De volta a Neverland com o Moisés

Para o Moisés, se anda como pato, grasna como pato, nada como pato e se chama Michael Jackson, é um dromedário.

Foi por isso que ele deixou alguns comentários defendendo a honra do finado comunista, revoltado com a “pomposidade” deste velho e cansado blogueiro. Ele foi bem claro em sua revolta: “Se Michael Jackson abusou de crianças ou não, não se sabe, mas você parece saber.”

É, o Moisés ficou realmente chateado com o post.

Confesso que me assustei quando fiquei sabendo que o Moisés fica imaginando “como esse sujeito se julga a luz que guia a humanidade, assistindo a programas policialescos. Eu pago pra ver ele me responder, quero ver até onde ele é capaz de ir com seu mirabolismo alienativo”. Juro que não sabia que o Moisés estava preocupado de maneira tão visceral com os orifícios onde Michael Jackson enfiava o pinto.

Mas ele disse que pagava para ver, e a coisa aqui está difícil, qualquer coisa está valendo para descolar um troco.

Sua indignação o fez jogar até a ONU no meio de argumentos em que diz estar escrevendo não para livrar a cara de Jackson, mas em defesa dos direitos humanos. Cá entre nós, defender os tais “direitos humanos” de um defunto velho de 15 anos, e isso durante uma guerra genocida como a que Israel promove contra a Palestina, parece brincadeira. Mas cada um dá a cada assunto a importância que quer. Não dá para tirar a razão do Moisés.

Na verdade, como ele e a infeliz e frustrada torcida do Flamengo sabemos, eu não sei de nada além do que os jornais e alguns filmes dizem. Ele também não, mas não alega saber. Não precisa. Sua afirmação é retórica e acusatória, e é aqui que o Moisés se revela um grande maroto. É claro que não há provas. Para isso, Jackson gastou 23 milhões de dólares, mas voltaremos a esse assunto mais adiante.

Num tribunal do Estado, essa ausência eliminaria a possibilidade de condenações. E por apostar nisso, o Moisés adota uma postura típica de advogado de defesa, fazendo chicana a partir do argumento da falta de provas. O que ele espera, aqui, não é provar que Jackson fosse inocente: é evitar que as pessoas concluam que ele era culpado.

Mas aqui fora as coisas são diferentes, e acho que ele sabe disso. Isto aqui não é um tribunal do júri. Ninguém tem obrigação de apresentar prova de nada. Trata-se, aqui, de opinião, se possível a partir de fatos e evidências. Como dizia uma vizinha de minha avó, do alto de sua sabedoria de idosa provinciana: “Malfeito é da conta de todos nós”.

Por isso, o que temos são convicções, e é disso que trata o post. A minha, baseada nas evidências disponíveis, é a de que Michael Jackson era um pedófilo e um ser humano bastante perturbado. A do Moisés, contra todas elas e disfarçada sob o manto da dúvida e da presunção de inocência, é a de que não. Ele parece realmente achar que um sujeito de meia idade que constrói Neverland, briga e paga caro para dormir com meninos, destroça o próprio nariz e gasta milhões em brinquedos de uma só vez é absolutamente normal.

Dizem que, de perto, ninguém é. Mas tem uns que, ó, pelo amor de Deus.

De Jackson, ao contrário do que diz o Moisés, tudo o que não se tem é um julgamento precipitado. A novela das denúncias de pedofilia se estende há 30 anos. Se o mundo acha que Jackson gostava de criancinhas, não é por uma denúncia isolada. Foram várias — e a cada novo escândalo, a máquina de relações públicas de seu espólio se esforça em dizer que não há provas, e descredenciar os acusadores. A estratégia é simples: pede-se o ônus de uma prova impossível de ser conseguida e desqualifica-se os envolvidos.

Aparentemente, isso é ainda mais fácil quando se vê os pais de alguns dos meninos de Michael. O problema é que ninguém tem nenhuma dúvida de que os pais de tantos envolvidos eram vigaristas e golpistas: é justamente deles que falo no texto, do tipo de gente com quem Jackson precisava se envolver para satisfazer seus apetites. Quando Moisés fala que o pai de um é isso, a mãe do outro é aquilo, ele apenas chove no molhado, e repete um roteiro previsível.

