Pensando aqui nos momentos mais comoventes da história do cinema, me vieram à lembrança quatro cenas, imediatamente.
1 – O menino Ricci vendo o pai sendo quase preso após tentar roubar uma bicicleta, em “Ladrões de Bicicleta”.
2 – Zampano abandonando Gelsomina em “A Estrada da Vida”.
3 – Von Aschenbach morrendo só e triste na areia da praia.
4 – Totó descobrindo a herança que Alfredo lhe deixou, em “Cinema Paradiso”.
Não pode ser à toa que os quatro filmes são italianos.
(E, curiosamente, a cena em que Rosaria se joga aos pés do filho morto em “Rocco e Seus Irmãos” não consegue me dizer nada.)
De fato, todos esses filmes serem italianos não é acaso. A Anna Magnani é típica, super dramática, resvalando muitas vezes para o histrionismo. Mas assim é o italiano, exceto talvez os de Torino, que são meio afrancesados. Meu pai é filho de italianos. Uma reunião da família dele parecia uma cena de “Parente é serpente”.
Alguma de Noites de Cabíria? Adoro esse filme e a Giulietta Masina, mas faz tanto tempo que não me lembro muito das cenas, só da enorme emoção de vê-la em todas.
Se eu disser que não vi o filme fica muito feio? 🙂
Mesmo?! Se puder, veja. Eu gosto muito. Um pouco melodramático, mas é Itália, né? Mesmo sendo Fellini…