A Era do Rádio

Eu não ouço rádio. Para falar a verdade, não ouvia sequer quando trabalhava em uma.

Isso não impede que eu ache que não existe outra mídia mágica como ele. Com exceção dos livros, nenhuma faz com que você exercite a imaginação como o rádio. Ainda hoje é possível ouvir, por exemplo, dramatizações de casos policiais.

Depois de acossado pela TV o rádio decaiu asssutadoramente e foi forçado a se reinventar. E ao contrário do qeu diziam muitas das previsões pessimistas, ele conseguiu sobreviver.

Mas muito mais interessantes foram os tempos de ouro. Era simples: era o meio para o qual convergiam todos os talentos. O rádio basileiro, por exemplo, tinha de tudo; e foi a base do que mais tarde viria a ser a TV brasileira.

O Radio Lovers oferece para download uma série de antigos programas de rádio americanos. Faltam alguns dos mais populares, como o Lone Ranger e outros. Mas ainda assim, é um belo acervo. E serve para que se possa ter uma idéia da qualidade da programação da era em que o rádio era rei.

9 thoughts on “A Era do Rádio

  1. Adoro rádio. Uma rádio, em especial – http://www.educadora.ba.gov.br/, q ouço diariamente. Durmo de rádio ligado.

    ****

    Ao pequeno aparelho de rádio

    Você, pequena caixa que trouxe comigo
    Cuidando que suas válvulas não quebrassem
    Ao correr do barco ao trem, do trem ao abrigo
    Para ouvir o que meus inimigos falassem
    Junto a meu leito, para minha dor atroz
    No fim da noite, de manhã bem cedo,
    Lembrando as suas vitórias e o medo:
    Prometa jamais perder a voz!

    (BRECHT,Bertold.Poemas 1913-1956.São Paulo: Ed.34, 2000).

    Beijão, Rafa!

  2. Acho que o que estragou o rádio foram esses programas de animação ao vivo. Embora ás vezes sejam engraçados é nauseante ficar ouvindo berreiros ao invés de boa música.

  3. Eu acho rádio genial, também. Escutava FM na adolescência, dial fixo na Ipanema (no tempo que era uma rádio roqueira), gravando em cassete um programa de bootlegs que passava nas terças à meia-noite, ou mesmo enxerido apresentando o Clube do Ouvinte – em que, previsivelmente, um ouvinte apresentava programa de 1h hora de duração. Meu momento de glória foi um sobre Pearl Jam, em que faltou luz no meio da transmissão e os telefones não paravam de tocar, perguntando o que havia acontecido!

    Hoje, ainda escuto AM, principalmente a Gaúcha. A informação no rádio é mais completa. E em emissoras com boas equipes, como é o caso, dá de dez em qualquer telejornal da vida, sem a encheção de morcilha que muitas vezes vem com a versão impressa da notícia. E, claro, a cobertura esportiva é simplesmente incomparável. Pra isso, a tevê só me serve aos olhos.

  4. Adoro rádio! Mas de qualidade, com boa música/informação. No trânsito, por exemplo, evita muitas situações desgastantes. Bjs.

  5. Nós gaúchos somos privilegiados em termos de rádio. Temos uma boa rádio de informação, já citada pelo Tiago, e algumas roqueiras aceitáveis e – surpresa! – uma baita emissora universitária que nos manda música erudita da melhor qualidade(os caras têm um acervo estúpido).

    Porém, quando vou a qualquer outra cidade do país, incluindo SP, dá vontade de chorar.

    Abraço.

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