Por que vou votar a favor da comercialização de armas

O problema com o referendo sobre a comercialização de armas é a demagogia da iniciativa do governo e a desonestidade das justificativas a favor da proibição.

Os argumentos a favor da proibição são, em sua maioria, falsos e parciais. Disseram que vai diminuir a violência doméstica, por exemplo. Bobagem. Se um casal quer se matar, faz isso com facas ou, se necessário, com as mãos. Na verdade, a maioria dos casos de violência doméstica é de agressões físicas. É um clichê antigo, mas armas de fogo não matam ninguém; quem mata é quem atira. E se alguém quer matar outra pessoa, mata como pode. As pessoas já se matavam antes da invenção da pólvora e vão continuar se matando quando as armas forem extintas.

Quanto à violência urbana, aí só pode ser piada. É preciso lembrar que o verdadeiro problema do assaltante que carrega uma pistola não é o fato de ele ter uma arma — é ele estar com ela na rua. E não sei de nenhum bandido ou traficante (com exceção dos policiais) que tenha porte de arma ou, pelo menos, armas compradas legalmente. Dizer que boa parte das armas legais são desviadas para o crime é verdade, mas a conclusão a que ela leva é falsa. Imaginar que se não houver mais comércio legal no país os bandidos vão ficar menos armados é uma grande imbecilidade. É como achar que, porque a maconha é ilegal, as pessoas vão deixar de fumar.

É muito mais fácil comprar uma arma ilegalmente. Não apenas as permitidas, mas também armas que sempre foram de uso exclusivo militar. Quer comprar uma granada? Não é difícil. Uma pistola 9mm com o número de série limado? É mais barato que uma arma igual que você compre legalmente — ah, desculpe: você não pode comprar uma pistola 9mm legalmente.

É esse desconhecimento das leis de mercado que faz com que a alegação de que a proibição do comércio legal vai diminuir a criminalidade seja, na prática, uma bobagem.

O referendo também busca proteger de si mesmas pessoas comuns que, em um momento de desatino, matam outra — uma briga de trânsito, por exemplo. Tudo bem. Só não custa lembrar que provavelmente essa pessoa não tem porte de arma. Mas carrega uma mesmo assim. Para ela, em um comportamento razoavelmente semelhante aos dos bandidos, o fato de estar na ilegalidade não é um empecilho real. Se ela está disposta a carregar uma arma, vai carregar, pura e simplesmente. O mais provável é que aconteça o mesmo com a posse de armas em casa.

As pessoas andam armadas porque acham que assim estão mais protegidas. Muitas vezes estão erradas, e os argumentos em favor da proibição batem insistentemente nessa tecla.

Mas às vezes estão certas.

Para algumas pessoas, ter armas em casa é uma necessidade real. O discurso do “sim” é bonitinho para a classe média urbana empilhada em apartamentos, que não precisa e não deve ter armas; mas o Brasil é muito mais que isso. Quem mora em uma fazenda ou um sítio, por exemplo, não vai deixar de ter, independente das leis em vigor. Por uma questão cultural, por uma questão de segurança ainda que putativa; não importa e não adianta. Eu não deixaria, se tivesse uma.

Mesmo quem mora em casas na cidade acredita ter suas razões para manter uma arma, e age em função disso. Um amigo, dono de uma pistola registrada, já se conformou em deixar o seu registro caducar, porque não está disposto a pagar as taxas que passarão a ser cobradas (mais ou menos 300 reais por ano, 30% do que hoje se paga para ter porte, o que dá uma pistola nova a cada cinco anos) nem seguir as outras exigências que o projeto de lei faz, extremamente restritivas a quem pretende continuar com sua arma em casa. Também se conformou com a perspectiva de precisar recorrer ao mercado negro para comprar munição. O sujeito, que sempre andou dentro da lei, sabe que vai alimentar a criminalidade. Mas acredita que a sua segurança e de sua família é mais importante que isso.

