Os abacaxis de Neópolis

Um velho post sobre Neópolis continua insultando neopolitanos, como este sujeito chamado Jean Monteiro:

Caro Rafael Galvão, Você deve ter algum problema, alem do de escrever mal, talvez esteja na hora de pedir algumas lições de português para algum matuto ribeirinho, sei que é perda de tempo meu, falar com pseudo-intelectuais iguais a Você, caras que acham que o mundo gira em torno de si próprio, são incapazes de observar algo importante durante sua inútil vida, imagine numa hora, antes de escrever sobre algo, um conselho, se informe,para não escrever baboseiras. Veja por exemplo, a força da fruticultura irrigada com tecnologia de ponta(israelense) presente aqui em Neópolis, talvez o platô tenha passado despercebido a seu “olhar de lince” , o comércio local que emprega mais que a tal fábrica de juta, a qual Você se refere, a rizicultura irrigada responsável pela permanência do homem no campo, a instalação de uma unidade produtora de arroz(uma das maiores da América latina), e quanto ao Rio, caro Rafael acho que você deve ter visto uma lagoa qualquer não o Velho Chico, que continua lindo esbanjando vida. Nada contra o Rio de Janeiro , mas aqui p´ra nós, me dá uma inveja quando vejo no telejornal um tiroteio com moradores voltando pela contra mão, coisa que não acontece por aqui na matuta Neópolis, é, isso ai é um paraíso, mas pensando bem, vou continuar sendo matuto, morando aqui em Neópolis, que por sinal, não sente a sua falta.

Quanto a escrever mal, eu não posso fazer nada. Cachorro velho não aprende truque novo. Talvez, no máximo, melhore um pouco se olhar com atenção o estilo sem pontos do Jean Monteiro.

Mas ele menciona o Platô de Neópolis e uma unidade produtora de arroz. Ele não diz em seu comentário, mas a tal unidade, construída pela Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco, é realmente grande. Tão grande que a produção local jamais deu conta de atender às suas possibilidades, e está abandonada há cerca de três anos.

O caso do Platô de Neópolis é mais grave.

Iniciado pelo governador João Alves Filho (aquele que está construindo uma ponte ligando o nada ao lugar nenhum) no início dos anos 90, o Platô de Neópolis foi anunciado com um grande projeto de fruticultura irrigada em escala industrial.

Para isso, João Alves desapropriou dezenas de pequenos sítios que tradicionalmente produziam cocos, e também algumas poucas grandes propriedades.

O projeto era ambicioso. Segundo as promessas, ali seriam criados 12 mil empregos diretos, sem contar os milhares de empregos indiretos gerados pelo cinturão de indústrias que se instalariam na região para processar as frutas. Seria construído até um aeroporto em Neópolis, para facilitar o escoamento da produção gigantesca que então se previa, levando as frutas para a Europa e para os Estados Unidos.

E então veio a realidade.

O Platô de Neópolis foi criado apesar de vários pareceres técnicos em contrário. A região estava longe de ser indicada para um projeto de fruticultura irrigada, pelos seus altos índices de pluviosidade e por ser uma das terras mais pobres em nutrientes do Estado, além de sofer fácil salinização. É preciso muita incompetência para se investir nesse tipo de irrigação em um lugar onde, ora bolas, chove.

João Alves não terminou o Platô. Ele só seria terminado no governo seguinte, de Albano Franco. O que João Alves deixou, em 1994, foram apenas terrenos vazios, entregues ao mato, sem utilidade.

As terras do Platô foram entregues a ricos e a grupos econômicos poderosos, entre os quais Matias Machline, o falecido dono da Sharp, e o também falecido Banco Econômico. Somente a família Franco, do ex-governador Albano, tem cinco unidades de produção no Platô. Foi feita, em suma, uma reforma agrária ao contrário, tirando terras dos pobres para dar aos ricos.

O resultado foi um dos maiores fracassos econômicos da história de Sergipe.