O que ele precisa se perguntar é: o que, em Jackson, atraía esse pessoal, como mel atrai abelhas? O que fazia de Jackson uma vítima preferencial para esse tipo de gente? Por que ninguém foi acusar Bill Cosby, outro conhecido predador sexual, de pedofilia? O que emprestava credibilidade às denúncias? E no fundo, qualquer pessoa poderia perguntar ao Moisés: cadê as provas de que eles estão mentindo? — lembrando novamente que isto aqui não precisa seguir nenhum rito processual.

É disso que estamos falando.

No caso dos garotos de Leaving Neverland, a questão é que, no que interessa à opinião pública, se ninguém provou a culpa de Jackson, tampouco provou que eles mentiam: os processos foram rejeitados primeiro por decurso de prazo, e depois porque os réus eram as empresas de Jackson, que não eram fiscais de bundinhas de menininhos. Mas isso não quer dizer que sejam mentirosos. Esse, afinal, é um terreno tão pantanoso que o mesmo Corey Feldman que acusa uma porção de gente em Hollywood de pedofilia, também sem provas, é um dos defensores de Jackson.

A batalha inglória a que pessoas como o Moisés se dedicam agora é pelo legado e pela imagem do rapaz do nariz esquisito: e para isso lhes resta a alegação de que “não há provas”. No entanto, para fins extrajudiciais, que falta em provas abunda em evidências. Mais eficaz nessa batalha, por exemplo, é lembrar que a própria irmã de Jackson o denunciou como pedófilo, embora tenha se desdito depois.

A única pergunta errada do Moisés é quando ele pergunta se “há provas de que ele fez acordos para calar várias de suas supostas vítimas?” Na verdade há: 23 milhões de dólares pagos nos anos 90 à família do primeiro garoto para que o processo fosse retirado — um acordo que, se lembro bem, foi acusado de desmoralizar o sistema judiciário americano, porque ficou claro que bastava gastar o bastante para escapar da justiça, mesmo em casos em que a tutela é do Estado, como estupro de vulneráveis.

Jackson fez essa admissão tácita de culpa porque era o que lhe restava. Sua equipe jurídica considerou melhor enfrentar o dano razoavelmente tolerável que o acordo causava à sua imagem do que enfrentar uma condenação que, pelo visto, era certa. 23 milhões de dólares (dos quais cinco foram para os advogados da família do garoto). Qualquer pessoa sensata entende que isso é dinheiro demais para um inocente, e mesmo para um culpado. Mas seus advogados sabiam que sempre poderiam contar com os Moisés da vida: seria esse acordo que permitiriam a eles, arvorados em defensores post-mortem da honra maculada de Michael Jackson, esbravejar: “E as provas? Cadê as provas?”

O fato é que é preciso estar cego pela defesa intransigente dos direitos humanos de pedófilos defuntos para não enxergar o que havia de obviamente doentio no comportamento de Jackson. Era impossível olhar para Jackson no início dos anos 2000, se defendendo contra mais uma rodada de processos de pedofilia e aparecendo de mãos dadas com um garoto, e não perceber que havia algo de muito errado ali. Ou achar normal, ou ao menos aceitável, sua insistência em dormir com crianças, sempre meninos — e dizendo que isso é lindo, como se estivesse em um fórum de internet onde pedófilos tentam justificar a exploração e o estupro de crianças.

(É ainda mais inacreditável porque dormir com crianças é uma das piores experiências a que um ser humano pode ser submetido. Invariavelmente terminam com você se equilibrando perigosamente na beira do colchão enquanto aquela pequena cria do inferno, com um terço ou um quarto do seu tamanho, se esparrama por toda a cama.)

No fim das contas, é até possível compreender a ira indignada do Moisés. Ele não admite que o seu ídolo possa remotamente ter sido a pessoa (sejamos eufemísticos) problemática que era. Por isso a negação das evidências, a aposta na ausência de provas. É um direito dele, cada um tem suas convicções. Quanto a mim, reforço as minhas quando me faço a pergunta que se pode fazer a qualquer pai ou mãe: você deixaria seu filho dormir com Michael Jackson? A resposta, mesmo que não haja provas, como quer o Moisés, é não.