Esse incentivo à ilegalidade é preocupante, e eu duvido que seja o único problema com essa proposta. O divórcio da realidade concreta não costuma levar leis a nenhum bom lugar, e talvez seja esse o principal problema prático do projeto. O comércio ilegal, aquele que faz parte do círculo vicioso do crime organizado e que já é relativamente forte, vai florescer ainda mais. Com o perdão do trocadilho absolutamente infame, parece ser um tiro que vai sair pela culatra.

Mas o que mais me incomoda nesse referendo é a demagogia embutida nele. Se a proibição passar, provavelmente vai contar como uma das iniciativas do governo em segurança. É piada. Prioridade, sempre, deveria ser desarmar os bandidos. Não há discussão sobre isso. E a maneira como os governos vêm lidando com o aumento crescente da violência é preocupante.

O volume de recursos e de esforços mobilizados nesse referendo seria mais bem utilizado em convênios com os governos estaduais. Deveria ser utilizado em policiamento preventivo. Em iniciativas de requalificação das polícias, e em ações efetivas de combate ao crime. É simples assim.

Há alguns anos um amigo meu, radialista, foi assassinado a mando de um prefeito. Ele nunca andou armado, o que talvez — talvez não — tenha facilitado a ação do pistoleiro que o matou. Por ironia aquele prefeito está hoje na cadeia, mas não por esse crime. Esse é um dos fatos que me dão a impressão de que estão colocando os carros adiante dos bois, e o que o desarmamento deveria começar pelo outro lado. Há aí uma inversão de prioridades, uma penalização desnecessária.

É por isso que eu vou votar pelo não à proibição do comércio de armas de fogo no Brasil.

43 thoughts on “Por que vou votar a favor da comercialização de armas

  1. Assino embaixo, em cima, do lado e onde mais for necessário.

    Não quero alimentar a demagogia e a cortina de fumaça sobre as verdadeiras fontes de violência.

  2. Eu concordo com vc, mas acho que o “sim” vai ganhar, já que os artistas da Globo estão fazendo propaganda pra que haja a proibição. E vc sabe, quando artista e, principalmente, a Globo quer uma coisa, eles conseguem.

  3. Segunda comentei no biscoito que iria votar nulo, mais ou menos pelos motivos que tu citou e tb, como protesto por esse referendo inútil, mas estou reavaliando seriamente minha posição, pois concordo inteiramente com vc..

  4. Hmmm, sei não.
    Conheço uma (acho que é a única) pessoa que tem uma arma em casa. É um sujeito que eu acho que todo mundo enquadraria na categoria “de bem”. Mas com esta arma ele já: ameaçou a esposa, saiu de casa com a cabeça quente armado (sem muito boas – ou lúcidas -intenções) e um empregado encontrou a arma e se matou com ela. E eu estou falando de uma pessoa boa, com curso superior, socialmente engajada. Todo mundo tem faca em casa, e isso não vive acontecendo…
    A sobrevida por ataques com arma branca tb são bastante superiores (vi uma estatística por aí, estou com preguiça de procurar para mostrar). Eu já tentei me matar (antes de conhecer minha esposa e me tornar um sujeito feliz), se tivesse uma arma dando sopa teria conseguido. Eu acho que a lei não vai ter um impacto fabuloso, por isso que ela deveria ter sido aprovada (como foi, afinal é referendo e não plebiscito) sem necessidade de referendo, que é uma forçação de barra da turma do Não (e do lobby da indústria, claro).
    E para mim basta a regra de ouro: o que o Jair Bolsonaro e a Veja apoiam não tem como ser bom.
    Aqui vai um link com três entrevistas sobre o assunto. Uma pessoa pelo Não e 2 pelo Sim. Espero colaborar com a discução.
    PS: Essa divisão entre pessoas de bem e bandidos também é coisa de cabecinha de classe média, fala sério. Tem gente que vê o mundo como um episódio do He-Man.

