A tal da reforma ortográfica

Para mim, reclamar de uma reforma ortográfica é como reclamar da chuva. Pode até dar algum alívio, mas não adianta nada.

Então eu não reclamo, apesar de achar a reforma desnecessária. Mas digo desde logo que ligo tanto para ela como ligo para a árvore que cai num parque qualquer da Sibéria.

Eu escrevo muito, todos os dias. Só neste blog há quase 2 mil posts. Não sei quanto isso dá em palavras ou em toques, mas sei que são muitas. Escrevo muito mais fora daqui; não sei quantos segundos de texto, quantos parágrafos escrevo todos os dias; são muito mais do que eu poderia — ou quereria — medir. E durante esses mais de 20 anos, escrevi praticamente todos os dias, dentro de regras que agora não valem mais.

Tampouco não sei quanto já li nesta vida, livros em que estavam grafados lingüiça, pára-quedas e outras palavrinhas e sinais que o acordo ortográfico, agora, decidiu por bem fazer de conta que não valem mais, que são velhas sem serventia.

Achar imbecis uma parte das novas normas também não ajuda muito. Alguém pode alegar que, daqui a 20 anos, nada disso fará diferença. Os hoje vivos se acostumarão; os nascituros sequer saberão que houve grafias diferentes um dia. Mas se mantivessem tudo do que jeito que estava até o ano passado, iria dar no mesmo. Sob esse ponto de vista, uma reforma só é válida se ajuda a simplificar as coisas. Esse é o meu problema com ela: não acho que ela simplifique, realmente.

Uma das coisas que sempre gostei na última vagaba do Lácio é que, mesmo que não conhecesse uma palavra, eu saberia exatamente como ela é pronunciada apenas vendo a sua grafia; então eu sabia que “enguiça” era pronunciada de maneira diferente de “lingüiça”; que “esquenta” era diferente de “cinqüenta”. Não entendo a queda do trema. Mais que isso, acho um erro grave. Alguns acentos diferenciais também: aquele acento em cima de “vôo” pode até ser desnecessário, mas em um tempo em que o inglês faz cada vez mais parte do cotidiano das pessoas, é mais fácil pronunciar a palavra como “vu”.

A queda do hífen em várias palavras me parece bem vinda; acho que pára-quedas não faz mais sentido que paraquedas. Mas beijaflor também rezaria pela mesma cartilha, é uma palavra que evoluiu além do seu sentido original, mas eu vou ter que continuar escrevendo beija-flor. Se eu tenho agumas críticas à reforma, essa é uma delas: é um trabalho porco e incompleto.

Mas reclamar não adianta nada. A nova grafia das palavras vai continuar a despeito da minha ranhetice. Isso não significa, no entanto, que eu tenha que correr para me forçar a aprender essa nova forma de escrever.

Eu estou ficando velho e sem paciência para um montinho de coisas novas. Velho o suficiente também para me tornar turrão em algumas coisas, e me apegar a certezas antigas. Ninguém conseguiu me provar que o trema era desnecessário, dois pinguinhos líricos nos ii; eu vou continuar usando o velhinho entrevado até que escrever as palavras sem ele seja algo natural para mim. Até que a sua ausência não me cause estranheza e incômodo.

Então desde cedo eu decidi que não ia me esforçar para escrever dentro dessas novas regras, que nem sempre fazem sentido para mim e que, acima de tudo, me custariam uma atenção e um esforço que eu não quero lhe dedicar.

É por isso que vou continuar escrevendo do meu jeito, o jeito antigo. Não vou parar para estudar ou escrever uma palavra de acordo com os novos termos. Sei que vou aprender muito por osmose, porque as pessoas que se darão ao trabalho de se policiar em relação a essas normas farão com que eu me acostume. Elas vão me poupar o trabalho.

