Se o governo fosse o Tylenol

O Idelber acha que o governo pode ter errado ao não capitalizar de maneira mais agressiva sobre o mandato conferido ao Lula pelo povo brasileiro.

Eu não tenho certeza disso. Em primeiro lugar, é bom lembrar que Fernando Henrique, eleito em primeiro turno nas suas duas eleições, também foi refém dessas “forças da sociedade”, embora em menor grau que Lula, que tinha um passado considerado “negro” pelo mercado e foi ao segundo turno com Serra. E penso ser ilusão acreditar numa aliança PT/PL com um PT agressivo em uma plataforma popular reformista. Essa aliança tem condições próprias, das quais a ladainha de José Alencar pela diminuição dos juros é um indício claro. Ela existe em função de compromissos políticos e ideológicos que o PT assumiu; dificilmente teriam condições de avançar muito, fora da ortodoxia pregada pelo FMI para os mercados emergentes.

A questão que, na minha opinião, está para ser respondida é levemente diferente: dentro dessa conjuntura o PT teria condições de bancar um programa reformista minimamente radical, como acha o Idelber (e o Plínio de Arruda Sampaio, numa bela entrevista à Caros Amigos)?

Eu acho que não. Por isso, enquanto a classe média fazia como sempre fez, e reclamava do presidente em quem acabara de votar porque as mágicas não começaram a aparecer imediatamente, eu sempre levava em consideração que a correlação de forças não era exatamente favorável ao PT.

O que havia era um certo espaço para manobra, em áreas limitadas. Acho que o primeiro grande erro do governo foi não ter aprovado o salário mínimo de 300 reais no ano passado, sob a desculpa do superávit primário. Aquilo teria dado um respaldo que, provavelmente, aumentaria seu poder de fogo numa correlação de forças desigual. O governo ali foi covarde, como seria em outros momentos, não teve coragem de blefar; o resultado é o que se vê hoje, o governo se arriscando seriamente a perder o controle do Estado e aparentando ser, como disse o Roman, engolido pelo fisiologismo.

Agora, o fato de reconhecer essas deficiências não quer dizer que eu sequer considere uma alternativa nas próximas eleições. Que me perdoe o Reginaldo, mas o PSDB tem se revelado pior na oposição do que no governo. Não consta, ao menos, que na oposição o PT tenha levantado a bola de Severinos. Nos últimos tempos parece que se tem subestimado a direita deste país, como se seu componente ideológico tivesse desaparecido para dar lugar ao mais simples fisiologismo. Isso é, no mínimo, um desrespeito à história. Basta olhar para trás, para o que foi o governo de João Goulart, para ver que sempre há uma disputa ideológica, e que o fisiologismo só tem sentido dentro da manutenção de um status quo. Compreender essa dinâmica, embora não tire toda a sua responsabilidade, desculpa um pouco o governo Lula. Por outro lado, à esquerda a alternativa é ridícula e não merece sequer ser considerada, e em 2006 vai servir apenas para fortalecer a direita.

Além disso, há fatores a que os formadores de opinião não prestam a atenção devida, por estar longe do seu dia-a-dia. O crédito consignado, por exemplo, terá uma importância muito maior nas eleições do que pensa a classe média desavisada e que finge indignação diante dos roubos de galinha que a TV mostra. Enquanto ela reclama de taxas Selic, para o povão, sustentado às vezes pela aposentadoria de um avô, o país está melhorando (já falei antes que a classe média nao costuma ser a melhor balizadora de uma situação política). Esse detalhe deve ser importantíssimo nas próximas eleições, assim como os vários avanços em outras áreas, como cultura, etc.

É aí que está o grande problema nessa crise, e a provável cascata de ações semelhantes que devem se seguir. Porque nada disso é aleatório: tudo sempre faz parte da disputa por poder. Corrupto ou não, o Maurício Marinho — que não sabe sequer para que serve uma sauna — foi também uma vítima dessa luta, embora talvez não inocente. O jogo é pesado, sujo — mas é o jogo e todos sabem disso. A instauração da CPI é obra, sim, de quem quer desestabilizar o governo, etc.; mas isso não é um jogo de inocentes e caberia ao governo uma resposta adequada.

