Ah, Neópolis

Comentário recebido:

Caro Rafael,
Se você passou apenas uma hora na cidade de Neópolis, como há de saber que ela viveu dias mais próspero no século XX? será que a mulher que lhe vendue o refrigerante te informou sobre isso? Como pode saber que é uma cidade que se arrasta no tempo se nem sequer conhece o povo do local, sua cultura e seus costumes? Quanto ao segundo parágrafo baseado em que você fala que da riqueza do local resta apenas a fábrica de junta se sua permanência foi de apenas uma hora? Acho que fica difícil falarmos de algo que não conhecemos, entretanto se a afirmação no final do texto “elas não se acham maiores que Neópolis” for uma homenagem ou poesia, essa homenagem é dispensadas pelos moradores da cidade.

Não é a primeira vez que esse post recebe comentários ultrajados de neopolitanos. Parece que eles se irritam profundamente quando lêm o pouco que eu tinha a dizer de sua cidade. Para o Alex, é um dos melhores posts deste blog. Para os neopolitanos, é uma ofensa imperdoável. Algo no texto, talvez a falta de antolhos, fere seus brios de moradores orgulhosos de cidade pequena.

O culto à ignorância é algo terrível. Como alguém pode saber algo que não viveu, pergunta o rapaz? A resposta — “lendo” — parece ser a última coisa em que o pessoal ofendido pensa. Porque o lugar onde vivem é ao mesmo tempo tudo e nada, e eles não conseguem conceber que alguém fora daquele lugar, vindo de uma cidade grande talvez, tenha sequer o interesse de saber mais sobre o lugar; ao mesmo tempo, cultivam uma sensação de serem eternos injustiçados.

Uma pergunta que se poderia fazer é: por que Neópolis, que já viveu dias mais ricos, ficou para trás? Há várias respostas, quase todas econômicas — fim da importância da juta, incapacidade de se adequar a novas exigências de mercado, construção de uma ponte no rio São Francisco. Um historiador pode explicar isso com propriedade.

A um blogueiro pouco modesto como eu resta apenas especular a respeito da endemia que costuma assaltar moradores de cidades pequenas.

Talvez aqueles que vêm parar aqui por acaso achem que eu sou carioca e que ainda moro no Rio, e esse pessoal do interior tem sempre uma atitude extremada de defesa diante de algo que julgam mais sofisticado, aliada à necessidade de se convencer de que algo que só eles possuem é infinitamente melhor que qualquer outro — e assim um alucinado veio afirmar aqui que o carnaval de Neópolis é o segundo melhor do Brasil.

Talvez matutos ribeirinhos tentam se convencer de todas as vantagens de suas cidades, e como a eles parecem ser poucas, tentam potencializar essas vantagens simplesmente deixando de admitir os defeitos, os problemas que o lugar possui. O resultado é isso: a raiva diante de alguém que por acaso não consegue embarcar nessa pequena e inócua alucinação, e a grosseria, pouco comum naquelas paragens onde o rio sempre ofereceu uma vida fácil e tranqüila, de dispensar um elogio — e não uma homenagem — à cidade.

Ah, como é fácil, ao ver um elogio feita com toda a boa vontade do mundo ser dispensada pelos moradores de Neópolis através de seus auto-nomeados defensores, dizer que aquele é só um buraco qualquer perdido no tempo às margens de um rio moribundo; onde os homens sem trabalho procuram a sombra das árvores ao meio-dia, jogando conversa fora e usando as mesmas roupas dos anos 40; onde motoqueiros e cavaleiros se misturam em um conflito pacífico de épocas e classes.

Mas isso seria injusto com uma cidade que ainda tem encantos. Neópolis, pelo pouco tempo que passei lá, é agradável e muito interessante. Mas, como toda cidade no mundo, tem lá sua cota de idiotas complexados.

Serge Gainsbourg em Houston

Há alguns meses, eu escrevi um post sobre Serge Gainsbourg, que se tornou ídolo instantâneo depois que li sua biografia.

