Resenhas

Antigamente a maior parte dos que chegavam aqui através do Google era composta de pervertidos pessoas que tinham interesse em aspectos alternativos de sexo.

Era algo educativo, porque uma rápida leitura dos referrers me mostrava que há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã indústria pornográfica. Ultimamente, no entanto, eles têm rareado.

Não sei quem mudou; se foi este blog ou se os tarados de todo o país formam um clube pequeno e seleto, que me colocou em sua lista negra sob a rubrica “Rebate Falso”.

Em vez disso, cada vez mais pessoas vêm para cá atrás de resenhas prontas sobre livros brasileiros. Rubem Fonseca é campeão, mas Jorge Amado, pelo visto, tem seus fãs entre os professores do Ensino Médio ou entre aqueles que elaboram as provas do vestibular.

Sinceramente, eu não sei o que faz alguém procurar uma resenha pronta de um livro — ainda mais desses dois autores, de leitura fácil e normalmente apaixonante. É difícil alguém passar por Rubem Fonseca e por Jorge Amado incólume, e é uma pena que esses garotos se recusem a experimentá-los. Um bocado de gente veio atrás de “A Morte e a Morte de Quincas Berro D’Água”, uma novela curta, brilhante, que não custa ser lida. Acho até que dá menos trabalho.

Estamos criando uma geração de idiotas ignorantes, que procuram o caminho que parece mais fácil para se livrar de um ato — ler — que lhes causa progressiva ojeriza. Para isso contam com a preguiça de professores, que poderiam evitar essas cópias dando uma olhada na Internet. Se eu fosse professor, sempre que recebesse uma resenha de um aluno iria ao Google e digitava uma frase dela. Se a resenha fosse copiada, esse aluno receberia 0: -5 pela preguiça em ler e -5 pela preguiça em alterar o texto.

De vez em quando ficava me perguntando se a resenha que fiz para a Maiza Correa Mendes não tinha sido uma crueldade, embora ache que ela sequer tenha lido. Agora acho que não. Eu devia era ter enviado por e-mail. Ela ia ter uma bela surpresa na escola. E talvez a lição servisse para alguma coisa.

9 thoughts on “Resenhas

  1. Rafael Galvão, chamo-me Gustavo Lyra, sou acadêmico de Direito. Estava procurando na internet, alguma resenha pronta para me servir de inspiração, já que estou recém ingresso no mundo dos “Intelectuais” (Brincadeira. Sou um mero ignorante), ainda não sei a estrutura de resenha crítica. E nessa procura fiquei felicíssimo de encontrar seu humilde Blog, porem com um conteúdo crítico tão grandioso e de uma clareza excepcional. Venho a escrever esse comentário simplesmente para lhe parabenizar, por esse artigo aqui publicado. Isso é uma prova concreta de que, na internet não existe só futilidade.

  2. Boa tarde,
    Gostaria muito que voce pudesse me ajudar com a resenha deste texto para a faculdade.
    Se puder me ajudar ficarei muito grata.
    Obrigada.

    Anexo- Tema:Tecnologia e o desemprego

    Após ouvir tanto o famoso bordão “a tecnologia está acabando com os empregos” resolvi defender a área que bem conheço. Não se trata de pura defesa de interesses, mas de elucidação de alguns fatos que passam despercebidos quando se faz este tipo de afirmação que já virou lugar-comum.

    A afirmação é feita com tanta propriedade que alguns fatos importantes são completamente esquecidos, ou são ignorados (por ignorância mesmo), ou ainda são simplesmente deixados de lado pelos críticos de plantão.

    É importante se estabelecer uma coisa, antes de qualquer coisa. O significado de tecnologia e de emprego. Você está se perguntando onde eu quero chegar? Explico.
    O emprego, tal qual conhecemos hoje em dia, só ganha este status após a sociedade se industrializar. Antes era trabalho. Qual a diferença? O emprego é quando você vende seu trabalho para alguém ou alguma empresa.

    A sociedade industrializada aconteceu graças à tecnologia. Acredito não haver nenhuma dúvida neste ponto, ou a Revolução Industrial pôde existir graças a algum outro fator que desconheço. Por isso acredito que seja até surreal a afirmação que tecnologia causa desemprego, uma vez que ela é quem criou o emprego nos moldes atuais. Logo, pode-se afirmar com convicção que sem tecnologia não há emprego. Ou seja, o inverso da afirmação é fácil provar.

    A esta altura já posso ouvir os brados de alguns críticos “Não é bem isso que queríamos dizer!!”. Então começa-se por uma alteração na famosa e surreal frase. De “tecnologia causa desemprego” para automação causa desemprego.

    Este campo é mais fértil ainda para longos debates sobre as causas dos atuais níveis das taxas de desemprego. Ainda mais porque a afirmação é colocada de tal forma que parece que a automação industrial é a única, ou a maior, vilã do trabalhador.

