores. É não aceitar mais a mentira como forma de angariar votos, pois se bem me lembro os 20 milhões de empregos de Lula de uma hora pra outra tornaram-se 4 milhões! Faltam só 16 milhões pra ele atingir a meta!!!
    Votar NULO é não aceitar a corrupção. É mostrar que o povo está consciente. É rir quando se vê a propaganda eleitoral de um Palocci que com a maior cara de pau põe-se a disposição do pleito.
    Enfim, votar NULO é um grito, grito dos explorados, o grito da mudança, o grito por um Brasil melhor!

  37. Votar nulo é se ANULAR?

    Desculpe mas tenho que descordar,afinal,as pessoas votam,pois acreditam que seus candidatos façam algo em seu nome,que façam aquilo que foi previsto de acordo com o plano de governo apresentado pelos candidatos pré eleição!!

    Mas ao chegar ao poder,esse plano apresentado não é posto em prática,e o voto que foi feito na crença dessa possibilidade apresentada,acaba sendo anulado,tomando novas perspectivas ideológicas partidárias,tomando outro caminho se não aquele que foi ganho nas intenções de voto do povo.

    Nesse caso quem vota nulo,não acaba anulando seu voto,pois acredita que nenhum candidato merece a honra de seu voto,isso é qualificar o direito do cidadão consciente em seu voto,e não qualificar um direito obrigatório de voto,como na campanha VOTE BRASIL,onde o sistema anula o voto feito com boas intenções de mudança.
    Creio que o candidato deve ser merecedor do voto,através de suas condutas,e não recebe-lo por herança de uma falta opcional.

    VOTO NULO É A OPÇÃO DA NOSSA REALIDADE HOJE.

    Devemos mostrar que se os políticos esquecem do povo,ou deixam o povo de lado,nós (povo brasileiro),podemos mostrar que ta na hora disso acabar de vez,pois nós podemos SIM,virar as costas aos candidatos e a atual especulação atrás de poder público em nome de capitalistas e banqueiros.

    Pelo povo brasileiro,que deve mostrar a mão que bate também.

  38. O voto nulo é a opção mais sensata para o momento político-social por que passa nosso país – sem contar que é um direito do cidadão, se tomarmos Democracia como liberdade. Se democracia é direito de ser, de ter e de se expressar, então o voto é meu e eu o dou a quem eu bem quiser e se eu quiser não dou a ninguém. As mais diversas correntes políticas e ideológicas, inclusive o TSE vêm elaborando teses e mais teses na tentativa de convencer os milhões de eleitores incautos de que devem votar. Isso, a meu ver, é uma atitude tirânica, é forçar o cidadão a fazer o que ele nem sabe o que está fazendo. Na realidade as mais diversas instituições – que são chamadas erradamente de instituições democráticas – sequer se dão ao trabalho de conscientizar a massa de criaturas pouco informadas, para não dizer totalmente desinformadas. O que assistimos é um festival de corrupção, assalto ao nosso bolso, ao nosso minguado meio de sobrevivência e ainda fingimos – ou muitas vezes não temos consciência – de quem está patrocinando a farra criminosa, somos nós mesmos. É claro, sem nossa anuência. Entretanto, alguma das tais instituições democráticas esclarece isso? Eu nunca vi ou ouvi.O que ouvimos sempre é que devemos cobrar do candidato em que votamos… Como é que se cobra de um deputado ou de um prefeito? É claro que a cobrança seria uma medida eficiente, mas até hoje nenhuma instituição democrática elaborou um instrumento de cobrança que beneficiasse o eleitor, a nação. Já que o eleitor tem o poder de eleger seu representante devia também ter o mesmo poder de destituí-lo. Mas o que vemos é um festival de crimes contra a população. Ou seja, parlamentares e administradores públicos cometendo os mais hediondos crimes públicos e mesmo isso indo a público esses cidadãos são absolvidos por seus pares, como troca de favor. E as tais instituições democráticas onde estão? Nesse momento comportam-se como avestruzes, acoitando-se embaixo de suas próprias asas.

  39. Na minha opniao o voto nulo seria, no meu caso sera uma resposta aos politicos pelo descaso dos mesmos com a sociedade.Por que do jeito que esta nao da mais, e se a maioria dos eleitores fizerem isso, eles irao ver tamanha revolta e indignacao dos eleitores, alguma coisa ja comecaria a acontecer.A repercussao seria mundial, a visao dos politicos com relacao aos eleitores “Burros” e desinformados mudaria, temos que tomar uma atitude, nos unir e votar nulo, vamos fazer uma campanha vote nulo para mostrar a nossa indignacao com essa politica corrupta.Passe essa ideia a diante.”Lembre-se cada um tem a sua opniao, e essa e a minha.T+