Um pouco depois, o Freddy mandou um link para um vídeo com uma das passagens mais canalhasde Gainsbourg: o seu diálogo absolutamente cafajeste e bêbado com Whitney Houston, quando ela ainda era uma mulher bonita. Ele também publicou o link no Marola.

Infelizmente o vídeo foi retirado por problemas com direitos autorais. Uma pena.

Mas o que é bom sempre volta.

Obituário para Geraldo Alckmin

Geraldo Alckmin foi escolhido candidato a presidente pelo PSDB porque eles não achavam ser realmente possível vencer esta eleição. Outros com mais cacife, como Aécio Neves ou mesmo José Serra, não queriam se desgastar desnecessariamente, o que se mostrou, claro, uma estratégia acertada — Serra deve ser o próximo governador de São Paulo e Aécio não sai do governo de Minas Gerais. Sábios, eles acreditam que mais vale um governo na mão que uma presidência voando. O negócio parecia bom também para Alckmin, uma forma de se projetar nacionalmente e deixar de ser um picolé de chuchu diet.

Só que ninguém esperava por uma tragédia como a de ontem, com a divulgação da pesquisa eleitoral do CNT/Sensus.

Sempre achei que Alckmin era o melhor candidato para enfrentar Lula. Não tinha o patrimônio de votos de Serra, e era um sujeito que historicamente não parecia mais que um simples apêndice direitista de um grande homem, Mário Covas. Não oferecia grandes obstáculos para Lula, em princípio. Alckmin se candidataria, receberia os votos das viúvas de Fernando Henrique e dos que não votam em Lula de jeito algum, e sairia razoavelmente bem na fita sem atrapalhar o desfile petista.

Mas havia, claro, o outro lado, favorável para o PSDB. Desconhecido, Alckmin tinha índices de rejeição irrisórios. Ou seja, ele só parecia ter um caminho a seguir, e era para cima. O que parecia ser uma fraqueza podia ser, também, uma vantagem.

Até ontem.

O que mais impressiona na pesquisa do CNT/Sensus não são os números, previsíveis – e até razoáveis para um candidato como Alckmin, responsável direto pelo caos em São Paulo. É o crescimento estonteante dos seus índices de rejeição. Com mais de 40% de pessoas que não votariam nele de jeito nenhum, Alckmin é um exemplar raro: o candidato que ninguém conhece e de quem ninguém gosta.

Ainda é muito cedo para afirmar algo assim categoricamente, mas tudo indica que a partir de 2007 Lula continuará sendo o presidente do Brasil. Com Garotinho finalmente descendo pela latrina da política nacional e a Gralha das Alagoas com índices de rejeição acima de 50% coroando o imutável discurso raivoso – indignado – autista – sem – uma – proposta – decente, o único adversário a ser considerado era Alckmin. Não é mais. Alckmin morreu.

A situação pode mudar, claro. Em política, e em campanha, tudo é possível. Por exemplo, algo pode aparecer para vincular Lula de maneira inegável aos escândalos do mensalão, a grande esperança do PSDB/PFL. É um sonho desesperado, no entanto: além de ser algo altamente improvável, há também uma grande possibilidade de que uma situação hipotética dessas mudasse muito pouco na situação de Lula, que vem sendo bombardeado há exatamente um ano e que, apesar de tudo isso, continua subindo nas pesquisas.

Alckmin morreu e uma campanha nessas condições só vê as coisas piorarem. É sempre uma situação melancólica. A militância perde o ânimo e briga entre si para descobrir de quem, afinal é a culpa. Nos Estados os aliados, quando simplesmente não mudam de lado, passam a se preocupar mais com suas próprias campanhas. Ninguém quer carregar a alça do caixão de uma candidatura defunta, como o próprio PSDB do Ceará fez em 2002 ao tentar vincular a Lula o seu candidato ao governo estadual, Lucio Alcântara, esvaziando assim a de Zé Ayrton, candidato do PT. Nessas horas soturnas, o candidato que um dia acreditou poder envergar a faixa presidencial é deixado sozinho na chuva e no escuro.