Vou estar escrevendo corretamente enquanto se admitir a nova e a antiga grafias. Mas se continuar errado daqui a dois anos, quando eu não tiver mais o direito de colocar o trema nas palavras em que o julgo necessário, tanto faz para mim. Que o Word apareça logo com um corretor ortográfico que corrija meus tremas e meus hífens como hoje corrige meu “uqe” e meu “nào” e meu “voc6e”; mas não por mim, porque eu não ligo e vou continuar não ligando; mas por aqueles que se prezam em escrever corretamente e que vão estranhar o português arcaico — além dos erros de sempre — que este blog vai apresentar nos próximos anos.

21 thoughts on “A tal da reforma ortográfica

  1. Creio que o maior impacto da reforma será sentido na área diplomática, da burrocráia comercial.
    De acordo com Clarice Assalim ( Afinal, Estamos de Acordo! – O (novo) Acordo Ortográfico), entre outras coisas, a unificação a Língua Portuguesa deverá ser incluída como língua oficial da ONU, que antes não o era por existir duas grafias, a portuguesa e a brasileira.
    Mas seria bom refletir também sobre a eliminação da necessidade de traduções entre o português falado em vários países. Das diversas grafias do idioma.
    É fator que terá muita relevância na área da burrocracia comercial.
    Ou seja, a relevância é política e não linguística.

  2. Rafael, o período de transição (no qual as duas ortografias serão igualmente válidas) vai de 1° de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2012. Até lá, a ortografia do Formulário Ortográfico de 1943 (com as alterações da Lei 5.765/1971) será válida.
    Boa parte das regras alteradas foram concessões à grafia portuguesa, inclusive a supressão do trema, realizada em 1945 em Portugal e nas então colônias africanas.
    O Acordo em si é bem-intencionado, mas seu objetivo político de unificar a ortografia é falacioso (ele só unifica 98,5% das palavras e consente em duplas ortografias nas demais). Sem contar o fato de que não dará toda essa projeção internacional à língua, porque bem sabemos que o português não é uma língua “mainstream”.
    Já uso as novas regras, depois de tê-las estudado e posso responder a alguns pontos:
    *Beija-flor continua com hífen (grande espinho da reforma) porque todas as palavras compostas que designam espécies da zoologia ou da botânica têm hífen. Simples assim. Se não fosse assim, teria hífen porque o primeiro termo é um verbo (Trinca-dentes, Mata-ratos) e até mesmo o acidente geográfico mais famoso de Salvador mudará sua ortografia para “Baía de Todos-os-Santos”.
    *O trema foi uma concessão a Portugal – como já dito – e também porque poucos o usavam. Só os puristas e amantes da língua no Brasil tinham apego àquele diacrítico simpático, que fazia o “u” sorrir. Ele já fora morto por muitos muito antes do Acordo.
    *Voo perdeu o acento porque não há como ler a palavra de outra forma sem acento, só se deslocar a sílaba tônica para a última “voô”.
    Os acreanos estão descontentes porque agora são “acrianos”.
    Quanto à absorção pela leitura, fique tranquilo: nas próximas décadas as pessoas, bem ou mal, absorverão essas regras.

    Uma das coisas que não gosto é a perda do acento de “para”. Nem todo para (verbo) é distinguível de para (preposição).

    Mas confesso que o Acordo ainda me deixa com dúvidas….

  3. Eu acho engraçado a gente estar discutindo isso e tem aluno da oitava série, ou mais, que não sabe ler, nem escrever um bilhete.
    Que bosta de educação é essa que a gente vive neste país.
    Eu fiz faculdade na Unit, jornalismo, me formei e uma ruma de gente se formou comigo, pessoas que escreviam brasil, oço, e outras barbaridades,não é lenda, eu vi, enquanto isso, fica-se discutindo trema, hifen e crase. Prá puta que pariu…

  4. Não vejo sentido nesta reforma. Difícil me acostumar.

    O trema é um charme. Fico mais tranqÜila com trema, e acredito ser pregÜiça mais autêntica. Outra coisa: vc tem idEia do que seja encarar uma platEia, numa estrEia, sem acentos? Devo estar ficando velha, tb …

    Sério: http://ramonpage.com/ortografa/ é um site que ajuda. Vc grafa a palavra (ou frase) como antes, e logo aprece a palavra reformada.