A questão, no fim das contas, é como administrar essas crises. E esse tem sido o erro do governo. Se até agora ele tem cometido falhas de comunicação, como diz o Tiago, a partir de agora é mais necessário do que nunca se comunicar de maneira correta. O governo cometeu um dos erros mais graves de sua história ao se opor abertamente à CPI dos Correios: sai do episódio como derrotado e, para muita gente, como protetor de corruptos. Agisse de maneira diferente e poderia conseguir duas vitórias: poderia evitar a CPI e ainda sairia com sua reputação ilibada.

Ao contrário do Roman não tenho muitas dúvidas, ainda, de que Lula vai se reeleger. E ao contrário do Roberson, não acho que o governo tivesse condições de aproveitar a CPI para limpar o terreiro. O grande problema que vejo nessa crise é a quase certeza de um segundo governo ainda mais fraco, ainda mais refém das forças de direita e do fisiologismo. Por outro lado, um cenário com um governo fortalecido, ocupando muito mais vagas no Congresso e forçando as outras forças que formam a base aliada a aderir a um programa mais progressista ainda é possível. Mas se as coisas continuarem do jeito que estão, é melhor que o povo brasileiro se prepare para tempos muito, muito difíceis.

Talvez não seja adequado comparar esta crise com o episódio do Tylenol com cianeto. Mas a postura transparente da Johnson & Johnson deveria ser lembrada, sempre. Não custa nada.

14 thoughts on “Se o governo fosse o Tylenol

  1. É ótimo ler um artigo como esse em meio ao monte de bobagens publicadas por “cientistas políticos”. Brilhante a sua análise, Rafael.
    Uma questão convenientemente esquecida por muitos é a da resposnsabilidade do PSDB pela eleição do Severino. Só não enxerga quem não quer: a tática de FHC e de sua turma é a do “quanto pior, melhor”. Para quem sempre manteve a pose de estadista, ridículo ao extremo.
    Continuo achando Lula imbatível para o ano que vem. Aliás, sou contra reeleição; acredito que o ideal fosse um mandato de 5 ou 6 anos, sem reeleição.
    Por último, uma dúvida que enceta uma esperança: quem sabe se no segundo mandato Lula não poderá agir mais livremente, já que não poderá disputar a eleição de 2010?

  2. Vou achando aos poucos os blogs do blogleft. Hoje achei o teu 🙂
    beijo
    Suzana, apetando no botãozinho do bloglines

  3. “Corrupto ou não, o Maurício Marinho…”

    Ora, se alguém que aparece em um vídeo colocando no bolso um maço de notas não é corrupto…

  4. No Brasil todos somos corruptos! Em maior ou menor grau, se é que dá pra dizer que corrupção tem grau. Só pra polemizar, mas é o que eu acho – e não só eu, essa idéia não é original.
    Portanto, para consertar nossos governos somente mudando o sistema, e para algum outro que não dependa da honestidade e comprometimento da maioria (simples) dos governantes e representantes políticos (que decidem ações a executar e leis a se cumprir), mas da honestidade nas relações individuais entre cada um, e como conseqüência, entre todos: Se voce não for honesto com o seu próximo não será com ninguém. Se for honesto com seu próximo poderá ser com todos.

  5. Infelizmente, Rafael, acho que vc está certo quanto ao segundo mandato: (i) ele vai acontecer; e (ii) será pior do que o primeiro, pois o governo estará ainda mais refém das forças fisiológicas. Mais ou menos o que houve no segundo mandato FHC, que tb arrastou-se de crise em crise, sem grandes inovações (exceto pela conversão tardia à responsabilidade fiscal, deixada de lado no primeiro mandato).