Você disse que pagava para ver se eu respondia, Moisés. Taí sua resposta. Faz o pix?

5 thoughts on “De volta a Neverland com o Moisés

  1. Para o Rafael, Michael Jackson personificava um monstro insaciável, devorador de criancinhas (como o fantasma do comunismo) imputado de todas as acusações que lhe foram atribuídas, uma figura que buscava unicamente abusar e manipular as crianças mais puras. No meu entendimento, a disparidade entre nossas perspectivas reside na minha renúncia à superficialidade intrínseca à aparência e ao talento do homem de nariz picotado, privilegiando, ao contrário, as
    evidências e eventos que atestam sua inocência. Talvez, valha a pena começar
    destacando a condição psicológica de regressão experimentada, que o induziu a agir como uma criança e a buscar uma infância que lhe fora tirada. Ou, quem sabe, enfocar o papel filantrópico do artista, cujas doações milionárias beneficiaram causas humanitárias, notadamente voltadas à infância desamparada.

    Poderíamos, igualmente, contemplar a campanha difamatória perpetrada pela
    mídia, que busca impacto emocional, violando os direitos dos acusados ou das
    vítimas. Podemos mencionar dois exemplos, pois gosto de utilizar demonstrações até mesmo com uma certa desproporcionalidade:

    1 – No contexto da Operação Hinsberg, que envolve Renato Cariani, se observa uma abrangente cobertura por parte da mídia brasileira. Esta, ao disseminar imagens, vídeos e informações relacionadas à operação, bem como depoimentos de testemunhas e autoridades, revela uma tendência acusatória e condenatória sobre Cariani, mas vale destacar a importância do respeito ao seu direito de defesa e à presunção de inocência, elementos fundamentais muitas vezes desconsiderados. Tal postura, marcada pela precipitação, pode potencialmente influenciar negativamente a opinião pública e, inclusive, o Poder Judiciário, que ainda não emitiu seu julgamento. Além disso, críticas têm sido direcionadas à atuação do Ministério Público Federal, órgão encarregado da acusação, questionando sua imparcialidade e alegando abusos que violam os princípios da legalidade, proporcionalidade e razoabilidade.

    2 – Na esfera do conflito entre Israel e Palestina, nota-se que a mídia internacional emprega termos como “terrorismo”, “retaliação” e “defesa” de maneira seletiva e parcial. Este viés tende a legitimar a violência israelense, enquanto criminaliza a resistência palestina. O que frequentemente escapa aos holofotes midiáticos são as sistemáticas violações dos direitos humanos, os crimes de guerra e contra a humanidade perpetrados por Israel contra os palestinos. Estes últimos, há décadas, enfrentam desafios decorrentes da ocupação, bloqueio, apartheid, expropriação de terras, demolição de habitações, detenções arbitrárias e, lamentavelmente, perdas de vidas.

    Com Michael Jackson não foi diferente, a espetacularização midiática foi excelente
    em explorar sua notoriedade e excentricidade, disseminando notícias falsas e
    caluniosas, desde os anos 80. Mencionar a extorsão perpetrada por indivíduos
    inescrupulosos, aproveitando-se de sua generosidade e vulnerabilidade para auferir ganhos financeiros, é outra faceta relevante. Não se pode ignorar, ainda, que ele foi absolvido de todas as acusações de abuso sexual infantil mediante minuciosas investigações e julgamentos imparciais. A defesa do artista foi fortalecida por
    diversas testemunhas, incluindo crianças, celebridades e ex-colaboradores, todos
    atestando a inexistência de comportamento impróprio. Estas são as evidências e os
    fatos. Eles ecoam com mais vigor do que qualquer outra prova ou convicção de
    Rafael Galvão.

