Manuel Bandeira e Nicole Kidman

Assim como a Inglaterra é a mãe das pesquisas científicas inúteis, os Estados Unidos são o pai das pesquisas comportamentais sem noção.

A última pesquisa da revista Esquire, a VIP Exame deles, pergunta com qual celebridade as mulheres deixariam seus companheiros dormirem.

45% deixariam que seus homens fossem para a cama com a Nicole Kidman. Em compensação, apenas 18% deixariam que ele fizesse folhinha verde com a Britney Spears.

Isso reforça a tese de que a Nicole é a mais mulher mais bonita com quem ninguém tem sonhos eróticos. As pessoas simplesmente não a acham sexy, e portanto têm menos ciúmes. Sua beleza estonteante representa um ideal infantil.

O que me deixa em mais uma minoria, das tantas a que pertenço. Mas pelo menos agora tenho a boa companhia do Manuel Bandeira, o primeiro a tirar as palavras da minha boca:

O meu amor porém não tem bondade alguma.
É fraco! fraco!
Meu Deus, eu amo como as criancinhas…

Test drive de real dolls

Eu já escrevi sobre as real dolls, aquelas bonecas de silicone que fazem as vezes de uma quase mulher ou de um quase homem.

Um maluco resolveu testar as danadinhas, na seção “I Did if For The Science” da revista Nerve.

Ainda estou indeciso se rio ou se choro com a experiência.

O sujeito tem um ponto de vista simples:

Somewhat degrading? Sure, but so is making nice at Thanksgiving with the family of the person you can barely stand to look at anymore.

Talvez o melhor sejam as revelações do final. É esquisito, bizarro, mas acima de tudo é curioso.

O estranho caso do alemão tarado

Há, definitivamente, poucas pessoas que eu gostaria de conhecer no mundo.

Mas provavelmente gostaria de conhecer este alemão.

Por inclemência do sistema legal teutônico, que não entende as carências básicas do seres humanos, o desempregado perdeu uma ação em que pedia ao Estado que lhe fornecesse livre acesso a pornografia e entrada grátis em bordéis. A alegação: sua mulher está na Tailândia e ele tem, digamos, necessidades.

O Estado alega que o serviço social não tem a obrigação de satisfazer os apetites sexuais desse sujeito.

Mundo injusto, este, em que uns comem a Giselle Bündchen e outros não podem sequer ir ao puteiro da esquina.

Do divã do dr. Galvão

Do Amorous Propensities:

The most frequently asked question among males: Whether the size of their penis is normal. Among females: Whether they can get pregnant by rubbing up against someone or having sex in a pool.

O dr. Galvão, PhD em safadeza e deboche, informa às adolescentes ansiosas que fazer saliência na piscina pode resultar em gravidez, sim. E o girino que nascer vai ser campeão olímpico de natação.

Noivo, pode beijar o noivo

Com a confusão sobre o casamento gay, pastores anglicanos na Inglaterra estão dizendo que preferem ser processados a realizar casamentos de transexuais, o que poderá ser obrigatório graças à futura Lei de Reconhecimento Sexual.

É uma discussão interessante sobre os limites do casamento.

Parece lógico que tão justo quanto dar a homossexuais o direito de oficializar sua união é reconhecer o direito de uma igreja ou qualquer outra instituição de manter seus princípios. Já não se fala mais de justiça ou de igualdade, mas de um grupo impondo suas convicções a outro. E quando isso acontece ocorre injustiça.

A questão é que qualquer clube tem suas regras. Se discordo delas, tenho o direito de não fazer parte dele. Se passo a discordar depois de entrar, tenho o dever de sair. Por exemplo, um padre não é obrigado a se ordenar; mas depois que se ordena, é uma questão de ética se manter fiel aos seus votos. Se acha que não dá — e acho que é impossível seguir aqueles absurdos –, e eles não querem mudar, saia. Mas é hipocrisia continuar querendo o melhor de dois mundos muitas vezes antagônicos.

Se é injusto impedir que duas pessoas que se amam legalizem sua relação da mesma forma que heteressexuais, é também injusto exigir que uma igreja violente seus princípios. Não custa lembrar que religião e Estado, de uns tempos para cá, viraram coisas separadas.

Obrigar uma igreja a realizar um ato que julga um grande pecado é um profundo desrespeito a ela. Desnecessário, inclusive: não me parece que as pessoas precisem das bênçãos de pastores ou igrejas para serem felizes.

É também burrice. Com exceção da direita mais conservadora, a maior parte das pessoas sensatas é favorável à união civil de homossexuais. É fácil reconhecer o direito de alguém de se tornar reconhecido como o companheiro de outra. Mas quando se trata de ir de encontro àquilo que as pessoas acreditam ser maior que elas, como a religião, a coisa muda de figura.

Que me desculpem a grosseria, mas bater pé para entrar na igreja vestindo branco é viadagem.

E a propósito: a Igreja Rafaélica de Todos os Tostões realiza casamentos homossexuais. Mas a taxa é mais alta.

As pequenas contradições da vida

Na Arábia Saudita, como em boa parte do mundo islâmico, sodomia é crime.

Mas curiosamente os gays sauditas têm mais liberdade do que no Brasil, o país da tolerância.

Lá, casais heterossexuais não podem andar de mãos dadas nem beijar em público. Mas gays podem, por uma falha imprevista dos costumes extremamente machistas do Islã.

Esses paradoxos são a graça da vida, e o que faz o entendimento dos costumes de tantos povos diferentes ser tão difícil.

Aquele obscuro objeto do desejo

De vez em quando vejo reclamações sobre alguém que retrata mulheres como objetos sexuais.

Curioso. Porque mulheres são objetos sexuais. Pelo menos em alguns momentos.

E ai daquele que não achar isso na hora que elas querem.

Vida de cachorro

Do Amorous Propensities:

Dr. Melvyn Greenberg said: “An intact male dog has no pheromonal or odoriserous attraction towards a human female. The male dog has no inherent desire for sexual copulation with a human female.
(…)
He said a male dog cannot be changed to perform sexual intercourse with a human female. The dog would have to be masturbated, held under appropriate restraints and forced by a human to enter a female vagina. A minimum of six men would be required for such an exercise.

Resta dizer três coisas.

A primeira é que, em relação a esse tipo de uso de cães, não é exatamente o pênis que interessa.

A segunda é que na Inglaterra vitoriana, onde o homossexualismo masculino era crime — como bem sabia Oscar Wilde –, o lesbianismo era “liberado”. A razão era simples: a rainha Vitória não acreditava que duas mulheres pudessem fazer aquilo.

Terceira: alguém lembrou de avisar isso aos yorkshires das senhoras de Copacabana?

Quarta (eu não aprendi matemática no colégio): cachorros podem até não gostar de mulheres, mas que são fissurados numa perna, ah, isso são.

Felacity

No Panamá, mais exatamente na província de Chiriqui, há uma cidade chamada Boquete.

Dizem que os panamenhos de lá têm o péssimo hábito de falar de boca cheia.

Ai, meu Deus, como é bom

Antes tarde do que nunca. Chamada da revista Enfoque de agosto do ano passado, destinada ao público evangélico:

Sexo e prazer no casamento

Pesquisa revela que casais evangélicos são liberais, adotam sexo oral e são motivados a buscar maior satisfação sexual no casamento

Ahn… Será que perguntar pelas bundinhas é perguntar demais?