Cada vez mais tenho certeza absoluta de que o que define um bom redator publicitário não é uma grande campanha, mas a habilidade de se sair bem de maneira regular e em coisas pequenas.
Ou seja, qualquer idiota pode fazer um grande anúncio. É só ter um insight, um estalo; e isso pode acontecer a qualquer um. Mas quando se trata de fazer aqueles anunciozinhos sem muito diferencial, de maneira constante, ah, aí é que se vê quem entende do babado e quem vê uma folha de papel em branco (ei, isso é do meu tempo; agora é “tela do computador em branco”) como um inimigo, e não como uma mulher que você tem que levar para a cama.
Lendo os jornais de Fortaleza, me bati com um anúncio cujo autor acho saber quem é.
Essa pessoa já criou um grande anúncio, brilhante, pertinente. Mas o que vejo agora não é só medíocre: é um total desrespeito ao briefing, ao bom texto, ao que se chama criatividade publicitária, que é pouco mais que criatividade aplicada aos interesses do cliente; somos todos uns “con men“, no melhor sentido possível. Essa pessoa simplesmente não sabe o que é criar e escrever um anúncio publicitário.
Não conheço nenhuma prova melhor de que os autistes savants realmente existem.
Se eu soubesse o que é Autistes Savants eu até comentaria melhor… hehehehe
somos dois