    Na esteira dessa discussão, é necessário lançar um olhar crítico sobre a
    instrumentalização da percepção pública. A abordagem sensacionalista adotada por certos veículos de comunicação não apenas compromete a integridade da
    informação, mas também contribui para a disseminação de narrativas distorcidas,
    alimentando um ciclo vicioso de desinformação.

    Essa busca por manchetes impactantes e dramáticas pode resultar em retratos
    distorcidos e desumanizados, se distanciando da essência da justiça e da
    presunção de inocência. Entendo que, ao expressar também a minha opinião como
    uma resposta ao tom debochado de Rafael, como faz muitas das vezes nas suas postagens sobre diferentes assuntos (juro que não estou chateado) posso ser interpretado como alguém que
    está assumindo o apoio emocional de um ídolo. No entanto, é fundamental esclarecer que minha intenção é
    basear minha argumentação em fontes confiáveis e princípios éticos, em vez de ser guiado por ditados populares como aqueles disseminados pela vizinha da avó de Rafael.

    Outro exemplo, agora como uma dupla do barulho: a menção de figuras públicas
    como Donald Trump e Bolsonaro serve como um lembrete impactante do fenômeno que destaca a complexidade da relação entre a mídia e a formação de opinião pública.

    Ao fundamentar minha posição em fontes fidedignas, como os tratados da ONU que
    abordam a presunção de inocência, busco ancorar meu argumento em princípios universais de justiça. Se trata de um pilar fundamental do devido
    processo legal, e minha defesa desse princípio não é apenas uma questão de simpatia por Michael Jackson, mas sim um apelo à justiça e imparcialidade em
    todas as instâncias.

    Essa perspectiva, alinhada aos valores fundamentais delineados por tratados
    internacionais, transcende qualquer particularidade e destaca a importância de se abordar questões delicadas com um compromisso inabalável com a verdade e a equidade. Independentemente do contexto ou plataforma digital, a presunção de
    inocência deve ser preservada como um direito fundamental e inalienável.

    Assim, ao discutir casos como o de Michael Jackson, é indispensável se desvencilhar
    dos rifões, como os reverberados pela vizinha da avó de Rafael e buscar uma
    compreensão fundamentada nos princípios éticos e jurídicos. Esta não é apenas uma opinião, e sim um alicerce essencial para a
    busca da verdade e da justiça em qualquer cenário. Embora a ideia de permitir que um filho meu compartilhe o mesmo espaço de sono
    com um adulto possa suscitar desconforto e preocupação, reconheço a
    importância de defender o princípio da não culpabilidade (sim, mesmo que a intenção de Rafael seja a de me depreciar, ele pode me chamar de advogado, eu gosto da ideia).

    Ao abordar o caso de Michael Jackson, é possível sentir uma dualidade entre a
    inquietude parental e o compromisso com valores éticos e legais. Em sua vida, o
    artista enfrentou desafios mentais notáveis, manifestados, por exemplo, na sua síndrome de Peter Pan.
    Contudo, a compreensão dessas vulnerabilidades mentais não justificam ou minimizam
    a cautela referente a situações de convívio próximo entre adultos e crianças, mas este discernimento
    destaca a complexidade. Encontrar um equilíbrio entre a proteção das crianças e o respeito aos direitos e dignidade de todos os envolvidos é um desafio delicado, mesmo que pareça difícil para Rafael, devido às lembranças afetivas da vizinha de sua avó. Assim, é possível manifestar preocupações parentais legítimas, ao
    mesmo tempo em que se ressalta a importância de respeitar a dignidade da pessoa
    humana, considerando as nuances do estado mental de uma figura como Michael
    Jackson.

    Aliás… Ah, a saga dos Chandlers e Michael Jackson, um enredo digno de uma trama confusa. Em 1994, o processo civil chega ao seu epílogo com um acordo financeiro de 23 milhões de dólares, contudo, as cortinas não se fecham totalmente. O Ministério Público persiste nas investigações criminais, pois, como bem sabemos, não está acorrentado aos acordos civis. No entanto, os Chandlers recusam-se a participar desse ato subsequente, alegando exaustão da exposição midiática e um desejo ardente de seguir adiante.