Embora seja também improvável, não seria uma surpresa se, numa medida desesperada e a essa altura contraproducente, o PSDB rifasse a candidatura de Alckmin em prol de alguém com um pouco mais de chances, ainda que imaginárias. Fariam como o PFL em 1989, quando tentaram se livrar de um peso morto chamado Aureliano Chaves e embarcaram, por uns poucos dias, numa candidatura absolutamente surrealista.

Nesse caso, Alckmin deveria ter cuidado. Sílvio Santos vem aí. E se não vier, seu destino não deve ser muito melhor.

Post promocional com updates

Tô duro.

E nessas horas a gente sempre tem uma idéia brilhante. A minha veio olhando um anúncio do Mercado Livre no meu MSN: “Venda seu beijo aqui”.

Foi assim que eu descobri que essa minha língua poderia servir para algo mais lucrativo que falar mal da vida dos outros.

Então este é um comercial. Fiz minha tabela de preços, e estou pronto para montar o meu próprio negócio.

Beijo na bochecha: R$ 0,50
Beijo na testa: R$ 0,75
Selinho: R$ 1,00
Beijo no pescoço: R$ 1,50
Beijo na nuca: R$ 2,00
Beijo na boca: R$ 3,00
Beijo de língua: R$ 4,00
Beijo de língua com direito a chupão daqueles de 10 minutos: R$ 5,00

Update: Devido à grande procura, estamos oferecendo desconto de 20%.

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Update 6: Ô vida.

Update 7: Eu e minhas idéias.

Uns dois comentários sobre o post de ontem

O André Pessoa e o Edson (cujo comentário é excelente e vale a pena ser lido) discordaram do jeito como me referi às visitas íntimas.

Bem, é assim que funcionam boa parte das delas na maioria, se não em todas, das penitenciárias brasileiras: uma prostituta se cadastra para fazer visitas um preso. Assim, ela tem direito a entrar na penitenciária livremente e ganhar o seu dinheiro suado nos dias de visita com os outros presos. A penitenciária, então, não fica a dever nada à Praça Mauá.

Então até podemos admitir que a visita íntima diminui o número de estupros dentro da prisão. Mas é ingenuidade achar que acaba com eles, porque o estupro é, principalmente, um instrumento de poder, como qualquer feminista sabe. Achar que um sujeito vai deixar de estuprar outro apenas porque pode pegar uma prostituta no fim de semana é não conhecer a realidade das penitenciárias.

A questão é que, em nome de um direito que pode ser considerado duvidoso, permite-se que um aspecto do que se entende por autoridade seja esgarçado. Eu não disse que a visita íntima, principalmente da maneira como ocorre no Brasil, é responsável por essa crise. Mas tem relação, sim, com a falência do sistema prisional, porque os limites ficam mais tênues. É mais um sintoma de um modelo frouxo e incompetente, que contrabalança permissividade com excesso de violência, provavelmente a combinação mais perniciosa possível.

Longe de endossar posições como as dos protofascistas identificados pelo Edson, é preciso também admitir que há um nível mínimo de autoridade e repressão que deve ser atendido. Mas essa é uma discussão mais longa e, em qualquer regime democrático, mais complexa.

Um aspecto que eu achei interessante na blogoseira é que há uma tendência grande a se bater na polícia. Disseram que a ela estava matando presos com tiros na rosto para dificultar a identificação. É interessante, mas quem conhece um pouquinho de armas sabe que isso só é possível com tiro de calibre 12.

