Tão bela a frase de Maiakóvski: “Melhor morrer de vodca que morrer de tédio”.
Mais bela porque ele não escolheu nem uma morte, nem outra: enfiou uma bala na cabeça, porque era poeta mas era revolucionário.
Mais, mais bela ainda porque ele é o único sujeito que conseguiu me fazer escrever um poema em uma agenda antiga.
Ó delicados!
vós que pousais o amor sobre ternos violinos
ou, grosseiros que o pousais sobre metais!
Vós outros não podeis fazer como eu,
virar-vos pelo avesso
e ser todo lábios
Se foi o Maiakovski quem te inspirou, brindemos com um copo de vodka. Mas ele tinha razão na escolha de fugir à mediocridade. Tin, tin!
Ciao.