Os cítricos, uma das estrelas do projeto em um Estado que se orgulha de ser um dos maiores produtores de laranja do país, não se adaptaram à região. Hoje, o Platô de Neópolis produz basicamente coco de má qualidade, exportado para o sul do Brasil, um pouco de acerola e abacaxi. Dos 12 mil empregos diretos prometidos, o Platô gerou, em seu melhor momento, apenas 872 empregos, volume que apenas decaiu desde então. Quanto aos empregos indiretos, esses simplesmente não apareceram, assim como as tais indústrias, que nunca se instalaram na região.

Pior: o Platô de Neópolis é hoje responsável por um dos maiores e mais indiscriminados usos de agrotóxicos no Estado. E isso está criando problemas sérios. Os trabalhadores mergulham as mudas de abacaxi nos tonéis de agrotóxicos sem nenhuma proteção, o que está, literamente, matando gente.

Esse fracasso teve custos altíssimos, mesmo com o governador aplicando um calote memorável. João Alves pagou a indenização devida a apenas 5 proprietários, e hoje o Estado tem, com os outros, uma dívida de 80 milhões de reais em precatórios.

Incluindo essa dívida com os antigos proprietários, a aventura irresponsável e incompetente do Platô de Neópolis custou aos cofres públicos 200 milhões de reais.

Há quem afirme que, hoje, o Platô produz menos do que a área produziria se ainda estivesse nas mãos de seus donos originais. E é o caso de perguntar quais os méritos que o Jean Monteiro enxerga no projeto. Não parece haver nenhum — mas pelo menos 200 milhões de deméritos. Em qualquer país civilizado, um governante responsável por tamanho desperdício de dinheiro público estaria preso. No entanto, ele hoje é candidato ao seu quarto mandato, com as mesmas promessas mirabolantes, provavelmente porque sabe que contará com um Jean Monteiro para ver competência em seus fracassos.

Mesmo em Neópolis, muita gente gosta de abacaxi.

17 thoughts on “Os abacaxis de Neópolis

  1. E tu pelo jeito adora se passar por carioca, né paraíba??? Hahahahaha!
    Ó… João Alves vai ganhar na loteria de novo e pagar isso aí tudinho… Eu e o Jean acreditamos nisso! 😛

  2. Sei não, essa ‘cegueira’ do JM parece ter ao que ver com os posts sobre ‘orgulho’ lá no LLL…

  3. Rapaz, se você continuar com essa perseguição o povo de Neopolis vai acabar arrumando um jeito de te calar…

    Rafael, deixa essa capiada de lado. Se os caras não conseguiram entender a hoemnagem amalucada que você fez a cidade deles, então eles são trouxas demais pra qualquer debate.

    Um abraço

  4. Dani,
    o João Alves de Sergipe não é santo, mas o que ganhou umas 200 vezes na loteria é outro.
    O referido, que bateu as botas em 2004, foi deputado federal pela Bahia.

  5. Certa vêz li que o Golbery Eminência Parda perdia o freio e escrevia parágrafos de até 26 linhas. Nosso amigo Jean ainda chega lá.

  6. Noves fora a parca gramática do Jean, o que me salta aos olhos é o deslumbramento com a “irrigação israelense”. Tem gente que se orgulha de não fazer nada original mesmo. Deve ser um troço difícil à beça essa tal de irrigação. Daqui a pouco vão se orgulhar de importar o incrível processo de escambo de Serra Leoa.

    Brasileiro veio ao mundo para consumir. Deixe a criação pra quem pode.

  7. Rapaz,
    Como é que incutiram este orgulho todo nos neopolitanos? Se falarem mal da minha cidade natal eu vou dizer: pois é, é uma bosta mesmo.

  8. Vale conselho?
    …manda esses neopolitanos enfiarem um abacaxi no orifício corrugado! Que saco!

  9. Rafael,
    Venha com mais tempo à Neópolis para que tenha argumentações concretas sobre nossa cidade. É bem verdade que esta localizada no “Nordeste”, em “Sergipe”, mo interior é claro, mais gente ruim aqui nasce morto.
    Todos que criticaram nossa cidade sintam-se convidados a conhece-la melhor. É certo que encontrarão aqui muitos problemas estruturais típicas de uma cidade do interior do Brasil, contudo, é nuito legal.

