Dia desses uma amiga comunista de longa data me disse que eu tinha me tornado PSDBista, seja lá o que isso for.
Embora eu ache que seja fácil ser comunista numa beira de piscina num final de tarde, em volta do meu uísque e da cerveja dela, fiquei pensando na acusação, injusta por eu ser antigo militante do PDF, Partido do Dinheiro Fácil.
Primeiro achei que era só um exemplo da síndrome que vem acometendo a esquerda, que entrou numa espécie de adesão irrestrita ao governo — ou então se perde nas oposições ensolaradas de Heloísa Helena ou noturnas da velha direita.
Mas agora, lendo a entrevista do Cristóvam Buarque à Época, percebi isso não importa, porque tem mais gente no meu PSDB. Isso é um bom sinal.