  5. deu vontade de te dar um beijo na boca agora. perfeito. eu não vou servir de propaganda eleitoral para ninguém em 2006 e não sou responsael pelas armas ilegais qu andam por aí.
    é o texto mais sensato que li até hoje sobre este tema.

    VOTO NÃO.

  6. Independentemente de governo, ideologia, artista da Globo ou seja lá o que for, uma coisa é fato: arma não é coisa “DO BEM”.

  7. Eu acho patético que os “artistas” estejam se envolvendo nisso e q a Veja tenha se posicionado de maneira tããããão parcial.

    Eu já tinha optado pelo nao, e ao ler o q vc escreveu só tive mais certeza.
    Obrigada!

  8. Achei os arqumentos apresentados no seu texto abaixo os mais pertinentes que li até agora sobre o referendo que teremos de enfrentar.

    E acrescento mais umas coisinhas:

    Já que vão gastar tanto dinheiro para nos perguntar só uma coisa, porque não perguntam mais? Por exemplo:

    – você concorda que os parlamentares (senadores, deputados e veradores) votem seus próprios salários?

    – você concorda que um parlamentar possa mudar de partido depois de eleito?

    – você é a favor de cassar todos os senadores, deputados e vereadores corruptos?

    e tanta coisa mais…

    A verdade é que essa democracia representativa que temos no Brasil não está funcionando (que fique bem claro que sou completamente contra a ditadura também).

    Mas percebo hoje que eu, que sempre fui uma defensora ardente do voto consciente, não quero votar mais. Cansei de traições, mentiras e conversa fiada.

    O que podemos fazer? Será que seria o caso de tentar uma democracia direta? Usar plebiscitos e o referendos para tudo?

    O povão não vota no Big Brother e paga para fazê-lo? Com o risco de estar falando uma grande bobagem, porque não podemos pensar numa coisa em moldes semelhantes?

  9. Eu ia votar no número 3, mas pensei melhor e vou votar no 9: é o número da camisa de Ronaldo. 😛 Concordo que isso é só uma demagogia do cacete, esse é o maior problema do referendo, mas não dá pra deixar de ver a lógica no raciocínio que diz que se as pessoas não têm uma arma, dificulta fazer certas besteiras. Sobre a violência doméstica, acho que tu viajou geral na hora de escrever. O fato de a maior parte de casos na violência doméstica serem de agressãoes físicas, não quer dizer que uma certa quantidade de mortes não possa ser evitada pela ausência de arma. Sim, pq se um casal quer se matar, vai se matar de qualquer jeito. Mas o caso é que muitas vezes eles não querem realmente se matar, ou se o desejam de fato, não o fariam não fosse no momento da explosão.
    Já a comparação com a lei seca, eu muito troncha: só pq um fator aconteceu com a proibição de bebida não quer dizer que vai acontencer o mesmo. São países diferentes, épocas diferentes, contextos diferentes e, principalmente, produtos diferentes. Falando sério: dá pra comparar o que seria a movimentação de gente atrás de bebida com a movimentação de gente atrás de arma?

  10. Rafael: teu post tá melhor que a matéria de Veja com as 7 razões para votar não.
    Acompanho o parecer do relator. Voto NÃO.
    Abç.

  11. Minha cunhada e meu cunhado moram num sitio aqui na grande Porto Alegre. Para chegar até lá de carro, se vai por uma estrada de chão toda esburacada, cheia de curvas e pedras. Só nesse trecho, se leva uns 25 minutos. Se for pra calcular direitinho, da delegacia de policia, ou do batalhao da PM, leva em torno de 45 minutos, na melhor das hipoteses…
    A nao ser que os brigadianos passem a andar de helicoptero para atender as ocorrências, acredito que meus cunhados devem ter direito a comprar munição para sua arma, pois para eles, é mais seguro dormir naquele descampado acompanhados de sua arma e de sua casa bem fechada. E eu não tiro a razão…

