Pesquisadores holandeses afirmam que a razão pela qual os erros dos outros nos incomodam tanto é porque afetam as mesmas áreas cerebrais que usamos quando cometemos os nossos próprios erros.
Mas os erros dos outros não me incomodam, a não ser quando me afetam. Se bem que os meus também não.
É, acho que os holandeses têm razão.
Uma alemã foi levada a julgamento por seu vizinho sob a acusação de que riu muito alto durante um jantar de quatro horas com alguns amigos.
É o tipo de coisa que só acontece na Alemanha, país meio esquisitinho em que todo mundo se leva a sério demais. Ainda mais quando se fica sabedo que o litigante é um cinquentão desempregado e provavelmente com um péssimo humor. Mas mesmo lá um juiz é obrigado a arquivar o caso alegando que não se pode banir o riso.
E, provavelmente, a mulher processada saiu rindo — mais alto — da cara do vizinho maluco.
O que faz de um inglês um inglês?, perguntou uma pesquisa.
A resposta: peixe com fritas, chá e a Rainha, de acordo com os bretões.
Eles só esqueceram de citar um grau mais ou menos inofensivo de maluquice e a disposição para fazer pesquisas imbecis.
A imprensa norte-coreana está dizendo que muitos cidadão morreram de uma “morte heróica” quando, durante a explosão do trem na semana passada, voltaram aos seus apartamentos em chamas para salvar retratos do presidente, Kim Jong-il, e do seu pai.
Depois de rir da capacidade dos jornais de mentirem tão descaradamente, uma coisa fica no ar. É impressão minha ou a imprensa coreana está ficando cada vez mais parecida com a americana?
eu pensei a mesma coisa….será que é alguma evidência?
Rafael, quanto aos holandeses: concordo com eles, se em vez de “erros”, puder dizer “falhas”. As falhas que odeio em mim, odeio três vezes mais quando vejo noutra pessoa. É mais fácil, afinal.