A palavra de ordem agora é nepotismo. Muito mais que as chantagens severinas, que incompetência aqui e ali, o nepotismo é o que tem chamado a atenção do mundo. E como sempre acontece quando algo assim vira moda, as denúncias pipocam por todos os lados.
Agora foi a vez da Marina Silva, cujo marido é assessor de seu suplente no senado.
É preciso delinear uma linha ética nessas definições. Nepotismo só é nepotismo quando você emprega parentes independente de sua capacidade técnica. Principalmente em cargos em comissão no governo, que não são por acaso chamados de “cargos de confiança”, esse critério deveria ser sempre lembrado.
Se meu filho é um advogado competente, me desculpem, mas se eu fosse deputado daria preferência a ele como assessor.
A Marina Silva é um dos repositórios éticos do governo Lula. Ataques indiscriminados a ela não servem para nada, apenas para desgastar — e de forma injusta — um governo que já tem problemas demais. Em vez de dar ressonância excessiva ao que pode ser uma bobagem, a imprensa faria melhor cobrando o que o governo Lula deveria fazer de realmente importante.
Em nenhum lugar vi qualquer consideração ou informação sobre o marido da Marina Silva. Não sei o que ele faz. Não sei quais os seus talentos. O único critério que eu tenho para julgar sua competência, me informaram os jornais, é o fato de ele ser marido de uma ministra.
Provavelmente, de todas as suas qualificações, essa é a menor delas.
(O Guto publicou um texto do Roberto da Matta sobre o mesmo assunto.)
E a competência certamente não deve ter sido o único critério de escolha para o preenchimento dos mais de 120.000 novos cargos no governo d’El Ogro.
Perfeito, Rafael. Assino embaixo, em cima e nos lados.
PS: vi seu e-mail, mas só vou ler agora. Fiquei sem computador e internet esse tempo todo…
Também assino embaixo, mas espero do Rafa posição idêntica no que se refere ao grotesco ataque do JB ao senador do PSOL, já aproveitado por gente “de esquerda” para tentar desmoralizar o novo partido.
Faz sentido…mas ando desanimado com o governo Lula.
Mas não adianta, Rafael; oposição fazendo papel real de oposição jamais perderia uma chance dessas.
Mas o difícil (para nós) é avaliar as competências dos parentes empregados.
Pecadinhos são perdoados, vamos nos prender aos pecados grandes? Não tem jeito Rafa, cometeu é pecado. Se meu filho fosse um advogado competente não ia esperar minha vaga de acessor. Marina da Silva é realmente respeitável. Osmose porém é uma realidade e está acontecendo.
A questão é essa mesmo, o marido da Marina foi contratado por sua competência e “expertise”, ou foi ela que pediu para o político amigo empregá-lo? Se o convite surgiu espontaneamente do outro político, não vejo nada demais.
O marido da Marina foi contratado porque ela não ganha o suficiente para sustentar a família, oras bolas! Humpf…
isso começou com DEUS.
com TANTA GENTE pra ele NOMEAR salvador escolheu logo o FILHO!
o exemplo foi PÉSSIMO, vai dizer?
Bia, bia, bia…. só vc mesmo! Bjs.
Pensando bem… Eu CONCORDO com o BIA!!!
Biajoni,
Se você estivesse no Concílio de Nicéia ia fazer o maior sucesso… 🙂
Rafa,
Escrevi dois posts sobre o assunto.
Assino embaixo de tudo que está escrito; inclusive postei eu mesmo algo não inteiramente dessemelhante. O Rafael tá certíssimo e, sob esse ponto de vista, chega a ser uma crueldade o que fizeram com o Luis Eduardo Soares e com a ex-mulher dele, Barbara Mussumeci (não sei se é assim que se escreve). Os dois são autoridades nas suas áreas de atuação; as denúncias contra ele de “nepotismo” por ter contratado a ex-mulher foram absolutamente ridículas. Coisas da política tupiniquim. A pena é que os jornais aceitaram de bandeja este “escândalo” e ignoraram o lado mais perverso do mesmo, isto é, a fritura instantânea a que o antropólogo (e sua ex-mulher) foram submetidos. Quem estaria interessado na sua saída? Por que? Bem, isso passou ao largo dos nosso jornais. Como sempre.
Bia para presidente, somente ele merece o nosso voto !
Como é engraçado ver a esquerda defendendo o nepotismo.