    Discordo porém do Ricardo Monteiro quanto à responsabilidade do PSDB na eleição do Sévérinu. Ora, então o PT entra na disputa rachado, mais perdido que cego em tiroteio, e a culpa é de um partido da oposição que desde que foi desapeado do poder só vê minguar sua bancada!? Parece-me forçação de barra.

    Abraços,

    Alfred

  6. O PT se vendeu barato, antes mesmo da eleição, quando começou a fazer alianças com Sarney, ACM, até Maluf andou posando do lado da Marta!
    Não me surpreende que o epitáfio do PT vá ser como de um governo corrupto. É exatamente o que demonstrou ser. E é ridículo o argumento de que o problema do PT é que o PSDB fala mal dele. Nunca vi uma argumentação tão ridícula quanto a que o governo andou dando pelos jornais, choramingando sobre as declarações do Fernando Henrique.
    Eu pessoalmente espero que o povo seja mais esperto e não reeleja o Lula. Porque um segundo mandato seria ainda mais fraco, patético e decorativo do que tem sido esse. Vamos ter que aguardar para ver se o povo realmente amadureceu ao longo desses anos de eleições.

  7. Eu, particularmente, não sou esperto. Apesar de ser do Rio, ou devido a isso. Não sei. Mas, desculpa DaniDast ( foi mal ), pretendo votar no PT (Lula) novamente. É claro que a aliança com o Sarney não foi pragmatismo, foi oportunismo. É evidente que ter sido contra à CPI não foi para barrar os anseios da oposição, foi para proteger o ladrão… Tomara que o Serra, ou o Aécio, ou o garotinho, ou o Artur Virgílio..sei lá..qualquer um deles, tomara que seja eleito. Só assim o próximo governo será show de bola!!! Uma vez que por causa do Lula a corrupção aumentou. Perceberam?!! Por causa do Lula o Severino é o terceiro. Esse Lula é ume merda mesmo…
    Mas, eu que não sou esperto, aliás, sou um bucha mesmo, vou votar no Lula novamente… Cara### como voto mal!!!
    Abs e saudações cruzmaltinas!!!

  8. Política para muitos (ou melhor MUITOS MESMO) é a própria cefaléia. Não somos um povo educados para termos uma postura política…sem memória (apenas vagas lembranças qdo a mídia global lembra e manipula…mas ai´já é outro assunto).
    Sempre isto fica um pouco longe das possibilidades, sendo apenas problemas de poucos e conversa sem conteúdo de botequim…mas e o Corinthias? Ganhou, perdeu? Ah isso sim dá pano pra manga.
    Lula mesmo disse que temos que parar de reclamar e agir mais…de fato existe alguma razão nisso, mas como ele “fala demais” nem sempre é ouvido qdo precisa. Qto ao PT apesar dos pesares ainda acredito e se ele se reeleger voto no barbudo once again.

    Mudando de assunto, tenho o costume de ler seus posts de ótima qualidade, mas acho q comentei uma ou duas vezes pela falta de tempo….mas outro dia me surpreendi com um comentário seu lá no UM e vi tb q estou linkado aqui…uma bela surpresa…obrigado. Fico lisonjeado.
    Abraços!

  9. Falando em comunicação – alguém do PT repassou pros jornais nacionais a notícia de que o PV deve fazer parte da campanha de reeleição do Blairo Maggi (sendo que no Brasil hors-Mato Grosso o desmatamento diminuiu), e talvez do Ivo Cassol (governador do outro estado em que aumentou o desmatamento)?

  10. Rafa, é uma pena, viagei e perdi o forrobodó.

    Que fique claro que nunca tive ilusão alguma no fair play do PSDB, e que fique claríssimo que com o PT na oposição o fair play também nunca foi prática usada. Ao PT faltou um Severino à mão, já que o PSDB costurou melhor seus conchavos.

    O PT não é a moça pura que frequenta o bordel por necessidade. O que acontece é a decepção de quem esperava algo diferente e a prodigialidade de pedras jogadas em uma vidraça excessivamente grande.

    Tá na cara que Lula precisa realmente fazer uma reforma ministerial em novas bases antes que fique refém das cabeçadas.

