Está havendo uma confusão aqui entre princípios e práticas.
O Plataformista questiona os princípios americanos em função de sua prática imperialista. O problema é que princípios e práticas nem sempre são semelhantes. Do contrário iríamos questionar os princípios da Revolução Francesa, que degenerou nas maluquices do Diretório e Robespierre, assim como os ideais marxistas, por terem resultado nos expurgos daquele georgiano cotó, o bom e velho Iossif.
O fato do ideal constitucional americano não ser traduzido na sua política externa não quer dizer que ele seja ruim. De qualquer forma, no período de construção e solidificação do país, que vai a independência até a reconstrução posterior à Guerra de Secessão, foram princípios válidos e que determinaram a forma que tomaria o país. É isso que importa.
Mas o Plataformista me deixou com uma dúvida: sobre o quê falava Marx naquela referência aos Estados Unidos. Isso me obrigou a fazer uma coisa que tenho evitado fazer, e fui dar uma olhada em “Rumo à Estação Finlândia”, onde achava que tinha visto essa referência.
Tá lá:
Marx, em seus últimos anos de vida, começou a admitir que, em países democráticos como Inglaterra, Estados Unidos e Holanda, talvez a revolução socialista pudesse se dar através de métodos parlamentares pacíficos.
É a respeito da liberdade, mesmo, já que o diferencial aqui é a democracia e não o desenvolvimento econômico trazido pelo capitalismo.
Mas agora chega. O fato de eu ter ido procurar algo num livro em que não toco há mais de 10 anos é um mau sinal. Esses pensamentos aqui são mal passados. Ou, melhor dizendo: são um amontoado de besteiras inconseqüentes. Não valem uma discussão sobre teoria política.
Ah, bom! Já tava sem poder comentar mais nada!