Lendo um post do Fabio no Stereo Screaming, vi uma expressão perfeita: “redator de arte”.
Se entendi bem, quer dizer o seguinte: um diretor de arte que, por força das circunstâncias, acaba fazendo as vezes de redator. O contrário também se aplica aos pobres redatores, seres infelizes que à noite sonham com clientes monstruosos e suas canetas castradoras, que na falta de coisa melhor aprendem a se virar com o Illustrator, o Corel Draw! e o Photoshop.
É comum em agências pequenas. É a pior coisa que pode acontecer. É a melhor, também.
É a pior porque distrai, porque o sujeito acaba se dedicando 50% a cada área — isso quando não dedica mais tempo àquela que não é a sua, como tentativa de compensar suas deficiências. O resultado raramente é o melhor possível. Fica sempre a impressão de que poderia ter sido melhor, de que nem o texto nem o layout ficaram satisfatórios. Além disso, acaba faltando aquela interação entre a dupla de criação (ah, não dá para resistir: dupla de criação, segundo o Dorinho, é composto de um homem que pensa e um diretor de arte…). Quando é uma dupla bem azeitada, o resultado é sempre maior que a combinação dos dois.
Ao mesmo tempo, é a melhor porque força o sujeito a ser um criador melhor, mais completo.
Resumindo, é bom ser um redator de arte. Mas só durante um tempinho.
eu não devia comentar porque to em parte ofendida.. rs mas não resisto. eu ja fui redator de arte na época em que só sonhava em ser redatora e nem imaginava ser diretora de arte. nos bons tempos que eu amava publicidade… tenho tudo documentado pra recordar… uma campanha de batons para o meu projeto de formatura. uma comédia!!!
é exatamente isso!