  12. pelos seus argumentos a conclusão é: as pessoas se matam mesmo, então, pra que mexer nisso? deixa como está. concordo com o argumento da maconha, mas quem fuma não está fazendo mal a ninguém. agora, achar “legal” e normal que alguém ande armado, tenha uma discussão no trânsito e num momento de cabeça quente puxe a arma e mate outra pessoa é o fim. o referendo não resolve o problema da violência? ter arma em casa também não. só aumenta a ilusão de que se está seguro. meu amigo, nessa história não há inocentes. quem defende o porte de armas também tem interesses e esses são tão políticos quantos os do outro lado. sinceramente, não vejo em que o episódio do seu amigo justifica toda a sua argumentação. e só pra lembrar, eu não vi ninguém que defenda o fim do comércio de armas dizendo que isso irá resolver o problema da violência nas cidades.

  13. você disse:
    “O discurso do “sim” é bonitinho para a classe média urbana empilhada em apartamentos, que não precisa e não deve ter armas; mas o Brasil é muito mais que isso.”

    essa não é uma posição lá muito alternativa, afinal acho que 90% dos cidadãos estadunidenses, arianos e de “boa” educação, enfim, gente de “bem” concordariam com você. então, quem é mais “classe média”, quem vota pelo sim ou pelo não?

  14. Acho que me expressei mal… não decidi meu voto pelo que aconteceu durante a lei seca. Não pretendi equiparar a movimentação numérica de pessoas atrás das duas. Estava fazendo uma alusão ao comércio ilegal (não em números absolutos…please!!), acho que a proibição só servirá para fomentar, ainda mais, esse comércio.

  15. Peguei nos comentários do blog da Cora:

    “Cansada de tanta desinformação a respeito do assunto e tentando entender o que realmente está sendo submetido à consulta popular, decidi ler a Lei nº 10.826/2003, conhecida como “Estatuto do Desarmamento” e coloco para vcs um resumo da questão legal.

    Essa Lei já está em vigor (já vale) e determina o seguinte:

    Para comprar uma arma:

    Para adquirir (comprar) uma arma de fogo de uso permitido (que não seja de uso exclusivo das Forças Armadas e demais autorizados) o interessado deverá, além de declarar a efetiva necessidade, atender aos seguintes requisitos:

    – Ter mais de 25 anos;

    I – comprovação de idoneidade, com a apresentação de certidões de antecedentes criminais fornecidas pela Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não estar respondendo a inquérito policial ou a processo criminal;

    II – apresentação de documento comprobatório de ocupação lícita e de residência certa;

    III – comprovação de capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo, atestadas na forma disposta no regulamento desta Lei.

    O Sinarm (Sistema Nacional de Armas) expedirá autorização de compra de arma de fogo após atendidos os requisitos anteriormente estabelecidos, em nome do requerente e para a arma indicada, sendo intransferível esta autorização.

    A empresa que vende arma de fogo no Brasil é obrigada a comunicar a venda à autoridade competente, como também a manter banco de dados com todas as características da arma e cópia dos documentos que o comprador forneceu.

    A comercialização de armas de fogo, acessórios e munições entre pessoas físicas somente será efetivada mediante autorização do Sinarm.

    Para comprar munição:

    A aquisição de munição somente poderá ser feita no calibre correspondente à arma adquirida e na quantidade estabelecida no regulamento desta Lei. O Mistério da Justiça publicará uma portaria com a quantidade que poderá ser comprada. Para comprar munição é necessário apresentar o Certificado de Registro da Arma.

    Para poder manter a arma em casa:

    Obter o Certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional, que autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência desses, desde que seja ele o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa.

    Para isso, deverão ser comprovados, novamente, aqueles requisitos anteriores, e de 3 em 3 anos, de novo (é a Renovação do Certificado de Registro de Arma de Fogo).

    Para portar a Arma (sair com ela na Rua):

    É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para:

    I – os integrantes das Forças Armadas;

    II – os integrantes de órgãos da Polícia, seja Rodoviária, seja Militar, Federal, Civil, etc.