  40. NÃO SE LIMITEM A INTERNET A REVOLTA SE FAZ NA RUA!!
    LEIAM!!!!
    POR UM BRASIL MELHOR

    Será que vamos ter que esperar a indiguinação (revolta) da classe desfavorecida (“pobre”) brasileira para termos alguma mudança no nosso país? Fazemos parte de uma classe pensante, tivemos eduacação de “qualidade” e devemos fazer jus a ela. È nosso dever como cidadão lutar por um brasil mais justo. a revolta a favor do voto nulo se faz necessária, mas não só ela. nosso brasil é injusto, devemos angariar o máximo de pessoas possível que são contra o atual sistema para depois das eleições, lutarmos contra o voto obrigatório, por um melhor sistema educacional e por mais transparencia no cenário porlítico. brasileiros, vamos nos unir, vamos de mãos dadas.

  41. Sou super a favor do voto nulo. Mesmo que seja impossível anular uma eleição por vontade expontânea dos eleitores, o voto nulo representa uma insatisfação muito grande destes e de todo o povo brasileiro em geral, em relação ao modelo político vigente no país, que se instaurou desde a proclamação da república. É uma forma de colocar na cabeça dos políticos que alguma coisa realmente boa precisa ser feita para reconquistar o eleitor. No início agente até pode ter algum prejuizo, mas quando formos a maioria, tenho certeza que os políticos vão se envergonhar de saber que mais da metade dos eleitores não confia neles. Ou seja, eles assumiriam o poder sabendo do seu percentual negativo, o que seria vergonhoso para eles.

    Vote nulo. Não dê chance para a continuidade da corrupção.

  42. A todos os defensores de Voto Nulo, Branco ou de Abstenção nas próximas eleições 2006.

    Inicialmente registro a minha decisão pelo voto nulo. Junto minha voz à de milhões de cidadãos que querem um mundo digno e justo. Esse mundo desejado depende e muito do tratamento da coisa pública, para o quê uma mudança profunda na estrutura de poder e no processo político brasileiros torna-se vital. Nessa linha de pensamento, a definição do processo eleitoral no primeiro turno não interessa a ninguém e muito menos a todos nós – a quem se dirige esse texto – que temos percepção semelhante da realidade e que poderemos construir objetivos comuns.

    Não há dúvida de que forçar um segundo turno contribui para criar um ambiente mais favorável ao debate de idéias no campo do poder e do processo político. Esse ambiente favorável é fundamental para ampliarmos a penetração de nosso pensamento crítico acerca da realidade e a profusão de propostas.

    Do mesmo modo que o término do processo eleitoral no primeiro turno cria uma enorme barreira para nós, porque ficará patente que roubar e mentir, entre tantas outras patifarias do mundo político atual, não trazem o menor risco para os políticos. Será a mais arrasadora deseducação política de todos os tempos.

    Nós os defensores do voto nulo, branco ou de abstenção nas eleições poderemos dar uma contribuição a mais, levando o pleito para o segundo turno. Nele, ampliaremos a campanha pelo voto nulo, branco ou pela abstenção, conforme a convicção de cada um para a melhoria coletiva.

    Evidentemente que esse texto defende que não se poderá escolher Lula ou Geraldo Alkimim, entre outros fatores já conhecidos, pelo risco de um deles se eleger no primeiro turno. Isso não nos interessa.

    Evidentemente também que não defende o voto em um dado candidato. Não. Deixa livre a cada um de nós a escolha do candidato que julgar mais apropriado taticamente de ser votado nesse primeiro turno. Nosso único objetivo é levar a eleição para o segundo turno, evitar a deseducação política e dar prosseguimento ao debate sobre a estrutura de poder e sobre o processo político brasileiros. A nossa omissão elegerá Lula.

    A diferença entre os votos no Lula e nos demais candidatos está em 8 pontos percentuais (Data-Folha) ou 3 pontos percentuais (Ibope). A entrada em cena dos nossos votos assegurará o segundo turno. Nossa votação fará a diferença.

    Isso também crescerá ainda mais a nossa presença no processo e nos credenciará melhor junto ao povo para a defesa de mudanças na estrutura de poder e no processo político brasileiros. Trata-se de uma ação tática para um objetivo estratégico. É votar no 1º turno, dizer o porquê e depois defender voto nulo, branco ou abstenção e respectivas propostas.

