Filosofia à francesa

Nunca fiz segredo de que corro de filosofia como gato escaldado corre de água fria.

Agora posso explicar por quê.

Uma matéria da Primeira Leitura deste mês cita um tal de Roger-Pol Droit:

Pierre Hadot, grande erudito, mostrou que a filosofia da Antigüidade estava destinada a mudar a existência, e não a construir sistemas de filosofia. Ele influenciou Foucault e também uma nova geração, como a de Michel Onfray, com essa idéia de que a filosofia existe para ser vivida, não somente para ser pensada ou se limitar ao acaso.

É isso. O problema dessa francesada toda é só um: ignorância. Ou má-fé. Enquanto eles citam esse montão de sei-lá-quem o otário do Marx se revolve em sua tumba.

Droit continua:

Há uma grande demanda, hoje, na França, por essas obras filosóficas direcionadas à vida cotidiana, à reflexão individual, algo entre a sabedoria e a análise filosófica.

No Brasil também. Só que aqui a gente chama isso de auto-ajuda.

Originalmente publicado em 1 de dezembro de 2004

4 thoughts on “Filosofia à francesa

  1. Confesso a você que eu não tenho o menor saco para ler livros sobre Filosofia. Também faço parte do grupo. Beijocas

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