Um certo Capitão Rodrigo

Aos 10 anos, comecei a criar meus personagens de quadrinhos.

O primeiro de todos foi Kit, o Recruta. Era uma cópia escancarada (mas menos preguiçosa) do Recruta Zero com um visual de Popeye. Fiz revistinhas com ele, que vendia em casa.

Depois disso vieram meus super-heróis. O primeiro foi o Escaravelho Azul, cuja história era abertamente inspirada no Batman: um milionário que combate o crime. A diferença é que ele era dono de uma empresa de engenharia genética (aos 10 anos pensei em ser engenheiro genético, depois de ler uma matéria de capa da Veja).

Seguiram-se outros, a maioria dos quais esqueci completamente. A lista é enorme, mas lembro de uns dois ou três apenas; havia um cowboy — talvez seu nome fosse Texas Kid; talvez — e um ser com poderes “cósmicos” chamado Meteor, mas é tudo o que lembro. Eram todos derivados, abertamente “inspirados” em heróis existentes.

De todos eles, o que poderia ter sido mais interessante foi justamente o último, criado aos 12 anos: o Capitão Rodrigo. Era o comandante de uma nave espacial em um futuro distante. Qualquer semelhança com Star Trek não é mera coincidência, claro. Nem é ofensa se alguém lembrar do nome de Érico Veríssimo. Era uma boa idéia, e de certa forma o mais original de todos. Uma espécie de “O Tempo e o Vento no Espaço”.

Mas a fase de desenhar super-heróis estava passando, e o Capitão Rodrigo nunca teve uma história completa como as dos outros. Eu os deixaria de lado e desistiria de ser um Stan Lee tupiniquim, assim como quase esqueceria que um dia pensei em vir a ser engenheiro genético.

8 thoughts on “Um certo Capitão Rodrigo

  1. Olá Rafael, estava lendo alguns posts antigos em que você comenta sobre alguns comentários meus e: Jason Becker não é musica moderna, o cara nem toca mais devido a problemas nos nervos(acho que de tanto tocar), talvez você não o conheça porque ele nunca vez parte da linha “star”, e por coincidência, o guitarrista base do Clapton tocou com uma camiseta estampada o rosto do J.Becker. Um grande abraço, até logo.

  2. Eu tinha uma amiga que era uma personagem… ela fazia revistas em quadrinhos sobre mesma! heheheeh

  3. criei um anti-herói uma vez. era inspirado no dr. phibes. poutz! acho que agora ameacei tua cultura pop, hein rafa?

  4. Putz, na época eu nem sabia que o Dr. Phibes existia… Agora eu tô curioso: como era esse personagem?

  5. o dr. phibes era um médico e sua mulher morreu e ele vai se vingar dos médicos que não salvaram a vida dela… o papel é do vincent price e ele fala por um buraco no pescoço, traqueostomia, manja? ele passa o filme inteiro com a boca fechada, só mexendo a garganta. coisa de gênio! e o peter cushing é o cara que persegue ele… no segundo filme da série (na verdade teve só dois!) ele mata os médicos usando as pragas do egito. HARD CORES, MAN!

  6. Talvez sua carreira como desenhista de quadrinhos não tenho tido o sucesso realmente esperado.
    Mas dúvido que algum dia, já tenha pensado em escrever relatos sobre isso…
    As coisas são tão imprevisíveis.

    Ps. Aonde estava o Lanterna Verde?
    Era o meu favorito!

    Ps2. Adorei o envolvimento com a empresa de engenharia genética! Hahaha, muito criativo mesmo!

    Beijos, querido.

  7. Ola Rafael eu estava na net procurando o livro Um Certo Capitão Chamado Rodrigo e vi um treco do livro no seu site, gostaria de saber se vc tem ou sabe se acho ele pra baixar de algum site, estou precisando ler pra fazer uma prova de vestibular sabe me informar?
    Meu e-mail esta ai alissonblanka@terra.com.br

    Obrigado

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