No meu tempo era diferente, revistas femininas diziam como decorar a casa e o que vestir no verão; acho que prefiro os novos tempos.
O caso é que, lendo uma matéria numa dessas revistas sobre as necessidades de comunicação durante o sexo oral, fiquei sabendo que os participantes de tal colóquio se beneficiariam amplamente de um pouco mais de diálogo em hora tão prazerosa.
Como leigo no assunto, me espantou o fato de que ninguém até hoje tenha percebido a oportunidade que está bem aí, debaixo — literalmente — de seus narizes. Uma profissão nova poderia surgir para administrar essas necessidades e vontades, cuidando para o desempenho satisfatório de tais atividades.
Flanelinha de boceta.
Ou seja, alguém que desse ao senhor inexperiente as indicações necessárias para o bom cumprimento de sua tarefa. Que facilitasse as coisas e tornasse irrelevantes as vergonhas do senhor e da senhora — o senhor, que nunca para para pedir direções; e a senhora, que tem vergonha de dizer para aquele puto que porra, mordida dói.
Profissão tão útil, essa seria. E, pelo menos para mim, não é difícil imaginar o flanelinha desempenhando seu doce mister:
“Vai! Vai! Isso. Pra esquerda! Vai, vai! Mais um pouquinho! Desfaz, desfaz! Pra frente. Agora um pouquinho pra direita! Um pouquinho pra direita! Agora desfaz! Isso! Vai, vai direto! Isso! Isso! Cavuca fundo!”
Cavuca fundo! foi ótimo.
Não se fazem mais consultórios de dentista como antigamente, né, Rafael?
Ah, não. 😉