    Beijo,

  5. Fato é que essa reforma só está occorendo no Brasil. Os portugueses estao repudiando-a por completo.

    E ela se torna ineficaz a partir do momento em que aqui no brasil se veste camisa e em portugal camisola… aqui se usa cueca e lá calcinha…

    Pra isso, não há reforma ortografica que de jeito.

  6. Apoiado, Rafael!
    Certo, nenhum garoto de míseros 17 tem capacidade intelectual para dizer o que deve-se fazer de sua língua, mas eu também vou continuar escrevendo pela regra antiga até os outros me “acostumarem”…
    Até a próxima!

  7. É… não faz sentido para nós, que tínhamos todas as regras internalizadas…
    Sim, também choro a perda do trema, as transições do hífen e o sumiço dos acentos (agora, a cada ditongo, dois minutos são perdidos para a reflexão… “e agora, tem acento aqui?!” rs).
    Também lamento os analfabetos formados… lágrimas aos não-letrados!
    Por fim, aos 21 anos, também me sinto velha! Sou contra a reforma, mas de que adianta?! Acho que serve apenas para nos reunirmos em blogues e colocarmos nossa opinião… quem sabe assim nos acalmemos?! rs
    Um forte abraço a todos!
    PS.: Caso encontrem uma solução, compartilhem-na comigo!!! ;]

  8. Rafael,
    Não seja modesto, nem tão rigoroso consigo mesmo. Pelo tanto que vc escreve, é de admirar que cometa tão poucos erros. Ou melhor, é por isso mesmo que não os comete!

    Fabius,
    Bom comentário! Lúcido, suscinto, e exprimindo exatamente o que eu penso sobre o acordo.

  9. Rafael:

    A reforma ortográfica acéfala, foi inspirada no seu presidente inculto. Em que outra época isso seria possível, ou aceito?

    É coisa da época em que estamos vivendo. A época da apologia à ignorância.

  10. Santiago, o inculto aqui é você.

    A reforma ortográfica é de 1990. Foi ratificado pelo Brasil em 1995, quando o presidente era um sujeito que a história está esquecendo. O protocolo foi aprovado pelo Congresso em 1998. A entrada em vigor é apenas o ponto final de uma longa história.

  11. “O problema é que a língua não é fetiche dos puristas. Essa paixão dos brasileiros por regras gramaticais me assusta.”
    Também não é brinquedo de burocrata ou moeda de troca de político. Durante anos, foi defendido pelos “progressistas” que o Brasil não deveria ser obrigado a copiar Portugal. Mal chegaram ao poder, tucanos e petistas decidiram que é chique vender o Brasil. A verdade é que o PSDB pré -Fernandato e o PT pré-mensalão nunca teriam aceito esse acordo, mas Judas ficou chique, né?

  12. Eu gostava de gramática. Ela preenchia a fala das tias por aulas e aulas, na época da escola, e eu ficava brincando com a caneta no papel dos cadernos… Bem, falando agora das normas: normas são essenciais para a vida moderna. Sem ela, não teríamos eletricidade, diga-se lá computador, então. Não teríamos carros, nem viagens espaciais, nem palitos de fósforo, nem celular. Não teríamos cálculos estruturais e, de quebra, não teríamos edifícios feitos escolas, pintadas de várias cores, para as crianças correrem no recreio. E, como não poderia deixar de ser, não teríamos aulas de como escrever português, pois não teríamos o português, cheio de regras e de malversações mentais.

  13. eu acho que antes de pensarem em reformar a ortagrafia, deveriam pensar em ressuscitar a velha, porque como dizem alguns, ”estão assassinando a ortografia a tecladas’…..

