O Ceará tem um problema.
É impossível achar uma empregada doméstica.
Todas decidiram que eram cantoras e entraram numa banda de forró.
Se há uma razão para o Ceará ser execrado pelas gerações vindouras, é pela invenção dessa coisa bizarra que são as bandas de forró tipo Mastruz com Leite, Mel com Terra, Cu com Merda, Magníficos, Calcinha Preta e tantas outras que atentam contra uma das mais belas tradições brasileiras.
O forró, o baião são uma das mais interessantes tradições nordestinas. Luiz Gonzaga é um gênio absoluto; basta ouvir “Karolina com K” e “Sá Marica Parteira” para se perceber, imediatamente, que se está diante de um dos maiores cronistas do espírito nordestino, no que ele tem de maior. E mesmo intépretes menores, como Genival Lacerda, refletem aquela característica sacana e safada do nordestino, com o duplo sentido sempre presente, com aquela vontade de falar sacanagem. E os discos de Genival eram produzidos por Sivuca.
Mas essas bandas cearenses, e todas aquelas que seguiram a sua inspiração, são, em uma palavra, asquerosas. A música é podre, um pastiche que mistura um laivo de forró ao mais ignóbil brega. É música ruim pasteurizada ao extremo, com cantoras sem nenhuma qualificação e dançarinas saídas diretamente do puteiro mais próximo.
Nao dá para sentir um pouco de revolta ao ouvir o que fizeram da música nordestina. E isso é culpa do Ceará. Aqui se dança um forró esquisito — fazendo “treatro”, como diria Luiz Gonzaga. No resto do Nordeste forró é uma dança a ser dançada a dois, pertinho, agarradinho, com as coxas entrelaçadas; mas no Ceará os parceiros apenas tentam se exibir de todas as formas possíveis. E aí é um tal de jogar a mulher para cá, jogar para lá, e todos dão voltinhas e giram como piões sem rumo.
Um dia o resto do Nordeste ensina esses cabecinhas-chatas a dançarem forró de verdade.
Putz! Cu com Merda? Existe esse? Bem… todas essas aí são um cu… uma merda mesmo. hehehehe
nem toda banda de forro e um cu
avioes e um show