Esta é a coluna do Elio Gaspari deste domingo. É brilhante, e comento depois.
Copiei aqui porque seria impossível fazer um link para ela.
Saudades do PT que ousa e faz
Há o PT-Federal, que tritura, tributa e tunga, mas ainda há o velho e bom Partido dos Trabalhadores, capaz de tomar iniciativas administrativas audaciosas e de produzir êxitos sociais.
Desde janeiro, quando tomou posse, o governo de Lula vai devagar, quase parando na controvérsia em torno do uso de programas livres para os computadores da rede da Viúva.
Trata-se de uma discussão chata, freqüentemente incompreensível. No Brasil, nove em dez computadores funcionam com o sistema operacional Windows e quase todos trabalham com o programa Office para textos e cálculos. Os dois são da Microsoft, de Bill Gates.
Contra eles há os chamados programas abertos. Grosseiramente, a operação de um terminal com programas abertos custa cinco vezes menos que outro, nas mãos da Microsoft. Numa grande empresa, um terminal com programas de Bill Gates custa entre R$ 500 e R$ 1 mil por ano.
A encrenca começou em 1991 quando um garoto finlandês, Linus Torvalds, convidou micreiros de todo o mundo para montar um sistema aberto, livre, às vezes grátis, sempre barato. Chamou-se Linux e hoje tem a IBM a ajudá-lo.
A Microsoft personifica a gordura em algumas empresas que querem cortar custos. O Metrô do Rio e a Telemar já trabalham com Linux. Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas mostrou que os número de empresas com programas livres em seus terminais passou de 8% para 12%.
O governo de Lula prometeu que vai tirar da Microsoft o monopólio do acesso aos serviços da Receita Federal. É pouco. O governo petista pode usar o seu poder de compra, de propaganda e de persuasão para estimular os brasileiros a usar programas livres. Não precisa impor nada, pois desde que inventaram o computador, sempre que o governo brasileiro quis impor alguma coisa, acabou-se fabricando desastres. Basta dizer que os usuários de computadores têm alternativas e que, entre elas, a Microsoft é a mais cara, senão a mais gananciosa.
A administração petista de São Paulo produziu o melhor exemplo de uso dos programas livres. É a rede Telecentro. Tem 61 postos de serviço para o povo. Cada um deles tem 20 terminais e se destinam a ensinar as pessoas a entrar no mundo dos computadores. O primeiro Telecentro foi montado em Cidade Tiradentes, sofrido conjunto habitacional da periferia. Temia-se que o prédio, uma construção da Cohab transformada em entreposto de tóxicos e reconstruído pelo Telefonica, estaria destruído em menos de um mês. Completou dois anos e está muito bem, obrigado. À sua volta surgiu uma comovente atividade comunitária. Também vão bem os oito Telecentros de Capão Redondo.
Se os Telecentros trabalhassem com a Microsoft, teriam uma despesa adicional de pelo menos R$ 2 milhões por ano. Estima-se que os programas livres permitiram uma economia de R$ 14 milhões. A administração petista de São Paulo trouxe 150 mil pessoas para perto dos teclados e dos monitores. Os governos petistas gaúchos também ousaram e fizeram do Linux uma alternativa para a rede do governo.
Não se conhece caso de encrenca provocada pelo uso voluntário dos programas livres. Quando o PT-Federal achar a tartaruga que fugiu de cima da mesa durante uma reunião dos sábios do Planalto, poderá pelo menos copiar o que o Partido dos Trabalhadores de São Paulo e do Rio Grande do Sul já fizeram de bom e barato.
Realmente eu não sabia que existia esses Telecentros e usavam softwares livres. Sabendo disso fico muito contente pois Trabalho com Linux e o meu foco é segurança pois esse sistema ofereçe muita, e de custo mais baixo em relação aos hardwares especificos(Firewall’s , VPN’s), que hoje compoe o mercado da informatica, e adoraria que o governo realmente mostrasse mais a populaçao essa tecnologia, pois como ja foi dito, ela estará investindo em seu proprio Pais
Elio Gaspari comentou em 15/7/2007 atitude abusada de evo morales,da Bolívia,contra interesses brasileiros no Brasil.Republiqueta é assim mesmo:até síndico de lugarejo da América Latrina faz e acontece contra o Brasil e não dá em nada.Não tem homem no poder para dar o troco.
Sr. Elio Gaspari
Li em sua coluna no Correio do Povo de domingo, o senhor lembrando que a oposição está sendo branda com Lula sobre a questão dengue e os 111 mil casos no páis. Primeiro, isento partidariamente (meu caso), digo que a responsabilidade é dos prefeitos e depois do governo do estado. Inclusive, lembro que a grande imprensa é que está sendo branda com o sr. César Maia no Rio, ao não responsabilizá-lo (é compreensível o caro é do PFL ou DEM). Já imaginou se o prefeito (a) fosse uma Benedida da Silva? A grande imprensa (que chamo de imprensa fascista) tinha caído de pau em cima. Um abraço seu Gaspari. Ainda assim, gosto dos seus artigos.
Mário Lima
São Miguel do Oeste – SC