Outra coisa: a entrevista do Ferréz que circulou na Internet e foi publicada em vários jornais Brasil afora me lembra um aspecto delicado: de repente tem-se a impressão de que a polícia, em sua reação ou vingança, seja o que for, só matou inocentes. E, sem querer tirar nenhuma conclusão ou iniciar nenhum debate, eu já ando meio de saco cheio ao ver associações de favelados sempre reclamando da polícia e nunca dos traficantes, ou mães chorando a morte de seus filhos trabalhadores e nunca uma mãe admitindo que seu filho é traficante mas que nem por isso merecia ser morto.

E a Carol e uma moça chamada Jaque — esta, por sinal, muito revoltada — me acusaram de partidarismo. Descobriram a pólvora, um segredo que eu tentava esconder a todo custo: o de que este blog é assumidamente governista, embora eu nunca tenha sido petista nem tampouco funcionário do PT. Felizmente, não viram a foto do meu perfil no Orkut. Mas o problema, eu gostaria de lembrar, não é o fato de eu não ter um pingo de imparcialidade neste corpinho que faz a delícia do sexo feminino. O problema é mostrar que eu estou errado ou mentindo, coisa que não fizeram.

E antes que eu me esqueça. A culpa pela situação em São Paulo continua sendo do Alckmin.

Por que o positivismo é uma grande bobagem

O dixieland, meio cansativo, levou a Louis Armstrong e depois a Miles Davis.

A polca, essa coisa chata, levou ao que é melódica e harmonicamente o mais sofisticado ritmo brasileiro, o chorinho.

O rock and roll de três acordes em doze compassos evoluiu até a complexidade dos Beatles.

O forró deu Luiz Gonzaga, um gênio absoluto. Que maravilha pode vir depois dele?, eu ficava pensando.

Tolinho.

A culpa é de Alckmin

Agora que a situação parece mais calma, dá para falar com mais senso de perspectiva sobre um aspecto da crise de São Paulo.

Desde o início, a imprensa alertou sobre a impropriedade de utilizar os acontecimentos como combustível para a campanha eleitoral. Mas haverá uma eleição em menos de cinco meses, e a incompetência no gerenciamento do problema da segurança pública deve, sim, ser um critério de julgamento dos candidatos. A crise do mensalão, por exemplo, é um critério para a avaliação do governo Lula.

Acima de tudo, é impossível negar que o caos que tomou conta de São Paulo tem responsáveis, e que estes não são apenas os membros do PCC. Se o terror chegou aos paulistas, foi principalmente pela má atuação das forças de segurança pública.

O fato é que a atuação de Alckmin foi um fracasso retumbante e inegável.

São quase doze anos de governo do PSDB em São Paulo — oito dos quais sob a presidência do tucano Fernando Henrique Cardoso. Caso tivessem alguma idéia de como lidar com o problema da segurança pública, não poderia haver circunstância melhor. Não houve quebra de continuidade, puderam planejar a longo prazo, e houve tempo mais que suficiente para executá-los.

No entanto, foi justamente nesse período que o PCC se solidificou. E a verdade é que o PSDB não soube enfrentar o problema. A opção de fazer acordos com a bandidagem — que já não tinha dado certo no Rio de Janeiro de Brizola — foi uma decisão equivocada desde o início, típica de uma administração fraca e sem autoridade. Ao não cumprir adequadamente seu papel repressivo, o governo paulista possibilitou o desenvolvimento da conjuntura que levou à tragédia dos últimos dias. É preciso ter perdido toda noção da função da pena para permitir discussões como visitas íntimas — que na prática acaba sendo pouco mais que uma permissão oficial para a prostituição dentro dos presídios — ou a distribuição de televisores na prisão. De repente, cumprir pena em um presídio paulista acabou não representando um castigo.

A irresponsabilidade, no entanto, não ficou apenas durante o mandato. O governador de São Paulo, Cláudio Lembo, tem culpa por dar respostas insuficientes a uma crise de proporções gravíssimas. Mas não é o principal responsável por ela, tendo assumido o governo apenas há poucas semanas. A responsabilidade cabe única e exclusivamente a Alckmin, que passou seu governo apregoando a eficiência da polícia e do sistema carcerário paulistas. Como se viu na última semana, ele mentiu.

