Conversando com uma professora, ela falou que sua irmã adora Mykonos.
Mykonos é uma vila de pescadores que descobriram que a vida é mais fácil quando se lida com turistas. É só isso. Me lembra Bom Jesus dos Pobres, no Recôncavo Baiano. É, em tudo e por tudo, inferior a Paraty, para citar só um exemplo. O Porto da Barra, nos anos 70, era melhor que aquela ilhota.
E no entanto as pessoas falam da ilha como se fosse algo do outro mundo. Ela não é. Mykonos não tem nada. Mykonos só vale a pena porque geralmente você tem que passar por lá para chegar a Rodes. Mykonos é o pedágio.
Mykonos consegue ser pior que Atenas, porque esta, em meio à poluição, aos fragmentos de ruínas escondidos em uma cidade feia e desorganizada, em meio àquela uniformidade mediocremente branca da arquitetura mediterrânea — uma infinidade de edifícios de cinco andares com varandas que vão de um lado a outro –, em meio àquela cidade que se espalha por uma terra ingrata como porra em roupa verde amarronzada e amarrotada (pior se vista do alto em um dos aviões da Olympia, a Vasp européia, onde a aeromoça vende cigarros duty free como qualquer muambeiro paraguaio), onde eu estava? Ah, Mykonos consegue ser pior que Atenas, porque Atenas pelo menos tem a Acrópole.
Taí! Nunca fui a Mykonos.
Ciao
bom… ainda assim deve ser melhor que RAFARD.
;>)
abraço, nêgo…
(passando rapidamente, obrigado pelo post, grande uta procê! e explica pra mônica o que é uta, por favor. ela não tem filho…)
Bia, ele não sabe o que é uta não. Deixa de ser preguiçoso e explica pra gente. 😉
Vou ler seu post no Balada do Louco. Um uta pra você, seja lá o que for. 🙂