Diálogo no inverno do ano da graça de Collor versus Lula:
Ela: Você gosta de ler?
Ele: Ahn… Não.
Ela: Que pena.
Ele: …
Ela: Eu leio muito. Pessoas que não lêm são menos inteligentes.
Ele: Acho que somos. E o que você lê?
Ela: Sidney Sheldon, Harold Robbins. “Se Houver Amanhã” é o meu livro preferido.
Ele: …
E nessas horas, o que se pode fazer além de recorrer a Baudelaire?
“Pour toi, bizarre amant, quel est donc mon mérite?”
— Sois charmant et tais-toi! Mon coeur, que tout irrite,
Excepté la candeur de l’antique animal (…).
E D.P.C.? Você traçou alguma leitora de nosso ilustre imortal? 😉
De onde voce tirou essa idéia? Eu sou celibatário.
A idéia está clara… mas francês, sinceramente, não é nem um pouco meu forte.
Lá vai a tradução, Plataformista:
“Para você, bizarro amante, qual a minha maior qualidade?”
— Sê bela e cala-te! Meu coração, que tudo irrita
Exceto a antiga candura animal”.
O soneto é bem mais que isso, claro.
Celibatário? Será que eu “ouvi” bem? C E L I B A T Á R I O? Me engana que eu gosto… 😉
Calar-se no momento certo é a suprema sabedoria, esperar que a tempestade passe para desfrutar de um límpido dia de sol é a recompensa.
Moicana, você está certa. Calar-se é preciso às vezes. Pena que não consigo. Aliás, sou bem calada. Mas quando cismo de falar com os dedos… dou bom dia a cavalo o tempo todo. E sabe o pior disso tudo? Adoro dar bom dia a cavalo, égua, ameba, passarinho, árvore… até com pedras quando vejo estou falando. E ainda por cima gozo com o pau alheio. Entro em blogs e disparo a falar… Não consigo resistir.
Ah, falácias nos rodeiam o tempo todo. :c) Pombas, isso que é cavalheirismo…. depois do comentário da “inteligência”, só chorando!
Putz! Quando a gente é casado não dá pra comentar algo assim, sinceramente!