Em entrevista à Folha de S. Paulo o governador Lembo deixou claro que, durante a crise, a tal cúpula do PSDB — o ex-presidente Fernando Henrique, o ex-governador Alckmin e o ex-prefeito Serra — lhe deixou com a bomba nas mãos. O único com quem conversou regularmente sobre a crise foi o presidente Lula, que lhe ofereceu toda a ajuda necessária.

Lula não fez mais que sua obrigação como presidente. Mas o mesmo não se pode dizer daqueles que, de uma forma ou de outra, estiveram envolvidos com a administração paulista. O que todos eles fizeram, mas principalmente Alckmin, foi fugir às suas próprias responsabilidades da maneira mais burra e covarde, achando que o silêncio lhes preservaria eleitoralmente. Como uma criança que não diz à mãe que quebrou o seu vaso preferido.

E então o que houve foi um fenômeno esquisito: Lula, que fez o que manda o cargo, não aproveitou eleitoralmente o episódio, e mal não ficou. Alckmin, que não fez o que manda a ética, tentou um “aproveitamento pelo avesso”, e não se saiu bem.

Mesmo assim, durante a crise o comportamento da mídia foi, no mínimo, dúbio. O Jornal da Globo, por exemplo, tentou ridicularizar ao máximo a declaração de Lula de que tudo isso é resultado de más políticas educacionais, em vez de fazer o que devia: cobrar soluções efetivas ao governo de São Paulo, algo mais importante, inclusive, do que definir de quem é a culpa por essa vergonha. Mas aproveitamento eleitoral só não vale para o governo. Nesta semana a revista Veja, que já não sabe o que fazer para se desmoralizar ainda mais, continua sua descida ladeira abaixo: enquanto a Época e a IstoÉ trazem capas sobre o caos paulista, como manda qualquer cartilha de jornalismo, ela traz uma capa sobre estética. Assim como Alckmin, parece acreditar que se não tocar no assunto ele desaparece.

Mas as coisas não são tão simples. Simples é um fato óbvio: a responsabilidade sobre o descalabro da segurança pública paulista só pode ser creditada a um homem. Seu nome é Geraldo Alckmin.

As alegrias que o Google me dá (XXVIII)

cocotas
“Cocota” é gíria dos anos 70. Você chegou atrasado. A essa altura, tadinhas, as cocotas que andavam por aí de tanga na praia e que dançavam discothéque são sucotas — sucata de cocotas.

site www.rafael.galvao.org fotos de putas baiana
Tua mãe não veio hoje.

site www.rafael.galvao.org picas de homens famosos
Já a vagabunda da tua vai bem, né?

garoto mimado imbecil falar da vida dos outros
Tá, mimado eu sou, admito. E se falo mal da vida dos outros, é porque mal feito é da conta de todos nós. Mas imbecil, não. Esculhamba, mas não ofende.

foto atual de leif garrett nos jornais ingleses sua prisao
Olha como a vida é injusta. Leif Garrett deveria ter sido preso nos anos 70, quando fazia sucesso cantando bobagens terríveis como I Was Made For Dancin’ e aparecendo no seriado da Mulher-Maravilha. Agora não faz mais sentido. Mas parece que algumas pessoas guardam ódio para sempre.

rafael bbb
É, sou eu. Bom. Bonito. E barato que só vendo (e ainda faço em 24 módicas prestações mensais, e aceito cheque pré-datado, e todos os cartões, e vale-transporte e ticket-restaurante).

jogos de pc sem precisar baixar e de grassa
Meu filho, a única coisa que grassa aqui é o analfabetismo.

nunca é tarde para pedir perdao
Então você pode esperar um pouquinho, porque vai demorar até eu pedir.

apelido para ofender rafael
Deixa ver… Lindo.