    Uma argumentação contra isso pode ser dada pelo professor da Unicamp Hélio Waldman: “A destruição se dá hoje pela substituição do Homem pelas máquinas em tarefas programáveis: em princípio, a programabilidade se aplica a mais da metade dos postos de trabalho de uma sociedade industrial típica. A criação de empregos, pelo desenvolvimento e implantação de novas tecnologias, e pela geração de novos negócios propiciados pelo aumento do ‘tempo livre’ resultante (por exemplo, turismo, entretenimento, educação continuada, etc)”. O material inteiro de onde o trecho foi retirado pode ser lido nesta página. No mais caberiam algumas perguntas, tais como: se a automação é vilã, porque nos países com os parques fabris mais modernos as taxas de desemprego não são tão altas? Ok, o robô tira emprego do montador de peça, mas quem monta o robô, quem fabrica as peças deles e quem programa ele? Problemas anteriores, como o sucateamento do parque fabril brasileiro e a falta de estabilidade econômica até poucos anos atrás não têm nenhuma influência no desemprego? A recessão mundial que enfrentamos, principalmente dos Estados Unidos (recessão deles é igual a crise em todo o globo terrestre) também não influencia?

    Em separado das outras, faço uma pergunta que acredito ser a principal dentre todas as outras supracitadas: o fato do nível da mão-de-obra brasileira ser de péssima qualidade não influenciaria nesta taxa de desemprego?

    Acredito ser esta a mais importante das perguntas porque a cada emprego perdido no “chão de fábrica” é criado outro especializado para produzir o robô que “roubará” este emprego.
    O problema maior aqui é que no “chão de fábrica” o “peão” não precisa ser muito especializado (em muitos casos não precisa ser nada especializado), porém para produzir peças de alta tecnologia é primordial. É exatamente neste ponto que o Brasil perde empregos. Ou alguém realmente acredita que as peças e os robôs são produzidos em outros países porque? A resposta é encontrada a cada procura por empregados no Brasil: falta de qualidade de mão-de-obra.

    O que eu desejaria que os críticos da tecnologia, da computação, da automação, enfim, do moderno, fizessem era voltar seu foco para onde está o problema. Cobrar das autoridades competentes a melhora na educação do brasileiro. A melhora na qualificação da mão-de-obra tupiniquim.

    Vou ilustrar melhor esta minha afirmação com um dado de fonte segura e que pode mostrar como existe fundamento. Segundo estudo do professor da Faculdade de Economia e Administração da USP José Pastore, nos países em desenvolvimento e no interregno de 1994 e 1996, dos trabalhadores demitidos 90% não possuía o ensino fundamental (antigo primeiro grau) completo.

    Coincidência, ou será que a culpa é da tecnologia?

    O que eu pretendo com este texto é conclamar a todos que vociferam contra a tecnologia a pensarem melhor no que falam, antes de fazerem afirmações levianas. Talvez possam ter ficado assustados e gritem “que queimem todos os computadores”. Mas não é este o caminho.
    Um país só se desenvolve com tecnologia de ponta e só teremos tecnologia de ponta quando passarmos a investir em tecnologia no Brasil. Entenda-se por investir desde uma política de software, leis claras quanto á informática e mão-de-obra qualificada.
    Não há como dar um passo atrás e fingir que não existe nada disso no mundo, que os computadores não existem, que não há nenhuma automação industrial e tentar sobreviver neste mundo globalizado sem nada disso. Não adianta tentar voltar ao tear porque ele já foi aposentado.

    “O que me impressiona, à vista de um macaco, não é que ele tenha sido nosso passado; é este pressentimento de que ele venha a ser nosso futuro.” (Mário Quintana)
    Ou nós nos adaptamos, ou as taxas de desemprego continuarão altas e os empregos continuarão longe daqui e as peças que usamos continuarão tendo uma etiqueta escrita Made In Taiwan ou Made In China.

    Sabe o que é interessante e chega a ser um exercício mental fascinante para mim? Saber que a maioria das pessoas que critica a tecnologia, o faz digitando suas críticas em modernos computadores (provavelmente mais modernos do que o meu) e enviam por e-mail suas críticas.

    “Ah! Que bom não ser mais obrigado a jogar fora o papel quando cometo qualquer erro de datilografia, nem precisar levar em mãos ou ir até o correio para enviar meu material…”
    A propósito, a máquina de datilografia também é uma inovação tecnológica!

    Um ‘viva’ à hipocrisia!

  3. Gostaria se fosse possivel em me ajudar fazer uma resenha falando da qualidade do secelo XII. Pois é um assunto muito amplo não sei como fazer ou por onde comecar.
    Obrigado!!!!!!!!!!!!!!!

  4. Gostaria de uma resenha sobre o livro o Judiciario ao alcance de todos se possivel.
    agradeveria

  5. Gostaria de uma resenha do livro Interação Humana e Gestão – a construção psicossocial das organizações de trabalho – de José Carlos Zanelli.
    Agradecida

  6. Gostaria de lhe pedir uma resenha sobre o O turismo como um fator de desemvolvimento local e regional.Obrigado!!!

  7. Gostaria de uma resenha sobre o livro o Judiciario ao alcance de todos se possivel.
    Obrigada

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