A permanência das coisas

Comício com Luiz Carlos Prestes em Aracaju, durante a campanha eleitoral de 1945.

Prestes faz o seu discurso, e aos poucos as pessoas vão indo embora. (Apesar disso, Iêdo Fiúza foi o candidato mais votado na cidade.)

Para tentar lembrar ao pessoal as vantagens óbvias do socialismo sobre o capitalismo, Prestes faz uma última tentativa:

“E tem mais, camaradas! No socialismo, quem não trabalha não come!”

E então o comício esvaziou de vez.

Só para lembrar que as coisas não parecem ter mudado muito de lá para cá, e as pessoas parecem continuar querendo comer sem trabalhar. Pelo menos quando o empregador é o Estado.

É preciso ser muito bobo para confundir a idéia de socialismo com a noção de que o Estado deve ser uma vaca de tetas infinitas. “De cada um segundo sua capacidade; a cada um segundo sua necessidade”, um velho adágio leninista, não parece reverberar profundamente na cabeça dessas pessoas.

3 thoughts on “A permanência das coisas

  1. O comunismo que plantou a idéia de todos pelo estado e o estdado por todos. Isso pra vagabundo interpretar como quer é muito fácil.

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