eu quero ver os meninos ou meninas pobres
Por quê? Que graça tem pobre? Pobre é feio, amargo, triste e recalcado. Pobre é um negócio tão ruim que o meu maior sonho é largar essa miséria e ficar podre de rico.

respostas engraçadas para quem sou eu
“Ninguém.”
“Um sujeito que me deve 10 mil, não lembra?”
“Um ser confuso.”

kid bengala tamanho do seu pau
Olha, eu não faço idéia. Mas deve ser menor que o de Mister Cajado.

como ecitar um homen
Não posso falar pelos outros, mas no meu caso, minha filha, falar corretamente ajuda bastante.

que tipo de textos para crinçãs de 3anos
Neste blog? Neste blog??

videos de putas peitos cheio de leite
Eu não sei o que comentar. Juro. Coloco os dedos no teclado, dou dois, três toques, apago tudo. Eu ainda estou olhando para a frase, tentando imaginar a cena, e pensando nos caminhos tortuosos que o complexo de Édipo pode seguir nos meandros da mente humana.

como me tornei viadinho aos dez anos de idade
Meu filho, eu não sei. Eu não estava lá. Mas se você quiser contar sua história, pode contar com esta tribuna.

documentario exibido 14 de agosto de 1991 nos estados unidos sobre elvis presley estar vivo e escondido.
Não vi. Mas vi um exibido em 12 de setembro de 1997 no México sobre John Lennon estar vivo e ser amante de David Chapman.

é tornado publico que de manhã cedo em diante ninguem mias pode defecar no riacho cujas aguas ..
Que horror. Se você não pode mais cagar no riacho, vai cagar onde?

gravidez aborto espontaneo espiritismo
A explicação kardecista sobre aborto espontâneo não é das mais agradáveis. De acordo com as palavras de Allan Kardec no livro “Almas Que Vêm, Almas Que Voltam”, nesses casos a alma do bebê, ao ver quem serão seus pais, diz: “O quê? Eu, filho desses dois escrotos? Nem por um caralho! Me leva de volta!”

onde encontrar homens em goiania
De graça é difícil. Homem, lá, é tudo michê. Procure no aeroporto ou em hotéis. Macho em Goiânia é sempre forasteiro. Ou então é o Roger.

se eu soubesse naquele dia o que eu sei agora eu não seria essa mulher que chora eu não teria perdido você
Ah, é, cachorra? Pois bem feito. Chora, que eu não ligo. Eu acho é pouco. E eu gostei tanto, tanto, quando me contaram que lhe encontraram chorando e bebendo na mesa de um bar.

rapunzel eu não consigo mais enxergar
Tire o cabelo da frente, ô burra.

resumo pronto do livro os tres mosqueteiros do autor alexandre dunas
Alexandre Dunas era um rato de praia que freqüentava o Posto 9. Os três mosqueteiros eram uns sujeitos — Cleidson, Ronaldson e Valdson — que desciam do Cantagalo pra fazer arrastão ali. Dunas transformou a saga dos três adolescentes em um livro que, pelo menos, era melhor que os de Sidney Sheldon, e foi filmado por Fernando Meirelles com assessoria de MV Bill.

loira peluda
Vera Fischer.

quero um site onde eu possa ver filme porno de graça
Poxa, companheiro, o Google te trouxe justamente pra cá, hein? O chato é que a única sacanagem que fazemos aqui é com você.

fotos de homens com pau cheio de pentelho
Vou fingir que não estou chocado com a sua pergunta e tentar responder da única maneira que consigo: você deve ter uma dificuldade danada para usar, né? Provavelmente tem que depilar. Com cera quente. Ui.

simpatia para fazer os seios crescerem
Arranje um namorado. E assim como adolescentes maltratados pela natureza utilizam bombinhas de sucção, mande o seu namorado fazer o mesmo. Pode até não adiantar. Mas vai ser bom. Vai ser muito bom.