    III – os integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e dos Municípios com mais de 500.000 habitantes, quando em serviço

    V – os agentes operacionais da Agência Brasileira de Inteligência e os agentes do Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República;

    VI – os integrantes dos órgãos policiais da Câmara, Senado e Congresso Nacional.

    VII – os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, os integrantes das escoltas de presos e as guardas portuárias;

    VIII – as empresas de segurança privada e de transporte de valores constituídas;

    IX – para os integrantes das entidades de desporto legalmente constituídas, cujas atividades esportivas demandem o uso de armas de fogo.

    X – os integrantes da Carreira Auditoria da Receita Federal, Auditores-Fiscais e Técnicos da Receita Federal (direito de portar armas de fogo para sua defesa pessoal, o que constará da carteira funcional que for expedida pela repartição a que estiverem subordinados).

    Essas pessoas terão direito de portar arma de fogo fornecida pela respectiva corporação ou instituição, mesmo fora de serviço.

    Ou seja, o Policial que matou a Gabriela Sou da Paz na escadaria do Metro, poderá continuar atirando no meio da rua, mesmo fora de serviço! Isso a Lei não mudou!

    Aos residentes em áreas rurais, que comprovem depender do emprego de arma de fogo para prover sua subsistência alimentar familiar, será autorizado o porte de arma de fogo na categoria “caçador”.

    Outra Exceção para o Porte de Arma:

    Se a pessoa demonstrar a sua efetiva necessidade por exercício de atividade profissional de risco ou de ameaça à sua integridade física. Ex.: Promotores de Justiça, Juízes Criminais, etc. Contudo, perderá a autorização se for detido ou abordado em estado de embriaguez ou sob efeito de substâncias químicas ou alucinógenas.

    Quem organiza shows, é promotor de eventos em locais fechados, com aglomeração superior a 1000 pessoas, deve adotar, sob pena de responsabilidade, as providências necessárias para evitar o ingresso de pessoas armadas.

    O Referendo é para dizer se concordamos ou não com o seguinte artigo dessa Lei que já está em vigor:

    “Art. 35. É proibida a comercialização de arma de fogo e munição em todo o território nacional, salvo para as entidades previstas no art. 6o desta Lei.
    § 1o Este dispositivo, para entrar em vigor, dependerá de aprovação mediante referendo popular, a ser realizado em outubro de 2005.”

    Se dissermos “sim, eu referendo este artigo, eu concordo com ele” o que vai mudar:
    • O cidadão comum , que hoje só pode comprar uma arma para mantê-la dentro de casa, ou dentro do local de trabalho (se for o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa), não poderá mais comprar arma de fogo ou munição.

    • Só estarão legalmente autorizados a possuir uma arma os agentes de defesa nacional, segurança pública, segurança privada e desportistas já referidos.

    • Quem já tiver arma, não poderá comprar outra, e nem poderá mais comprar munição para a arma que já possui. Isso significa, em última instância, um desarmamento total do cidadão comum.

    Essa é a Lei, o resto são teorias e ideologias.

  16. Texto ótimo, não mudou minha opinião, mas ótimo.

    O Problema Rafael, não é nem o referendo, ou o resultado, e sim saber que de qualquer maneira se fosse aprovado o SIM, para o bem ou não, seria apenas uma lei de papel.

  17. As pessoas continuam usando o exemplo da discussão de transito, quando o mesmo é completamente inválido nessa discussão.

    O porte de arma JÁ É proibido para o cidadão comum. Somente quem possui o porte devido a profissão pode andar armado. Quem não tem porte, não pode.

    Assim, uma pessoa que infringe a lei carregando a arma pra onde bem entender, não vai ter problemas em infringir outra, e comprar a arma no câmbio negro.