  11. ” Que me perdoe o Reginaldo, mas o PSDB tem se revelado pior na oposição do que no governo. Não consta, ao menos, que na oposição o PT tenha levantado a bola de Severinos”.

    ÓOOOOOOOOOO, o petê na oposição era bem comportadinho, né? Ao que me consta, jána oposição andava com gente como Quércia, Sarney e quejandos. Além do indefectível bordão “Fora FHC”, que, também pelo que me consta, ainda, eu disse ainda!, não faz parte do vocabulário da novel oposição tucana-pefelista na versão “Foira Lula”…

    “Além disso, há fatores a que os formadores de opinião não prestam a atenção devida, por estar longe do seu dia-a-dia. O crédito consignado, por exemplo, terá uma importância muito maior nas eleições do que pensa a classe média desavisada e que finge indignação diante dos roubos de galinha que a TV mostra. Enquanto ela reclama de taxas Selic, para o povão, sustentado às vezes pela aposentadoria de um avô, o país está melhorando (já falei antes que a classe média nao costuma ser a melhor balizadora de uma situação política). Esse detalhe deve ser importantíssimo nas próximas eleições, assim como os vários avanços em outras áreas, como cultura, etc.”

    Alguns “formadores de opinião” ignoram que as eleições serão em outubro de 2006 e que até lá a farra do crédito consignado terá mostrado sua faceta mais nefasta, na forma de dívidas e mais dívidas, estragulamento maior de já estrangulados orçamentos e por aí vai, como, ao que me consta, já começa a pipocar nos noticiários.

    “O grande problema que vejo nessa crise é a quase certeza de um segundo governo ainda mais fraco, ainda mais refém das forças de direita e do fisiologismo. Por outro lado, um cenário com um governo fortalecido, ocupando muito mais vagas no Congresso e forçando as outras forças que formam a base aliada a aderir a um programa mais progressista ainda é possível.”

    Governo refém? Meu véi, essa vitimizaçãozinha barata num cola, viu. Assim é facim, facim…O cabôco passa vinte anos prometendo mundos e fundos e quendo chega a hora agá, vendo que o buraco é mais embaixo, dana-se a botar a culpa em terceiros, no “sistema”, no carái a quatro… A verdade, a crua e dura é verdade, é que ees governo representou uma queda em relação ao já medíocre goveno anterior. Na macroeconomia, tudo antes no quertel de Abrantes, com o plus de um outrora satanizado superávit primário ainda maior. Na política, houve um upgrade em termos de fisiologismo, que se já era descarado na gestão do prícipe sociólogo, agora colocou uma melancia na cabeça e saiu desfilando na sapucaí. Na área social, também houve uma queda, com destaque para a total ineficiência na questão agrária: menos assentamentos, mais invasões e mais mortes no campo, sem falar no corte orçamentário. No aspecto darelação do partido com o regime democrático, veio a tona o viés autoritário do partido, com excrescências normativas que, se oriundas do séquito tucano, fariam a petezada falar em retorno dos anos de chumbo, censura et caterva.

    Resumindo, mais vale a franqueza, lealdade e honestidade de um Idelber, que, sentado no divã blogosférico, ousa expor expor toda o seu espantodesampontamento com a mediocridade desse governo, do que o cinismo de análises “mais profundas” como essa do Rafael, que, sob um verniz de termos pomposos como “forças da direita”, “correlação de forças”, “plataforma popular reformista”, “programa reformista minimamente radical”, esconde uma postura de advogado de porta de cadeia, que sai a torto e a direita à cata de desculpas esfarrapadas para livrar seu cliente, tentando esconder o óbvio, chegando ao ponto de colocar em dúvida a desonestidade do cara do correios: “corrupto ou não, o Maurício Marinho…”

    O mais curioso é que só depois de escrever, percebi que muitas de minhas críticas já tinha sido feitas pela Danicast e pelo Alfred, mas mesmo assim deixa elas lá. Ricardo, tána hora do gardenal, meu filhinho! Dizer que a culpa da ascensão severínica foi do PSDB é foda. Segue abaixo um vomentário antigo que fiz nesse blógui a respeito do assunto:

    Rafa, aos números:

    Composição da Cãmara: PT – 90, PMDB – 88, PP – 51, PL/PSL – 49, PTB – 48, PPS – 17, PSB – 16, PDT – 14, PC do B – 9, PV – 6, PRONA – 2, PSC – 1, S/partido – 7, PFL – 62 e PSDB – 52.
    Resumindo: Base aliada 377 (73%) e Oposição 126

    1º Turno: Greenhalgh – 207 votos (170 a menos do que o total da base aliada), Severino – 124 e Virgílio – 117.

    2º Turno: Greenhalgh – 195 (182 a menos do que o total da base aliada) e Severino 300.

    Será mesmo que a culpa PRINCIPAL foi do pefelê e do pêéssidêbê?

  12. Kbção,

    Se você lesse com uma agenda menos definida, teria percebido alguns detalhes que deixou passar. Mas eles nao se aplicam ao que você quer demonstrar.

    Em primeiro lugar eu não coloquei em dúvida a “honestidade” do Maurício Marinho. Se você se irritasse menos com quaisquer críticas ao seu amado PSDB, mesmo em um post em que as críticas são ao PT, teria visto que no post anterior, do qual este é só uma continuação, teria visto essa parte: “O cinismo do Maurício Marinho, dizendo que aquele dinheiro que ele foi filmado recebendo era um “adiantamento” por serviços de consultoria a serem prestados daqui a dois anos só serve para uma coisa: irritar ainda mais qualquer pessoa que tenha juízo“. Agora, acusar o sujeito de corrupto pode me causar problemas — o Imprensa Marrom teve problemas por muito menos que isso –, e eu não estou disposto a isso.

    Quanto ao PT ser comportadinho na oposição, quem disse isso? Você é que está usando esse argumetno para justificar a postura do PSDB, que por sua vez empurra um discurso de “vestal da democracia” quando na verdade sua atuação é bem diferente.

    Quanto à vitimização do governo, isso não existe. Aliás, o que esse post fala é justamente da incompetência do PT em várias áreas. O que você chama de “discurso pomposo” é só um reconhecimento da realidade. Se você acha que não, tudo bem. É uma opinião sua, eu só me reservo o direito de achá-la burra.

    Quanto à situação doscrédito consignado, essa conclusão é só uma aposta sua, também decorrente de sua agenda e muito parecida com a aposta petista de que o Real não iria dar certo, descontadas as proporções. Uma aposta que, por sinal, não é a do mercado. O Valor fez uma matéria sobre isso há algum tempo, eu daria uma olhada se fosse você. Não que fosse mudar sua agenda, coisa que duvido, mas não custa nada.

    E quem está colocando a culpa nos outros, ô sabido? O problema aqui é o PT e sua incompetência em gerenciar uma crise. Agora, em vez de ficar olhando para um lado só, como você faz o tempo todo, eu estou mais preocupado em tentar saber o que vai acontecer no ano que vem. E as suas posições, na minha opinião, têm o mesmo valor das declarações do Dirceu: partidárias e bem localizadas.

    Agora, usar os números do congresso para tentar empurrar a idéia de que a eleiçao do Severino foi culpa única e exclusiva do PT, por favor. Se você tivesse acompanhado o blog do Noblat, o único a cobrir essa eleiçao em tempo real, provavelmente não teria coragem de repetir isso. O erro do PT naquela eleição foi tentar empurrar o seu candidato goela dos outros abaixo; o dos outros foi votar no Severino. Se você acha que essa é uma postura decente, tudo bem. Problema seu.

    De qualquer forma, eu só queria lembrar que, além de nunca ter sido petista, não sou funcionário público e não atendo contas do governo. Para mim tanto faz quem está no governo. Não seria eu a ter “comportamento de advogado de porta de cadeia”.

    E pra terminar: eu não vou ficar batendo boca com você.

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