Acho que isso faz de mim um ignorante, mas discussões sobre Deus me interessam muito pouco. Já a idéia de fé, um problema humano, é outro departamento, e esse até que é instigante.
Há muito tempo cheguei à conclusão de que a existência ou não de Deus independe de eu acreditar ou não n’Ele. Há quatro opções possíveis, e a nenhuma das quatro há uma resposta definitiva e comprovável.
Além disso, independente de existir ou não, Deus não deixa de ser uma invenção do homem. Para a maior parte das pessoas, a perspectiva de um fim absoluto é insuportável; há que existir uma razão para a vida, ou no mínimo uma explicação. Como dizia Lennon, “Deus é um conceito pelo qual medimos nossa dor”.
Tudo isso é um prato cheio para quem gosta de discussões metafísicas. Mas ainda adolescente cheguei a uma conclusão simples — talvez covarde — e fiz um acordo com Deus. Se Ele existir, quando morrer eu descubro. Se Ele não existir, quando eu morrer já não vai mais importar.
Enquanto isso eu vou rezando.
Você está certo, certo, certíssimo. Mas eu não consigo, Rafa! Não consigo parar de pensar nessa parafernália que é o mundo. Pensamentos de aborrescente, eu sei. Mas não me largam! Enquanto isso, fico implicando com quem tem fé em alguma coisa. Deve ser inveja. Se bem que tenho mais inveja é de você, que sabe ser sabiamente pragmático com relação a Deus. Isso até elimina um pouco a angústia da morte, né? Se houver vida após a morte, beleza. Estaremos lá. Se não houver, vamos estar adormecidos mesmo… Então, não importa. Mas vai tentar fazer meu neurônio neurótico entender isso… (tô falando sério. é barra) Um beijão da Sula, outro da Mônica, outro da Sula Cover… afinal, de todas nós.
O danado é se dar conta disso no inferno. ehheheh Sei lá!
“Enquanto vivemos, a morte não existe; quando a morte passa a existir, nós já não existimos”. – Epicuristas e suas perpspectivas antifinalistas. Apesar de que, eles, ao invés de rezarem, comeriam e beberiam em seu lugar.
Quem não tem fé…não sabe o que está perdendo!