  14. Ué, como na maioria dos outros países se sobrevive sem a obssessão com a gramática correta que se vê ao menos na classe média e na elite intelectual brasileira? No inglês há várias palavras com pronúncias que variam de sotaque a sotaque e ninguém morreu.

  15. Postado por Professora Cida Oliveira às 10:28 0 comentários
    2ª PARTE DO TEXTO>’MINHA LÍNGUA …resolveu mudar… de Maria Aparecida de Oliveira-Curitiba Pr.

    2ª PARTE DO TEXTO->”Minha Língua Resolveu Mudar” vou ter que me
    adaptar”…

    Batatinha quando nasce…
    se esparrama pelo chão…
    na palavra “anti-inflamatório,
    o “hífen” separa os dois”i”, então…
    “i” que finaliza a palavra “anti”
    e, o outro “i”, que inicia, ‘inflamatório”
    “se vogal” termina prefíxo, e inicia a 2ª…
    o hífen, no meio das duas se alinha…
    Em “contra-atacar”e “contra-almirante”
    olhe só a vogal “a” no final do prefíxo…
    ela, tá iniciando, a 2º elemento, da palavra…
    e, na Mudança Ortográfica leva o “hífen “!
    Você tem um micro-ondas?
    ( o tracinho, está lá…)
    bem no meinho do micro-ondas,
    porque os dois “o”s, estão lá…
    outros exemplos a estes seguem…
    “micro-ônibus” , “semi-interno”
    “etc”…”etc”…”etc”…”etc”…
    vogais iguais nelas o hífen, há…
    vogais diferentes, o hífen tá ausente!
    PREFÍXO,que termina com consoante,
    e que inicia o segundo elemento…
    (o hífen, leva, nesse caso, observemos…
    “super-racista” e “super-romântico”…
    ATENÇÃO! ATENÇÃOZINHA
    para o que vou agora dizer:
    “nos demais casos o hífen, não se usa”
    é importante e muito bom conhecer!
    Veja só que interessante…
    na palavra “supermercado”,
    “r” de super, e “m” de mercado diferem…
    é por isso, fica muito mais fácil
    pra não se usar o tal do hífen,
    onde há desigualdade…
    o hífen, foge e não existe,
    e a palavra é escrita “inteirinha”…
    sem tracinho ó minha gente!
    ATENÇÃO! ATENÇÃO! E ATENÇÃO!
    se o prefíxo é “SUB”
    O HÍFEN VAMOS USAR,
    se o “r” o segundo elemento, iniciar!
    acontece em :”sub-raça”
    e, também “sub-região
    e em todas do mesmo caso…
    “etc”…”etc”…”etc”…então…
    ATENÇÃO Ó MEUS AMIGOS !
    ( se o prefíxo for:”PAN” OU “CIRCUM
    e,o 2º elemento, começar por:”n” ou “vogal”
    como:pan-americano e circum-navegação.
    parabéns, o tal de “hífen”, usamos…)
    Ciranda, cirandinha…
    consoante no final…
    do prefíxo, ATENÇÃO,
    se o 2ºelemento, começar com vogal!
    nesse caso meu amigo,
    foge o hífen, sim senhor,
    não se usa o tracinho,
    olhe e veja com seus olhos:
    “hiper” com “r” termina…
    e, “ativo”, com vogal começa…
    é por isso, que em “hiperativo”
    o tracinho, foge ás pressas…
    O cravo brigou com a rosa…