    Abraços.
    antofr_13@yahoo.com.br

  43. Para iniciar um debate efetivo sobre a questão do voto nulo, é necessário primeiramente desconstruir alguns mitos que foram perpetuados a seu respeito pelos defensores da manutenção dessa ordem e da perpetuação desse sistema político vigente. É bem verdade, que o voto nulo, vincula-se erroneamente na maioria das vezes, como um sinônimo de alienação política, como um descompromisso com questões sociais, carência de vontade de participação, etc… Isso se fundamenta sem duvida numa análise um tanto quanto superficial e limitada, dos que enxergam a democracia representativa como a única forma possível e irrefutável de se fazer política. Primeiramente, é necessário compreendermos melhor a construção da política e das relações de poder e é Focault que nos dá algumas pistas em “A Microfísica do Poder”… Toda relação humana em sociedade é carregada de conteúdo político, podendo se construir mecanismos extremamente eficazes de opressão e subordinação. O poder não se restringe simplesmente as relações de estado, ele perpassa as mais variadas instancias sociais. Dentro dessa análise e em uma possível inversão de valores , o jogo da democracia representativa, este sim é o grande bastião da alienação política e para isso faremos uma breve análise etimológica do verbo alienar. Do latim, alienare, verbo transitivo direto, significa transferir para outrem o domínio de, alhear. O voto se tornou uma ferramenta de construção de duas ideologias fundamentais, fasificações da realidade. A primeira, o mito do eleitor participativo que se sente agente de alguma mudança efetiva na vida política. O segundo e talvez mais importante, o voto como ausência de responsabilidade que exime o eleitor dito “conscienciente” e que transfere a sua capacidade de participação para a classe política. O voto nesse sentido é erroneamente elevado a um status de bem absoluto da liberdade e da participação, quando na verdade é utilizado na prática como alienação política.

    Para entendermos esse fenômeno é compreensível enxergarmos na história do Brasil a recente conquista do voto. A partir de meados dos anos 60, o governo autoritário e golpista, fundamentou-se pelo bloqueio de todos os canais de participação efetivos, construiu fortes aparatos contra a liberdade humana, tais como a censura prévia e a tortura que são inegavelmente práticas de cunho deplorável. Com a abertura política e o fim da censura prévia em meados dos anos 80, dois novos bastiões emergiram como símbolos da nova republica e da sociedade pseudo democrática. Contrói-se o mito da mídia livre e do “voto livre e obrigatório” os quais se configurariam como conquistas importantes. É inegável que a democracia representativa, por mais problemática que seja é um sistema onde existem maiores “liberdades políticas” do que o anterior, mas por outro lado, com nosso modelo político economico neo liberal, é imprescinsdível admitir que ocorreu uma verdadeira transposicão no dominio do poder: ontem a ditadura de estado, hoje a ditadura de mercado. É preciso superar esse modelo democrático representativo falido!!! Soma-se a isso a mídia corporativa, que com o fim de censura se torna o nosso novo “Ayatola”, na prática os interesses das grandes corporações e a necessidade de comercialização imediata se sobrepõe a finalidade informativa e ao compromisso social. O nosso novo bem supremo, a ditadura do voto, se alia com a ditadura de mercado midiática formando um verdadeiro circo dos horrores que bombardeia a população e que a um olhar mais aprofundado destrói a ingênua ilusão do voto livre e consciente. Fora a obrigatoriedade desse “direito conquistado” do voto, é inegável a problemática da obrigatoriedade da propaganda política de rádio de televisão. O público alvo desses programas é o eleitor das camadas populares e medianas que assistem a TV aberta, visto que os de maior poder aquisitivo podem estar a salvo em seus canais da tv a cabo. São as camadas menos informadas da população que interessam fundamentalmente ao “jogo democrático”, vistas como um terreno fértil para o “voto de cabestro” ou a dádiva de benefícios paliativos, como praticas populistas do tipo “Construção de restaurantes de 1 real” ou coisa que o valha.

    Voltando sobre a prática do voto nulo, apos descontruirmos alguns mitos, é necessário entende-lo como uma forma de protesto social legitima, de demonstração de insatisfação com o modelo representativo pretensamente democrático, ou ainda uma estratégia revolucionária de pressão política . O voto nulo consciente é uma arma, que em primeira instancia, pode ser utilizada pelo eleitor no momento em que o mesmo não se sinta contemplado por nenhum dos programas politicos dos candidatos, ou em última instancia como uma forma de negação do modelo de democracia representativa vigente. Enquanto continuarmos delegando um papel secundário para o voto nulo, desmerecendo e menosprezando sua força política, não será possível um debate mais profundo e continuaremos vendo nosso modelo decadente e representativo como uma verdade absoluta. Existe sim, a emergência de uma construção de uma política participativa de base, da transformação de estruturas econômicas sociais, de criar canais efetivos de participação e universalização e não de esperar eternamente pela ação da classe política. Principalmente nesse momento de desilusão é preciso estarmos ativos e participativos, em nossas vidas, em nossos DCE’s, em nossos CA’s, em nossas Associações de moradores, em nossos sindicatos, enfim, só assim conseguiremos construir uma sociedade mais justa.
    Por uma nova política de base, por uma nova ética social, é essa a minha luta, e o voto nulo? É um eixo no processo de construção de uma nova ordem social.

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