Post para o Idelber

Caro Idelber,

Uma das coisas que me interessam, ultimamente, é a evolução da religiosidade dos afro-americanos. Na verdade, não sei nada sobre isso. A impressão que eu tenho é que, ao contrário do Brasil, aí em riba os negros foram quase totalmente aculturados, se tornando evangélicos ou muçulmanos (o que não teve chance de acontecer aqui por causa da revolta dos malês em 1835).

Mas isso pode se dever a tantos fatores diferentes que não dá nem para começar: origem dos escravos americanos, fatores sociais na América (exemplo: ao contrário do Brasil, parece que aí os senhores incentivavam a formação de famílias, porque a importação era mais cara), essas coisas.

A Louisiana, além daquela coisa cajun que, daqui de baixo, me interessa pouco ou nada, é também sempre mostrada como o lugar onde o vodu se estabeleceu mais fortemente nos EUA. “Coração Satânico”, essas coisas.

Isso tem conseqüências diretas na forma de combate ao racismo; por exemplo, tlavez se possa afirmar, a partir da análise de características diversas — uma das quais as manifestações religiosas aí em cima –, que a ação afirmativa americana talvez não tenha espaço no Brasil.

Se desse para você fazer uns postzinhos sobre isso eu ficaria muito feliz, sabe? Ou mesmo em comentários. Ou e-mail. Você escolhe, se puder.

Agradecido,

Rafael

4 thoughts on “Post para o Idelber

  1. Aproveitando a deixa: Idelber, você conhece um bar de BH chamado Chef Túlio? Ele morou nos Estados Unidos e fazia uns pratos que, dizia, eram de culinária cajun. Eu adorava, mas, com o tempo, a qualidade foi piorando. Acho que eu e o Guto não vamos a esse bar há mais de um ano.

  2. Caro Rafael: mando-lhe um abraco sem acentos do pior lugar do mundo, o aeroporto de Miami. Obrigado pelo email! A questao que voce coloca no post me interessa muitissimo – prometo-lhe um post e mais um comentario para hoje ou mais tardar amanha. A composicao e historia raciais da Louisiana sao muito singulares, e de certa forma mais parecidas com o Brasil que com o resto dos EUA. ‘E uma conversa que da muito pano pra manga. Convite aceito, e chegando em New Orleans eu mando noticias. Sim, Monica, claro que conheco o Chef Tulio – a jambalaya (o mexidao de New Orleans) que ele faz la e’ legitima. Abracao, ja ja escrevo mais.

  3. Legal, Idelber. Eu gostava muito da comida de lá, mas faz tempo que não freqüento o lugar. A qualidade deu uma piorada e nunca mais voltei. De qualquer forma, posso dizer, então, que gosto da culinária cajun. 😉

  4. Oi, Rafael: Só para avisar a você e seus leitores que está lá no Biscoito um primeiro par de posts sobre New Orleans. Não sei se vai na direção do que você quer refletir, mas foi o que me ocorreu para começar. Abs,

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