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Agora, além da Júlia, tem também a Mônica, a rainha dos postos de gasolina das Alterosas. Pau a pau com a Sula Miranda.
A Júlia aproveitou para comprar uma briga: conseguiu comparar os Beatles aos Menudos da vida. Blasfêmia. Heresia. Não se fala uma sandice dessas para Rafael Galvão. Eu começo a espumar e a me debater no chão.
Há uma diferença fundamental, Júlia: os NKOTB são (ou eram? Já acabaram?) uma banda pop de encomenda, formada por um empresário, por meninos sem outro talento que não dançar e cantar mal. São fabricados para isso, e jamais demonstraram capacidade para mais que um ou dois hits movidos a jabá. Não há democracia, há um empresário. Não há talento, há marketing. Não há inovação, e portanto duraram uma ou duas temporadas. Não consta que soubessem tocar instrumentos, muito menos revolucioná-los. Os Beatles estão aí há 40 anos — algumas dessas boy bands dura mais que um? E no dia em que um deles conseguir compor uma música como Something ou Across the Universe, Rafinha se despede deste mundo, porque então não haverá mais nada para ver.
Eu volto a falar no assunto se a Júlia me mostrar a influência dos N’Sync na música popular mundial.
Você já assistiu “I Wanna Hold Your Hand (Febre de Juventude)”? Zemeckis com produção de Spielberg. É a visão de quem tava lá na hora, e aí vc vai ver que era a mesma coisa do Menudo. Quanto a duração do sucesso, eu espero que nossos netos não estejam cultuando a Eguinha Pocotó, daqui a 40 anos dizendo: “Isso é que é música!”. Melhor cultuar “Não se Reprima” do Menudo. hehehehe Quanto aos NKOTB, temos Donnie e Mark Whalberg que se deram bem no cinema. O resto evaporou. Os Beatles são bons e tem qualidade, mas eu nem tenho medo de dizer que não gosto dos Beatles. Meu pai, músico conceituado lá em PE também não gosta! hehehehe