Acabei de descobrir que Tróia não tem mais acento. Troia. Parece trolha. Os gregos de Agamenon, os atenienses, os persas, os espartanos, os macedônios de Alexandre, os romanos, todo mundo meteu a mão na desgraçada do Helesponto, todo mundo tirou sua lasquinha, como se a gloriosa Tróia de Páris fora uma prostituta bêbada em um fim de noite, pobre guardiã do Dardanelos — e agora ela é destruída mais uma vez pela reforma ortográfica do dr. Houaiss. Sina triste, a dessa cidade.
Essa foi a mudança mais difícil de se acostumar nessa reforma. Agora “idéia” não tem mais acento, é “ideia”.
Rafael:
Foi esse era politica maldita nos trouxe a apologia à ignorância e ao nivelamento por baixo do conhecer, uma vez que comunistas brasileiros sofrem de labor fobia e, como todos sabemos, não importa quão alto seja nossa capacidade de aprendizado é necessário muito estudo (trabalho) para se adquirir conhecimento e essa gente bizarra lutou com unhas e dentes contra essa verdade absoluta durante os últimos cinquenta anos e venceu. Começou com o canalha do Paulo Freire com seu aprendizado sem aprendizado e achou seu maior propagandista da vagabundagem para os estudos no Lula que fez o mais destrutivo merchandising de como ser presidente, o mais alto cargo executivo de um pais democrático, sem ter que estudar nada. Deu no que deu e deu no seu post acima. Agora, paciência!
Eu acho que é um pouco demais culpar Paulo Freire e cia. por uma reforma que foi criada no governo Collor e juntou (oficialmente pelo menos) o mundo de língua portuguesa todo. As mudanças podem até ter sido inúteis, mas não acho que as pessoas vão ficar mais analfabetas escrevendo “joia” por causa do Lula do que ficaram quando deixaram de escrever “cafèzinho” por causa do General Médici. O Brasil tem muitos problemas e o PT, muitos crimes nas costas, mas ter mudado “jóia” para “joia” não é nem uma coisa nem outra.