    Um abraço.

  10. O Abacaxi de Neópolis.

    Meu caro Rafael Galvão, deve haver algum engano com relação à Neópolis, a minha que amo e a que conheceu e certamente odeia, por algum motivo tu enxerga desgraça em tudo que olha, quando olho minha gente enxergo um povo ordeiro de costumes simples e vida calma, cercado por uma natureza maravilhosa, abençoado pelo Velho Chico, um povo que preserva suas tradições carnavalescas que atraem anualmente milhares de turistas proveniente de vários estados, todos em busca da mesma coisa: alegria , muita alegria.
    A propósito, Neópolis nunca foi a terra do abacaxi, vez ou outra aparece algum proveniente de outro estado, metido a intelectual, dono da razão, escreve um monte de asneiras e se acha o rei da cocada preta, é a mistura perfeita abacaxi com bobagem. Rafael a desgraça de Neópolis não esta em minhas terras ou em meu Povo, mas sim em teus olhos que só enxerga coisa ruim, destorce a realidade para um mundo obscuro cheio de aspectos negativos, provavelmente estes pontos negativos estão em sua cabeça, e ai só você ou um psicólogo pode resolver.
    Temos nossos problemas, e olha não são poucos, como toda cidade pequena, mas sinceramente analisando os pros e contras, minha terra é maravilhosa.
    Meu caro Abacaxi Rei, coloco abaixo um link para uma reportagem vinculada no Bom Dia Brasil dia 17 02 2009, para que possa assistir uma pequena amostra do nosso Carnaval que este ano contará com a presença de Morais Moreira, Alceu Valença, Trem de Pouso e muitas outras atrações.

    http://g1.globo.com/bomdiabrasil/0,,MUL1005366-16020,00-CARNAVAL+JA+COMECOU+E+COM+MUITA+ALEGRIA+EM+SERGIPE+E+OLINDA.html

  11. Caro Rafael,

    Como andas? como se sente ao ver várias reportagens exibidas a nível nacional sobre nosso carnaval? acho que novamente caiu do cavalo! Somos Nordestinos sim, orgulhosos sempre, e quanto a decâdência que você explana em seus “magnificos” comentários, deve continuar a fazer deles “contos” da mais alta falta de inteligência que há nesse seu pseudo-intelectualismo.

  12. Quero usar este espaço para fazer um apelo a todos as pessoas que usaram este espaço ,para postar seus comentarios e principalmente a a vc meu caro,Rafael Galvão.Meu nome é jose Antonio farias Freitas,sou médico sanitarista e professor da universidade federal de São paulo sou casado e tenho um casal de filhos de 2 e 11 anos,nascir em penedo-al ,mas moro em são paulo há mais de 20 anos onde me formei ,casei e trabalho até hoje. Mas minha familia é de Neópolis e ja fazem uns dez anos que tento sem sucesso encontral-os ,a última noticia que tive é que meu avó paterno mora na rua nossa Senhora da paz depois da capela de são pedro, o nome dele é Augusto freitas ,ele tem uma irmã que se chama Margarida,que vendia leite na praça principal da cidade ,cujos filhos por nomes de lucinda freitas que é enfermeira do hospital de Neópolis,e jango queé dono de uma padaria.Por favor me ajudem, pois queria muito rever minha familia…………

  13. “Rafael a desgraça de Neópolis não esta em minhas terras ou em meu Povo, mas sim em teus olhos que só enxerga coisa ruim, destorce a realidade para um mundo obscuro cheio de aspectos negativos, provavelmente estes pontos negativos estão em sua cabeça…”
    Pois é, ele não viu os pontos positivos na farra com dinheiro público e nas promessas para enganar os Carlos, digo, trouxas… Que sujeito ruim, não é? Não ficou maravilhado com a tecnologia de ponta de resultados ínfimos, pode? Coitado, ele até destorce-com números e outros dados- a grande façanha da reforma agrária de Neópolis. A desgraça de Neópolis provavelmente está no cordão de puxa-sacos a rir à toa.

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