    Curioso como Rafael vislumbra nessa atração por personagens tão duvidosos e um desembolso vultoso de 23 milhões, uma espécie de confissão sombria, especialmente quando a plateia concorda com esse ponto de vista. “Supremo é o povo”, não é assim que diz o ditado? Parece que Rafael adere a essa máxima.

    A recusa obstinada da família Chandler complicou a vida dos promotores, os privando de provas suficientes para incriminar o artista, caso ele realmente tenha abusado do garoto. No mesmo ano, o caso é arquivado, e a recusa em depor é interpretada de maneiras diversas pelos defensores e acusadores. Aqueles que defenderam/defendem Jackson viram nisso uma evidência de avareza dos Chandlers, os acusando de inventar as acusações por dinheiro. Argumentaram que, se realmente aconteceu, a família tinha o dever moral de colaborar com a justiça. Já os acusadores alegaram/alegam traumas e medo, uma visão que, suspeito, Rafael compartilhe. O acordo pode ser visto como um desafio ao sistema judiciário americano, mas não é carta branca para a impunidade.

    Paguei para ver, de fato, no sentido de testemunhar com deslumbramento digno de ópera a tentativa de navegabilidade nas profundezas das contradições de Rafael, envolto em um manto de achismo popularóide conduzido pelas convicções robustas dos tabloides estrangeiros. Que requinte ver sua concepção habilmente disfarçada sob a cortina repetitiva de meu nome, como se tal repetição conferisse meu constrangimento. Apesar de eu reiterar seu nome, não o faço com a intenção de o constranger; creio que, no máximo, isto provoque breves sorrisos em Rafael. Na verdade, minha intenção é proporcionar um toque de graça ao texto.

    Michael Jackson, por Rafael, antes culpado por um conjunto de evidências, agora condenado por ter atraído uma fauna golpista que o acusava de pedofilia? Isso é como afirmar que uma vítima de roubo é responsável pelo roubo ou que alguém caluniado é culpado pela calúnia; o exemplo de Rafael é um exercício de lógica que faz Irving Marmer Copi despertar de seu túmulo. Sejamos sensatos, avaliar a validade de um argumento exige mais do que meras conjecturas e emoções, como os flauteios anteriores de Rafael tão claramente expuseram.

    A propósito, acredito que as referências políticas de Rafael, talvez não se alinhem a Alborghetti, Sargento Fahur ou Sikêra Júnior, mas seus princípios transpirados nas entrelinhas dessas opiniões impregnadas de parâmetros caricatos, indicam que sim. Opinião, ao contrário do ânus, não é inata, mas construída socialmente, e lamento informar que a de Rafael é tão sensacionalista quanto o Balanço Geral.

    • Não adianta continuar a piadinha do pix para disfarçar a pancada que você levou, mas se queres um empréstimo, podemos conversar.

  2. Moises meteu a maior tergiversação que eu já vi em caracteres. Parabéns para o craque.

    Mas será que ele deixaria um filho dele dormir com o Michael Jackson para defender o devido processo legal?

    • Como já dizia os antigos: vira o disco.

      Vocês sempre vêm com essa, não foi à toa que fiz menção a figuras “curiosas” como Alborghetti, Sargento Fahur, Sikêra Júnior, enfim. Falta muito ou pouco para vocês se associarem ao PL, ou até mesmo ao MBL? O MBL, inclusive, tem se destacado pela excelência na violação de direitos fundamentais e na habilidade em se eximir de responsabilidades, conforme evidenciado no caso do Padre Julio Lancelotti.

      A presunção de inocência é minha musa, Lucas, e o respeito pelas formalidades jurídicas é meu traje de gala. A justiça exige que ergamos o estandarte da imparcialidade, não o cobertor da imprudência parental. Minha convicção é a de que Michael Jackson, como qualquer ser humano, merecia ser submetido à lei em sua plenitude, livre de boatos, acusações levianas ou preconceitos. E, que sua imagem, hoje, seja regida pela balança imparcial da justiça, não pela volatilidade de opiniões mal fundamentadas por tabloides britânicos e norte-americanos, há décadas.

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