  18. Elton, o Jair Bolsonaro respira. Os donos e jornalistas do Veja também.
    Respirar não tem como ser bom.

  19. Caraca, Rafa, penso exatamente como você. A campanha do Não tá batendo na tecla errada e o Sim traz consequências assustadoras. Eu balancei pelo Sim por que vi por aí que 80% das armas dos bandidos foram legais um dia. Daí dá impressão de que 80% das armas sairiam de circulação, mas não é não…

  20. O comentário da wanda peixoto é bastante interessante. O negócio já vale… o SIM não vai mudar nada. Quem sai matando por aí no trânsito e em discussão são mesmo os bandido, juizes, promotores e esse povo que vai continuar tendo arma mesmo depois do SIM.

  21. Dani – PE, permita-me corrigir o número: 100% das armas nas mãos dos “bandidos” foram legais um dia, uma vez que não existem fabricantes ilegais de arma.

    Mudando de assunto, achei engraçado o primeiro dia da campanha do Não na TV: “vão proibir a venda legal mas não a ilegal”. Hahaha. Mas a venda ilegal não é ilegal só porque é proibida!? E não existe venda legal proibida, existe?

  22. Rafael, brilhante o seu ponto de vista. Não tenho mais nada a acrescentar. No próximo dia 10 os blogueiros do Nós na Rede vão falar sobre esse assunto. Os postadores do Nós Por Nós (Viva, Tesco, Lize e eu) darão suas opiniões. Vou tomar a liberdade de mencionar esse seu post que está ótimo e merece ser lido por mais pessoas. Se você tiver algo contra, por favor me avisa. Beijocas

  23. Deviam fazer um plebiscíto sobre a instituição do voto facultativo, um dos poucos aspectos da cultura americana que me enche os olhos.Ganhar mais um domingo pra fazer o que quiser, a cada 2 anos, a vida é curta, ou eu estou desiludido com a corrupção…

  24. Se você me permitir vou usar seus argumentos aqui, quando algum idiota local se lembrar de uma iniciativa igualmente estúpida. Eu possuo licença de porte de arma de defesa há mais de 30 anos e sou caçador, além disso. Consequentemente não vejo problema algum, nem minha família, de conviver com armas.

  25. A cada nova informação eu refoço mais a minha tendência para o NÃO.

    Mas acho que dá para melhorar a lei.

    1) critérios precisos para demonstrar necessidade, probidade etc, ao adquirir a arma;

    2) critérios muito rígidos para manter a arma comprada: no primeiro incidente de violência ou ameaça com a arma, que ela seja confiscada e o cara perca o direito de adquirir outra (por muitos anos).

  26. Detalhe: pesquisas extra-oficiais dizem que o SIM está com vantagem de 16 pontos sobre o NÃO – o que é uma quase vitória considerando-se que a vantagem era de 60% !!!

  27. Também votarei Não. As pessoas Não tem idéia da dificuldade de comprar um arma legalmente.
    Quem realmente deseja muito ter uma arma (seja por que realmente precisa ou não) vai passar a comprar ilegalmente.

  28. Concordo em parte….os numeros que temos a favor do sim são muito mas concretos do que o não. É muito fácil comprar uma arma ilegal! Quanto fácil? a onde? quanto custa? vai ficar mais cara após só ter como fonte o comercio ilegal? Ou vc acha que a maconha sendo liberada, não iria aumentar o consumo a produção e diminuir o preço. Vc não acredita que teriam mais usuarios com a facilidade da compra e uso?
    Sou contra o referendo, os politicos omissos passaram para um povo despreparado escolher, gastando assim nosso dinheiro para fazer o trabalho deles. Já que estão gastando todo esse dinheiro, deveriam por outras questões na pauta:
    1-O Lula deveria ser deposto?
    2-O Jose Dirceu deveria ser cassado?
    3-O Maluf deveria apodrecer na cadeia, independente da idade e dos milhões de recursos de seus advogado?
    e assim por diante…..

