Cada vez mais fica difícil defender ou simplesmente justificar uma nação que tem como presidente um genocida como Sharon.
Sharon está no mesmo nível de Hitler, Milosevic e outros criminosos insanos. É um assassino, e está destruindo um povo. Cabe a qualquer judeu que tenha orgulho de sua história, além da sabedoria gerada por milênios de sofrimento — ou pelo menos um mínimo de compaixão — repudiar esse monstro.
Mas se o seu povo lhe dá razão e o reelege, isso diz tanto sobre o criminoso quanto sobre o povo. E aí, a todos aqueles que denunciavam o absurdo do anti-semitismo, fica cada vez mais difícil continuar. E mais cedo ou mais tarde eles vão simplesmente calar ou baixar a cabeça quando ouvirem alguém falar em um “judeu filho da puta”.
Posso ser preconceituosíssima e babaquíssima, mas com toda a convicção que tenho conseguido ter das minhas babaquices? Eu acho que não vai chegar o dia em que um judeu baixe a cabeça ao ouvir um “judeu filho da puta”. Tenho a impressão de que eles se acham as vítimas eternas. E os merecedores eternos de uma compensação do resto do mundo pelo que sofreram. Eles sofreram? Sim. Foram perseguidos? Sim. Isso é um absurdo cruel, assustador e angustiante? Sim. MAS ISSO FAZ DELES UM POVO MELHOR DO QUE OS OUTROS? NÃO. Aliás, fico pensando: eles sentiram na pele o que é ser vítima de perseguição, torturas e o que há de mais inominável. Seria de se esperar, caso fossem um povo mais admirável do que os outros, que não repetissem com outro grupo o que sofreram. Esses judeus… Foram vítimas, poderiam ter se tornado parceiros, mas cismaram de ser algozes.
Faltou dizer: Einstein foi um gênio com essa história (que ignoro, pois sou uma anta em Física) de teoria da relatividade. Vejam como tudo só se define a partir da relação com outros eventos, fatos, coisas: Como Sharon e Bush habitam o mundo do status quo, podem comandar qualquer carnificina que queiram e ainda serão chamados de “os do lado de quem tem razão”. Olhem agora para Hitler e sua patota. Fazem a mesma coisa, mas são chamados de “carniceiros”. Algo do tipo: seio de fora na novela nas 6 é o cúmulo! Um ataque aos bons costumes. Seio de fora de índia às 2 da tarde em documentário, por exemplo, pode. O seio de fora foi só para ilustrar, mas me fez pensar numa possibilidade que não quero que seja verdadeira: a nudez humana é tabu. A dos bichos não. Olhamos com naturalidade para o enorme pênis de um cavalo, por exemplo. Índio pelado, do mesmo jeito, não assusta. Será que estamos, com isso, dizendo que no fundo achamos que índios são bichos? Ai… se for verdade isso é tétrico.
Tudo muito cultural… Qto ao Bush e sua patota…a história se encarregará de colocá-los como “carniceiros” tbém!!