    debaixo de uma sacada…
    a consoante,findou o prefíxo,
    e a “outra”, por vogal começada
    o cravo disse pra rosa:
    nesse caso, não usamos “hífen”…
    “superexigente” e”superamigo”
    “superotimismo”, “superaquecimento”
    “”supereconômico” vai ser pra todos
    que, “superrespeitarem”,as mudanças, eu digo…
    NÃO ATIREI O PAU NO GATO-TO-TO…
    (com os prefíxos:”ex”, “sem”, “além” “aquém”
    “recém”, “pós”, “´pré “, “pró”
    vamos usar sempre o hífen,
    ó meu amigo, veja só!
    “além-mar” e “ex-aluno”
    “além-túmulo”, vou dizer…
    “aquém-mar” e “ex-diretor”
    tá gostoso de aprender!
    “ex-prefeito” e “ex-presidente”
    “pré-histórico”, “pré-vestibular”
    “os sem-terra” e “sem-teto”…
    sofrem muito vou falar…
    “recém-casados”…estão felizes…
    é só festa e alegrar!
    “TEREZINHA DE JESUS…
    de uma queda, foi ao chão…
    e os sufixos de origem:Tupi-Guaraní…
    usamos o “hífen” é bom sentir…
    “capim-açu, “inajá-mirim”,
    testificam o que eu digo…
    HÍFEN !HÍFEN ! HÍFEN ! HÍFEN !
    vamos usar para “ligar”…
    duas ou mais “palavrinhas”
    que por acaso se “combinarem”
    nesse caso, dão-se as mãos
    sem perder o original…
    “Rio-Niterói”, “Eixo-Rio-São-Paulo”
    aprender é bom demais!
    MARCHA SOLDADO…
    CABEÇA DE PAPÉL…
    regra básica, ó meus amigos…
    pra se usar sempre o hífen,
    é diante da letra “h”
    “super-homem” é um bom exemplo !
    e, com “hífen”, diante da mesma vogal:
    “contra-ataque” e “micro-ondas”
    prefíxo terminado em “consoante”
    usa o hífen, diante da mesma “consoante”:
    “inter-regional”, “sub-bibliotecário”
    -“sem hífen, diante da consoante diferente…
    como percebemos em “supersônico”
    -sem “hífen”, diante de vogal…(ínterestadual)
    Batatinha…quando nasce
    esparrama pelo chão…
    com o prefíxo “sub”e, diante da palavra iniciada por “r”
    o “tal” de hífen, então se usa.( sub-raça e sub-região, etc…)
    NOTA!!!!!!!!!!!!!JÁ PALAVRAS INICIADAS POR “H”
    perdem essa letra e ajuntam-se, sem “hífen”( subumano )etc…
    OBSERVAÇÃO IMPORTANTE !(Implantação das regras desse acordo
    são previstas para acontecer no Brasil,
    a partir de janeiro de 2009.
    países que tenham o português como
    língua oficial:Portugal, Brasil, Angola,
    São Tomé e Príncipe, Cabo Verde
    Guiné-Bissau, Moçambique e Timor Leste )
    bibliografia :”á partir da ávida leitura, que eu Maria Aparecida de Oliveira, fiz, a partir do recebimento de um “email”, sobre a Reforma Ortográfica,por
    um amigo…,que intitula-se:Guia Prático da Nova Ortografia(acordo
    Ortográfico da Língua Portuguesa 1990.) Implantação das regras desse acordo
    são previstas para acontecer no Brasil, a partir de 2009.-Editora Melhoramentos-2008.

