Em julho de 88, em Goiânia, uma catarinense contava, a mim e a um amigo, a sua versão da farra do boi, que na época tinha alcançado as manchetes de jornal graças à sua crueldade desorganizada.
(Era um congresso de estudantes, o momento político era de agitação, achavam que discutíamos o futuro do país ali e tudo em que eu e esse amigo pensávamos era em arranjar alguém com quem dormir naquela noite. Em Goiânia fazia frio.)
Ela mentia. Ainda lembro de sua voz, de seu sotaque e da sua expressão de ultraje, dizendo “Não, mas a minha farra do boi não tem nada disso!” Sua amiga, calada, apenas concordava com a cabeça.
Tudo bem. A gente mentia, também. Descaradamente. Bons velhos tempos, em que a verdade podia ser tão sutil e tão pouco importante, porque a gente ainda sabia o que realmente valia a pena.
mentir por uma boa causa é grande. ou por qualquer uma.
Vou anotar isso na agenda
Puxa vida… E será que tem como continuar sabendo o que vale a pena? Acho que não queria envelhecer e muito menos crescer… Será que posso querer ser uma adolescente de 32 anos? Aliás, será que a gente passa a ser outra pessoa quando muda de etapa de vida? E saudosismo é saudade da outra pessoa que deixamos de ser? Ai… que confusão. Este post curtinho e bonito bagunçou minha cabeça… 😉
Ah, peste… Vejo que andou mexendo por aqui. E colocou mais links… Ficou legal, viu? Gostado e aprovado por Mônica.
E é?
Dani, que pessoa sucinta… “E é” o que?
Como bom “catarinense” que sou…tbém sou totalmente contra a “farra do boi”. Concordo com vc,qdo fala que “mentimos” e ouvimos mentiras sem se importar com isso,pois estamos pensando em “algo mais”… A Verdade é que mesmo dentro de uma verdade…muitas mentiras se escondem!