Depois dizem que é exagero meu.
Alguns políticos do DEM, aqueles com mais chances na disputa eleitoral do ano que vem, acabam de voltar da Espanha, onde participaram de um curso de oratória e marketing político patrocinado pelo diretório municipal. Entre eles estavam José Roberto Arruda, do Distrito Federal, Paulo Souto, da Bahia, e João Alves Filho, de Sergipe.
É uma atitude louvável do DEM, que em vez de fazer o já tradicional biquinho udenista tenta correr atrás do prejuízo, oferecendo aos seus militantes cursos de Bolsa Família e, agora, cursos de marketing político.
É também coisa de gente chique, que faz cursos na Espanha, porque certamente são mais agradáveis aquelas bandas madrilenhas.
E coisa de gente que não consegue entender o mundo, porque o curso foi dado pela equipe de marketing de John McCain, candidato (derrotado) à presidência dos Estados Unidos (e não do Brasil).
Eles nunca vão entender como a esquerda jogou o jogo deles e venceram. outrageous!
Vai ser duro para os marqueteiros convencer o eleitor, que finalmente sente no bolso e na vida as vantagens de uma melhor distribuição de renda, de que o modelo antigo é melhor. A não ser que essa gente seja acometida de um ataque de realidade, e passe a criticar, por muito tímidas, as medidas do governo Lula que melhoraram a vida da maioria. Como bem demonstraste no post anterior, a direita brasileira está sem rumo. E ainda foram contratar o timoneiro de um barco afundado.
rapaz, e quem está ao lado de Sarney, Renan e Collor tem lá moral pra falar de ninguem, sô?
é llindo ver vcs da esquerda brasilleira ao llado de Sarney, Renan Callheiros e Collor. se isso é ser de esquerda….
Navegador, sobre o seu comentário, estava eu aqui pensando com os meus botões. A minha vida nos últimos oito anos efetivamente melhorou um pouco. Mas eu nunca atribuí essa melhora ao governo Lula ou coisa parecida. Sempre atribuí a minha melhora a minha própria evolução pessoal.Embora eu não seja diretamente beneficiada pelas suas políticas sociais e econômicas do governo, talvez eu seja indiretamente beneficiada, não sei.
Não sei se o eleitor do Lula vai dar o devido crédito à diferença que ele sente no bolso, entende? A não ser que a diferença que ele sente no bolso seja pra pior. Assim ele votaria no candidato de oposição.
O que quero dizer é que o eleitor dificilmente vota por estar “agradecido” já que as melhoras na sua vida são consideradas todas méritos pessoais. Infelizmente o que conta na hora do voto é raiva do eleitor ou carisma do canditado. Sei lá, é só uma teoria minha.
Fiscal do Sarney, vira o disco.
Apesar do que parece ser seu desejo, esses aí não são propriedade exclusiva da direita, embora tenham andado sempre ao lado do PSDB. (Fernando Henrique ia ser ministro de Collor e foi impedido pelo Covas; Sarney foi presidente do Senado na era FHC; Agaciel começou a fazer seus negócios nessa mesma época; e por aí vai). São representantes eleitos pelo povo de seus Estados e “males necessários”. Ou , na pior das hipóteses, mais uma triste herança do PSDB e do DEM com que o país tem que lidar.
Rafael, completando a resposta dada ao tucanopata aí em cima: Renan foi ministro da justiça(é isso mesmo… da justiça!) do fhc e o filho do Sarney ministro do meio ambiente.
Luís, eu não lembrava disso. Perfeito.
Mas quer apostar quanto que informação nenhuma é capaz de dar descarga nesse pessoal?
E ninguém parece mais lembrar que o Sarney Filho – pasmem os de memória curta – foi ministro do Meio Ambiente do governo FHC.
Que notícia ótima! Deixa os caras torrarem os seus euros lá com a equipe do McCain (Maquem???). O fim deles aqui será igual ao do próprio.