    9
    Postado por Professora Cida Oliveira às 10:14 0 comentários
    “MINHA LÍNGUA RESOLVEU MUDAR …vou ter de me adaptar ( por Maria Aparecida de Oliveira em otubro de 2008 Curitiba Pr.)

    “MINHA LÍNGUA RESOLVEU MUDAR…vou ter de me adaptar!!!

    O tracinho é usado …
    antes da letrinha “h”
    muitos exemplos, nesta aula…
    com carinho, eu vou lhe dar!
    Vou cantar um “RAP-HÍFEN”
    pra você melhor “gravar”…
    me acompanhe, pois a Reforma
    Ortográfica, vai se apresentar…
    “anti-higiênico” ó minha gente,
    “anti-histórico” é bom saber…
    “co-herdeiro” e “macro-história”,
    vai do “hífen”…depender…
    “mini-hotel” e “proto-histórico”
    “sobre-humano”e super-homem”
    Exceção! Exceção! Exceção!
    é a palavra:”subumano” que,
    sem o “hífen”, escrevemos!
    Não se usa o “tracinho”,
    ou o hífen, a saber…
    em palavras como “estas”…
    que, com carinho, eu vou dizer:
    “aeroespacial”, “antiaéreo”
    “anteontem”, eu vi você…
    “autoescola” e “autoestrada”
    “coautor”,vamos dizer!
    “autoaprendizagem”, “coedição”
    são palavras escritas “juntas”…
    e, sem o hífen, vamos nessa,
    ó galerinha…nessa luta!
    “antieducativo” e “semianalfabeto”
    parecem “desengonçados”…
    mas é assim que é o correto
    nesta reforma admirável !
    “semiaberto” e “semiesférico”,
    seguem o mesmo rumo, é claro…
    Exceção ! Exceção ! Exceção !
    preste bem muita atenção…
    NO PREFÍXO “CO”, como fica
    nas palavras que se seguem ???
    ficam sem o “tracinho” , ou hífen,
    vejam o exemplo, que eu dou disto:
    “coobrigar”, e, “coordenar”
    “cooperar” e seus “derivados”
    sem o tal de hífen fica…
    praticando vou gravar!
    Tá aprendido, tá aprendido!
    se a “vogal” vem no final…
    da 1ªpalavrinha…e o “r” ou “s”
    a segunda principia …
    vai levar uma “barrinha”…
    vai levar uma “barrinha”…
    apelidos carinhosos…
    para o tal de hífen, eu dei…
    “.de tracinho” ou de “barrinha”
    o importante é aprender!
    “ciranda…cirandinha..”antipedagógico”
    e “anteprojeto”…
    são palavras, que eu agora…
    vou usar, para ilustrar…
    não levaram o “hífen”, nelas…
    isso eu posso afirmar!
    pois, o “r” ou “s”, não estavam
    na segunda palavra a niciar…
    essa aula é um “barato”…
    aprender com brincadeiras…
    bem por isso eu sugiro…
    praticar dessa maneira…
    “microcomputador” e “ultramoderno”
    sem o hífem, são escritos…
    “semideus”, e “seminovo”
    “semicírculo, mesmo jeito!
    “autopeça” e “geopolítica”
    e o “psedoprofessor”…
    deram adeus ao tal de “hífem”
    na Reforma Ortográfica!
    Já, o PREFÍXO “VICE”, deve,
    usar sempre com o HÍFEN
    “vice-rei”, ó minha gente…
    “vice-presidente”…etc…
    É…verdade…que a Reforma
    Ortográfica, é coisa séria…
    pois envolve outros países,
    que a nossa língua, segue.
    Muita, muita, atenção…
    na hora de escrever,
    pois daqui pra frente a gente “deve”
    até mesmo “desaprender”…
    aquilo que era considerado certo,
    “errado”…alguns são…a saber!
    “PREFÍXO”, que em Vogal, termina,
    e a 2ªpalavra, que com “r” ou “s” se inicia…
    “DOBRA”, o “s” ou “r”, ó meus amigos,
    sem o “hífem”, é evidente…
    “antirrábico” e “antirrúgas”,
    “antissocial” e “biorrítmo”
    “antirreligioso” e “contrarregra”
    “contrassenso” e ultrassom
    “ultrarresistente” é o que,
    se aprende pra todo o sempre!
    “batatinha quando nasce”…
    se esparrama pelo chão…
    eu entro nessa Reforma Ortográfica,
    com garra e com o coração!
    (nota:Esta é a primeira parte desse texto
    criado em 24-10-08, por Maria Aparecida de Oliveira,
    residente em Curitiba Pr.Brasil