globalização e capital financeiro pobres ficam mais pobres e ricos ficam mais ricos texto galvão
Deve ser outro Galvão, né? Eu soube que na minha família tem umas ovelhas negras que se preocupam com essas bobagens.

quero morrer de rir
Não posso te ajudar. Mas se quiser um tiro na testa, é só falar comigo.

o que fazer quando se esta fazendo sexo gostoso
Você, seu idiota, quer fazer outra coisa? Ah, sai daí. Você não merece isso. Desocupa a moita. Babaca. Babaca.

falta ética dos pm para desculpar predios em sp
Isso aí. Se os PMs tivessem decência não viravam a cara quando os prédios, humildemente, tentasse pedir desculpas por sei lá o que possam ter feito. Essa raça não presta.

boas senhoras maduras e nuas…
Vamos analisar sua frase pedaço por pedaço. “Senhoras”, referindo-se, indiscutivelmente, ao sexo feminino. “Maduras”, para indicar uma idade em que os peitos já caíram mas ainda não chegaram ao umbigo. “Nuas”, para que possam lhe servir como estimulante visual para o indefectível sexo solitário. Até aí, tudo bem. É no “boas” que eu me confundo. Você quis dizer boa no sentido de mulher honesta, boa no sentido de mulher atraente ou boa no sentido de bondosa o suficiente para dar para você e lhe tirar dessa miséria?

semelhanças e curiosidades que existe dos baianos para os cariocas
O carioca é um baiano cansado. E baianos não têm curiosidade a respeito de nada, porque só conseguimos pensar em nossos umbigos.

oque fazer com cabelos brancos?
Agradecer enquanto tem algum. Pior seria se você fosse careca, ingrato.

meu ginecologista mandou eu me masturbar
Seu ginecologista é estranho. Muito estranho.

mais vale um rio de lagrimas por ter perdido vc do que a covardia de nao ter tentado te conquistar
A garota chega em casa, atravessou a sala quase correndo, cabeça baixa sem falar com nigugém, e se deita na cama, não tira sequer os sapatos. Se deita, não; se joga, se deixa cair, sabendo que agora poderá chorar em paz.

Na cabeça, as últimas palavras que ele disse, enquanto os olhos dela, já sem saber para onde olhar, paravam nos poucos fios de barba que começam a despontar no seu rosto com algumas espinhas.

A primeira vontade é deletar as fotos que tiraram juntos, devolver os dois bichinhos de pelúcia que ele lhe deu, riscar os tantos corações desenhados com capricho apaixonado no caderno, apagar as juras de amor feitas no MSN nos poucos momentos em que não estavam juntos, quando tudo parecia belo e para sempre.

Mas nela ainda há um pouco de Scarlett O’Hara, a crença ainda inconsciente de que amanhã é um outro dia, e enquanto a dor e o orgulho se debatem sem vencedor aparente ela toma a decisão de esperar, porque pode haver uma volta, e por mais remota que seja essa esperança lhe dá alguma perspectiva. Daqui a pouco, quando as lágrimas lhe derem uma trégua, ela vai ligar para a Babi e colocar os pensamentos em ordem. É melhor esperar, não fazer nada agora, porque agora sua cabeça roda e ela não sabe nada, não sabe sequer que o que pensa ser tranqüilidade é, na verdade, uma vontade enorme de vê-lo voltar com desculpas e juras que dessa vez, sim, serão eternas.

A vida tem dessas coisas. Ainda é cedo para ela; outros amores virão, outras decepções também, e talvez a cena se repita ainda várias vezes, se ela tiver a sorte não deixar seu coração endurecer demais e não deixar de ver cada episódio desses como único, como o fim do mundo. Mas ela ainda não sabe de nada disso, e chora o seu pequeno rio enquanto procura no Google por alguém que tenha sentido a mesma dor que ela, por algo que dê sentido a tudo, por alguém que a faça sentir que não está irremediavelmente sozinha no mundo.