“A Vila” recebeu duas críticas maravilhosas, do Inagaki e do Biajoni.
Eles viram dois aspectos importantes no filme, que eu não vi. O Ina percebeu a metáfora sobre a Busholândia de hoje, um elemento que por si só dá uma dimensão muito maior ao filme; se eu disse que o filme não tinha profundidade, falei uma enorme bobagem.
O Bia apontou a sua subversão dos contos de fadas, outro elemento interessantíssimo e que eu, mais uma vez, falhei em perceber. Chapeuzinho Vermelho. Lobo Mau. Rafael Bobo.
Isso não altera o fato de Shyamalan se mostrar preso a uma fórmula desgastada; e que a ênfase nesses plot twists prejudica sua obra.
Mas esse acaba se tornando um aspecto menor quando o filme tem muito mais a oferecer, e acaba dizendo muito a respeito da forma como eu o vi. Depois de ler o Ina e o Bia, percebi o que deveria ter percebido antes: me ative ao óbvio, apenas, e embora não estivesse errado, era muito pouco.
Eu não escrevo mais sobre cinema.
ó grande mestre! se vc parar de escrever sobre cinema eu também paro!