  16. Quase não cheguei a lugar algum pelas regras ortográficas , segundo meus pais comecei a falar muito cedo e muito bem , bom tom , bom timbre , boa dicção … logo era o orador recitador da escola … melhor eu era em desenhar e resolver problemas …gostava de estudar tudo de arte e ciência … Mas a escrita , a tal ortografia que alguns chamam Horto , esta era minha inimiga .. sabendo gramática mas sem entender os esses , eces , chizes etc minhas redações eram criativas como minha oratória e debate mas a grafia era nota zero . Quase pirei pois eu queria lógica matemática , científica de regras que seguissem um princípio e ao contrário somente encontrava decorebas do tipo , antes de P e B não se escreve N , o S entre vogais tem o som de Z , mas os motivos eu nunca soube ….. e toma nota baixa em linguagem , na verdade escrevinhagem .
    Fui me arrastando e cheguei mesmo , como protesto burro , a grafar as palavras e logo em seguida dentro de parênteses grafar das outras formas fonéticas possíveis .
    Acho que como o brasileiro é um povo falante e no caso dos cariocas em particular os artistas mais populares falam muito bem , a grafia ortograficamente correta é um truque de elites burocráticas para trair o som natural bonito do coloquial popular musical e impedir os inteligentes lógicos de escreverem da forma como falam e se entendem , por sons e não por letras que variam de utilidade e comunicação .
    Para ter boa nota em português tive que adquirir um vocabulário vastíssimo e sinônimos dos quais eu tivesse certeza da grafia , na parte de etimologia também evolui muito em busca de motivos para o quadradismo das regras lusas . Adoro escrever , mas não sei escrever bem como falo e até hoje sou muito ouvido e aplaudido inclusive em rádio mas a escrita ainda me atrapalha muito . Kero (qéro ou queru ) deixar ( dexar ou dechar ) klaro que ( ke ou qê ) a escrita rígida ( ríjida ) das formalidades oficiais ( ofissiais ) devia ser exigida apênas ( apenas ) de escribas (scribas ou eskribas ) oficiais ( ofissiais ) , e nós ( nóz ou nóis ) pessoas ( peçôas ) de raciocínio ( rassiossínio ) e memória populares sonoras da língua , muito mais falada que escrita , fossemos livres para ler e entender tudo que mostre o som grafando como se todas as palavras fossem nascidas hoje , sonoras , pois não creio que palavra alguma tenha nascido escrita .. Ao ouvirmos a palavra no rádio nós a escreveríamos da forma grafada com letras que reproduzissem o fenômeno da mesma forma que escreveriam meu nome Ney ou Nêi , Rroriz ou rrorís … para nós de raciocínio não decoreba seria muito mais fácil ser como sou autor de enredos campeões nas escolas de samba e ser engenheiro , decorador , cenógrafo , pintor e escultor e quem sabe até escritor alternativo .
    outras coisas que permitem escrever como eu escuto e como eu quero que escutem sem regras ilógicas de gente que não tem objetivo prático .
    Resumindo : para quem nasce com raciocínio científico a escrita que reproduza todos os sons como eles são é o bastante e mais importante qualquer pessoa que ler nunca poderá inventar outro som para a escrita . Experimente !
    Kéro kazar ôge . A mêza da kaza é rredonda e rrára . Bon bonbon de xocoláte . Trânzito . Ezérsito , exérsito , ezerssíssio , sol nassente ou nascente ….
    Comecei a dar aulas com 14 anos e fico bôbo ( ô ) quando vêjo que querem alfabetizar as pessoas falando em dissílabos , proparoxítonas , hiatos etc etc . Isso é um atraso e não raro quem é bom nisso é péssimo em lógica , solução de problemas , projetos e coisas produtivas que somem para a humanidade como ciências , técnicas e artes em geral .
    Estuda-se um monte de regras bobas sem estudar matemática e depois vem um gringo que troca as artigos , as pronoma , as gênero e as númera ganhando 100 vezes mais e negociando com a único presidente do república analfabeto que assina um reforma ortográfica cheia de regras e marras .Para se comunicar é preciso muito menos e muito mais que estas regras inúteis .Muito menos pois bastam símbolos que nos conduzam aos sons e só . Muito mais pois não basta saber ortografia tem que ter conteúdo .

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