Toninho Malvadeza – que era um canalha, mas esperto! – deve estar revirando no caldeirão!
vcs são tão reducionistas q qualquer um q se atreva a criticar o Lulla Collor vem vcs e tacham de tucano e de partidário de FHC. muda o disco pessoal. xô FHC, xô Sarney, xô Renan, xô Collor e por que não?, xô Lulla. todos safados
Marina, somos classe média, e felizmente dependemos muito menos de ações governamentais para tocar a vida. Mas o povão, a grande maioria, hoje tem maiores possibilidades de consumo graças às políticas do Lula, começando pelo aumento substancial do salário mínimo, que causa muito mais impacto do que o bolsa-família. Sem falar no aumento de empregos. O Brasil melhorou, economicamente, e seu povo veio junto. E quem está melhor do que antes não quer mudar o rumo. Quer seguir melhorando. Quer continuidade, e não quer arriscar com quem não lhe garanta isso.
Mas carisma também ajuda, um dos motivos para que o Lula tenha mais medo do Aécio que do Serra.
Ate parece que o PMDB soh chegou no poder agora, quando an verdade, ele é o partido que está a mais tempo no poder…
paciencia.
Hehehehehehe João Alves tendo curso de oratória? Hehehehehehehe, Rafael, existe coisa mais tediosa do que um discurso de JAF? Pense numa pessoa prolixa!!!! Mas é louvável a atitude! Bem que o DEM poderia contratar Marcelo Deda como instrutor, é o melhor orador que eu conheci nesses 34 anos de vida!
então, Adroaldo, concordo com tudo que você disse e não tiro o mérito do governo Lula para as classes mais baixas. A questão é se a própria classe baixa dá o devido mérito ao governo Lula por sua vida um pouco melhorzinha.
Quando as coisas estão boas, percebo uma tendência em colocarmos o mérito em nós mesmos. Quando as coisas estão ruins, colocamos a culpa nos outros. Aquele filho de lavadeira que foi beneficiado pelo Prouni e agora tem um diploma e uma profissão mais qualificada sempre vai achar que ele batalhou muito pra conseguir tudo que alcançou. Dificilmente irá dedicar o seu TCC ao Lula.
Assim, não sei até que ponto as políticas sociais do governo são uma munição tão boa assim eleitoralmente falando.
Acho que o Lula goza de boa popularidade e bom calibre eleitoral não por conta de suas políticas sociais, mas justamente pelo seu carisma, que é impressionante.
No fim, qualquer eleição se parece muito com uma dessas votações de reality show: ganha aquele com quem o povo for mais com a cara.
A propósito, é Karina e não Marina. Um abraço!
ae galvão, a melhor biografia dos beatles é a do bob spitz?
Em português, é. Enquanto não sai a do Mark Lewisohn.
Karina (perdão pela troca), beneficiários do Prouni são contados aos milhares. E os do aumento do emprego, do salário mínimo e do bolsa-família, aos milhões. Não é por nada que a popularidade do Lula é maior nas regiões mais pobres. Foram as mais beneficiadas pelos programas sociais do governo. Foi a mesma gente que garantiu votos para a ARENA durante a ditadura, graças às aposentadorias que o governo de então garantiu aos trabalhadores rurais, no valor de um salário mínimo, medida que também teve um impacto muito grande na vida daquela gente. Aliás, a própria classe média, na época do “milagre” econômico, e que ganhou com ele, também votou em peso na ARENA. E não se pode dizer que os nossos generais fossem carismáticos.
Ou seja, entre a economia e o carisma, a primeira ganha longe nas motivações do eleitor, como também demonstram as vitórias acachapantes de FHC, que de carismático não tem nada.
Abraço.
Karina, responder à sua duvida (comentario #15) me parece bem fácil.
Basta observar a incrível votação que lula obteve entre a classe baixa, principalmente na eleição que o reelegeu presidente. O fenômeno de somente atribuir méritos a si próprio é coisa de outra classe, de outro tipo de pessoas, outros seres políticos.