  29. EU

    daqui a pouco esses almofadinhas da Globo, vao querer uma plebescito para nao tomar banho, nao respirar, nao olhar para as mulheres bonitas, nao comer, nao se irritar com o chefe e coisa e tal…

  30. Olha so… Esse seu comentario esta ligado as contrariedades do governo…
    Se vc tiver possibilidade de salvar uma vida…por que nao salvar…
    Em uma brica é mais facil vc matar com uma faca ou com uma arma?
    Se eu tiver uma forma mais facil de matar entao eu vou matar da forma mais facil..
    se eu nao tivesse acesso a uma arma entao eu nao iria atras de um cara q é mais forte do q eu pra matar ele com uma faca, porque correria risco dele tomar a faca de mim a ainda me matar…
    Por isso falo que o SIM é a melhor opcao…
    Por que se todos tem acesso às armas entao vamos logo fazer um ‘faroest’ e brincar de bang-bang
    Valeu Pessoal…

  31. Davi, quem quer ter uma arma, vai ter, indepedente da proibição ou não, simplesmente vai no mercado negro e compra. O que a proibição vai fazer é com que quem antes comprava legalmente (e até parece que comprar legalmente é como ir comprar pão, é preciso ter porte para comprar), recorrer ao mercado negro e aumentar o dinheiro dos traficantes de armas. Será que está tão difícil ver isso?

  32. APÓS LER TODOS OS COMENETÁRIOS DIVULGADOS ATÉ O MOMENTO – AGORA EM 2006 – JÁ COM O VOTO DA POPULAÇÃO QUE CONCORDOU COM A VENDA DE ARMAS E MUNIÇÕES PARA AS MESMAS É PONTO ENCERRADO. NÃO VEJO PORQUE AS LOJAS ESCONDAM-SE DAS PESQUISAS FEITAS POR PESSOAS HONETAS E PACÍFICAS, QUE NECESSITAM DEFENDER-SE EM CASA, E FICAM IMPEDIDAS DE ENCONTRAREM EM TERRITÓRIO NACIONAL – EMBORA EXISTAM – AS LOJAS DE VENDA DE ARMAS PERMITIDAS E QUE O GOVERNO PRETENDIA VER PROIBIDAS SUA VENDA. ISSO É UMA BOBAGEM. QUEM NÃO SABE MANEJAR UMA ARMA E PRETENDE FAZER USO DE UMA ARMA, TEM QUE SUBMETER-SE AOS RISCOS NO SEU MANUSEIO, A NÃO SER QUE FAÇA UM CURSO DE TIRO, ETC. NÃO VEJO NADA QUE CRITICAR NO ARTIGO ACIMA, MUITO PELO CONTRÁRIO, O GOVERNO DEVERIA OUVIR PESSOAS COM EMBASAMENTO E SENSO INTELIGENTE PARA ORIENTAR A POPULAÇÃO SOBRE O ASSUNTO. O GOVERNO TAMBÉM DEBVERIA ELABORAR UM CÓDIGO SOBRE AS CONDIÇÕES DE PERMISSIBILIDADE VIGENTES HOJE – 2006 – E DEIXAR O COMÉRCIO QUE EXISTE DE FATO TRABALHAR HONESTAMENTE, E FAZER SUAS PROPAGANDAS, JÁ QUE A PARTE LEGAL DO TEMA QUE É A VENDA, QUE É PERMITIDA, NÃO HÁ O QUE SE DISCUTIR. EU POSSUO UMA TAURUS 7.65, QUE SE ACHA NAS MÃOS DE UM IRMÃO POLICIAL FEDERAL APOSENTADO, COM O DOCUMENTO DE REGISTRO EM MEU NOME, E RECUSA-SE A DEVOLVER-ME, SABENDO QUE O QUE ELE PRATICAR DE ILEGAL COM A MESMA, CERTAMENTE EU COMO PROPRIETÁRIO, SEREI ACIONADO PELA POLÍCIA PARA PRESTAR CONTAS SOBRE TODOS OS FATOS. MAS ISSO, MESMO O IRMÃO TENDO CONHECIMENTO, NEGA-SE, A FAZER A DEVOLUÇÃO, MESMO JÁ TENDO COMUNICADO Á POLÍCIA FEDERAL, E A POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDEERAL.

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