Mas em seu exemplo, o do filho de lavadeira que foi beneficiado pelo Prouni, seria muito justo que ele atribuisse o mérito a si próprio, pois a luta foi mesmo dele. O governo Lula ‘só’ proporcionou a oportunidade.
Compreendo, embora não compartilhe de sua dúvida, saber em quem ele votou e em quem votará para presidente. Não tenho dúvidas.
Mas acho que você também não tenha. Talvez lá no fundão você já tenha resolvido a questão ao afirmar no seu comentário #5 que;
‘Não sei se o eleitor do Lula vai dar o devido crédito à diferença que ele sente no bolso, entende? A não ser que a diferença que ele sente no bolso seja pra pior. Assim ele votaria no candidato de oposição.’
Ora, se a a ‘classe baixa’, como você afirma e eu concordo, sabe distinguir o que é melhor para seu bolso o que é melhor para si, é muito justo supor que ela vote em Lula.
Mesmo assim acho que você está confundindo algumas coisas. O povo da ‘classe baixa’, não é burro. Se o critério fosse somente o carisma, Silvio Santos já teria sido presidente. Entre tantos.
Pra mim os burros são outros!
E é bom lembrar que Lula não se elegeu assim que se candidatou, ele perdeu mais eleições para presidente que ganhou.
Isso não quer dizer que ele não seja carismático, muito pelo contrário.
Mas creio que isso seja apenas um ponto a mais a favor do ‘Cara’.
Eu não sei a qual pôrra de classe você pertence, mas pelo que conclui de seu comentário #5 sua vida teria melhorado mesmo que você morasse no Sudão ou na Etiópia, não é?. Não dependeria da política.
Bem, eu discordo.
Sou da classe média paulistana e minha vida melhorou, mas ao contrário de você, sinto muito orgulho ao afirmar que a melhora foi por conta da política, e mais para ‘outros’ que para mim.
Embora minha vida tenha mudado para melhor, a consciência de que 30 milhões de pessoas que viviam na miséria mudaram seu status, deixaram de ser somente miseráveis, e que alguns deles até dedidicam seus TCCs aos pais e a méritos próprios, exatamente como fazem os jovens da classe média paulistana, é uma vitória política que para mim não tem preço.
Cara Karina, o TCC de um filho de uma lavadeira, é uma vitória política, e não tem nada a ver com sua avaliação pessoal e elitista do governo Lula. Como bem disse o Rafael no post anterior, é a lição que a direita deveria compreender mas não compreende.
Não tire conclusões apressadas. Reality show não faz parte da política de quem é diferente de você! A ‘classe baixa’ sabe o que quer sabe se divertir e sabe distinguir.
@Karina
Cara Karina,
Mass se você fosse uma mulher pobre e negra, que recebeu uma “bolsa-esmola”, viu seu filho entrar numa universidade e agora inscreveu-se para a compra de uma casa própria por R$ 50,00 ou 60,00 por mês, você votaria na opsição ou na continuação da política social atual?
Elementar, né?
fm, eu pertenço à classe média/alta brasileira, de Curitiba, mais especificamente. Não que tenha alguma relevancia na discussão, mas você abordou o assunto.
Acho que não me fiz entender muito bem. Em nunhum momento retirei os méritos do governo Lula. Sempre votei no Lula e votaria novamente. Provavelmente nas próximas eleições votarei em quem o Lula mandar eu votar. Não acho que a administração dele seja impecável mas, sem dúvida, o saldo é positivo, pricipalmente se comparada com a administração dos seus antecessores.
A minha única consideração é: será que o governo bem sucedido seria realmente o trunfo o Lula eleitoralmente falando? Isso considerando não só a classe baixa, mas a média e a alta também. Eu acho que não. Acho que o Lula tem poder eleitoral independente do seu governo ser bom ou ruim. Veja, afirmo que penso ser um bom governo, mas acho que isso, para fins de eleição, é mais ou menos irrelevante. O Lula, todo carismático, só perderia uma eleição se o seu governo fosse muito ruim mesmo, o que não é o caso (estou tantando emiuçar bem para não ser chamada de elitista novamente).
Minha avaliação é, sim, pessoal e pode estar equivocada, mas não é de direita (mangalô pé de pato…).
Pensando bem na minha vida, acho sim que tenho méritos pessoais, mas que tenho algumas dívidas com o atual governo. Só não sei se isso seria determinante para o meu voto. No fim das contas, eu voto no Lula porque gosto dele.
O eleitor é um bicho meio ingrato, sabe?
Rafael, veja que interessante a nota publicada hoje por César Maia (DEM), ela balisa bem a mudança de discurso da direita para eleições 2010.
BOLSA-FAMÍLIA REDUZ A MIGRAÇÃO DO NORDESTE PARA RIO E SP!
1. Os dados observados no censo de pequenos e médios municípios em 2007 já anotavam isso. As observações em centros de acolhimento e população de rua no Rio, idem. E as informações de matrículas em escolas e atendimentos em postos de saúde, confirmaram. É um efeito colateral positivo do Bolsa-Família. Os dados de crescimento de moradores em favelas e da população do Rio-Capital, extrapolados pelo IPP do censo parcial de 2007, só confirmam: 1,5% anual para favelas, 0,74% para a cidade e 0,58% para não-favela. A taxa de 1,5% se aproxima da taxa de natalidade que é, naturalmente, o piso.
2. Politólogo Marcos Costa Lima, Diretor do Núcleo de Estudos Regionais e do Desenvolvimento da Universidade Federal de Pernambuco. Uma das respostas à entrevista ao Caderno Aliás, do Estado de SP, 26/07. P: Mas quase não se ouve mais falar tanto de seca, de refugiados, como nos anos 70 e 80. R: O número de retirantes diminuiu. Hoje o pobre do interior tem condições, mínimas que sejam, de ficar. Ele não precisa fugir da seca, porque o dinheiro de programas como o Bolsa-Família e a previdência rural segura.
Marina, eu tenho uma pergunta relativamente pessoal a fazer, já que o Calango, o FM e o Adroaldo explicaram direito a situação do governo.
Você vota no Lula porque gosta dele. Eu também gosto. Agora me responde uma coisa: você continuaria gostando se ele tivesse feito um governo ruim,e você não percebesse?
Quanto à sua percepção do eleitorado, não há nada mais falso. O eleitorado é grato, sim. É inclusive o excesso de gratidão pessoal que permite que excrescências continuem no cenário político.
Mas a situação está melhorando aos poucos, e cada vez mais.
Oi Rafael! Quem escreve é Karina (não Marina). Respondendo à sua pergunta, eu continuaria votando no Lula por gostar dele, ainda que ele tivesse feito um governo ruim, SE EU NÃO PERCEBESSE que o governo é ruim.
Acho que eu continuaria votando no Lula por gostar dele até se eu percebesse que o governo dele é ruim, dependendo dos demais candidatos. Votaria no Lula independente do governo que ele tivesse feito se a outra opção fosse um Alkmin da vida. Foi o que aconteceu na última eleição.
Volto a dizer que gosto do Lula e acho o governo dele bom, acima da média, mas não impecável, excelente. E continuo votando nele.
Talvez eu esteja equivocada, realmente, e esteja tomando a cabeça de todos os eleitores pela minha.
a hipocrisia da mídia fica evidente neste comentário do nassif:
“Se houvesse jornalismo na cobertura, a lógica óbvia seria apurar qual o esquema que está por trás do vazamento do inquérito contra José Sarney. Qual a razão dessa falta de interesse? Quando foi contra Daniel Dantas, levantou-se o presidente do STF, os jornais, a Folha escreveu editoriais candentes, a OAB se manifestou em defesa dos direitos individuais, a Veja escreveu sobre a república do grampo. Não caiu a ficha de que essa hipocrisia é veneno na veia da credibilidade da mídia”.