Por Cipy Lopes
Final dos anos 70. Salvador, como outras grandes capitais brasileiras, foi invadida por grafites. Expressão de rebeldia num momento de grande mobilização na cena política do país, dos gritos que precederam ao ‘Diretas Já’, grafites como ‘Faustino’, ‘Baldeação’, ‘Mancha’ e ‘Madame Min’ alegravam a cena urbana da cidade da Bahia. Nas manhãs, quando eu saía para o trabalho (morava na Graça e trabalhava no Caminho das Árvores – trajeto relativamente longo) levava a expectativa de ver as frases engraçadas, inteligentes, carregadas de teor político-social, escritas sempre na madrugada em muros estrategicamente escolhidos. Mas o meu grafite preferido era o Faustino.
Nascido em 1979, Faustino foi o pioneiro e, pra mim, o mais expressivo personagem que o spray revelou nos muros brancos da velha cidade. Trazia um humor sutil e bulia com as pessoas com suas tiradas jocosas. Simpático, era totalmente integrado à nossa urbanidade, e nunca ficava despercebido, nem mesmo ao mais desatento, distraído e alheio caminhante ou passageiro das avenidas daqui.
Faustino cheira o fio dental é uma das muitas frases que li por aí e que guardo na ‘gaveta’ como testemunho de um tempo difícil em que manifestações anônimas – e proibidas – me contentavam. Em qualquer lugar, Faustino sempre era motivo de boas conversas e ótimas risadas. Mesa de bar, trabalho, faculdade, nada escapava.
Uns tantos reclamavam muito da ‘sujeira’ nos muros. Pra outros, isso de ‘sujeira’ passava ao largo. ‘A Tarde’ – o maior jornal local – era uma voz reclamona. Faustino é assinante d’A Tarde foi uma reação de pronto às matérias publicadas sobre a ‘sujeira’ na cidade. E o pessoal do jornal gostou da brincadeira.
Filho da crise, Faustino faz piquenique no motel, vendeu o ouro do dente e carrega uma calculadora na capanga. E ele quitou o carnê do bloco. Já podia receber o kit que fazia a alegria dos foliões da classe média: mortalha, chapéu e mamãe-sacode. Nesta época os blocos de Carnaval e os promotores de espetáculos colavam cartazes pela cidade, muitos deles em cima das frases que o imortalizaram, pelo menos pra mim.
Cafona-nostálgico-saudosista, Faustino usa calça Topeka, lava a roupa com Rinso e usa escovinha pata-pata. Faz curso Madureza e tem um gosto musical pra lá de especial: aprecia o Trio Yrakitan e ouve Julio Iglesias. Ah, ele também canta no coral da empresa.
Faustino tem um terreno na Ilha (Itaparica). E status! Este era um dos sonhos de consumo da classe média soteropolitana. Outro sonho realizado foi quando ele tirou um Chevette Jeans no consórcio. O modelo escolhido atesta a sua cafonice, e no consórcio, a alternativa da hora. Cafonice também foi possuir uma pasta 007, inicialmente símbolo de executivos bem sucedidos e que à época era usada por contínuos nas suas caminhadas diárias pelas agências bancárias do Comércio, o nosso centro financeiro.
Interessante é que todos comentavam sobre Faustino, mas ninguém sabia quem era o seu criador, até que os jornais ‘Correio da Bahia’ e ‘A Tarde’, em março e abril de 1984, respectivamente, lhes dedicaram uma página inteira cada um. E Faustino teve, aos 4 anos, a identidade paterna revelada: Miguel Cordeiro, economista, fã do rock do ‘Camisa de Vênus’, então com 28 anos. Confesso que esta revelação me foi uma espécie de semi-alegria. O fato de não saber quem fazia aqueles grafites trazia uma sensação diferente.
Miguel Cordeiro fazia desenhos também, e os apresentava na galeria aberta que eram os muros das Av.s Manoel Dias da Silva e Paulo VI, na Pituba; o final da Oito de Dezembro, na Graça; Marquês de Caravelas e Afonso Celso na Barra, para lembrar alguns. Sim, geograficamente a história de Faustino e a arte plástica de Miguel foram expostas entre a Barra e o Caminho das Árvores.
E taí o Faustino.
Bons tempos aqueles em que se saía de casa e se encontrava um bom humor; uma graça poética dessemelhante pelas ruas, num diálogo charmoso onde o sorriso discreto, ou não, sempre brotava.
Não ouvi mais falar em Faustino, como também no seu pai. Ele, o cafona simpático, vive na minha lembrança e deve viver também na lembrança dos apreciadores da arte que tinham a Soterópolis de então, e que levam a Bahia a sério.
Adorei, Cipy. 🙂
Belo texto, Cipy. Mas, er, bem, eu sou suspeito pra falar. 😉
Salve Faustino.
Viva a cidade da Bahia.
E parabéns a Cipy!
Faustino foi um daqueles personagens que possuem o dom de suavizar a realidade urbana. Bom texto, mas quem é Cipy Lopes?
Allan, a Cipy é uma grande blogueira sem blog.
: )
Não peguei mais o Faustino, mas, na segunda metade dos 80, todo mundo ainda comentava sobre ele em Salvador.
Comecemos a grafitar por aí: um blog para a Cipy, já!
Cipy, este post me obriga a reforçar o pedido que já lhe fiz via MSN: faça um blog!!! 🙂
Também deu vontade de encontrar uma dose de humor nas corridas manhãs paulistanas. Engrosso o coro, o texto está muito bom! Bjs.
Cipy,
últimas notícias. Urgente.
O seguinte é este. Fautino tem síndrome de Peter Pan. Miguel Cordeiro, quase cinquentão, atualmente ( atualmente, nada, já faz um tempinho) tem uma banda de Rock chamada Koyotes, que de quando em vez toda na noite soteropolitana.
Ah, sim. Um dos clássicos do Camisa de Vênus, Simca Chambord, é de autoria do enfant terrible.
abraços.
Gostei de saber sobre este personagem tão interessante. A grafitagem (existe essa palavra?) é um fenômeno global com fortes características locais. Mais ou menos na mesma época que você descreve aqui no Rio surgiu intrigante grafite “Celacanto provoca maremoto”.
PS: O texto ficou muito bom. Espero que agora você se convença de que TEM QUE criar um blog.
Rafa, aquele beijo! 😉
Mow, Du, Allan, Luciana, brigada!Bjos!
Claudio, ‘grande blogueira’ foi demais, n? rsrs Bjo!
Idelber, valeu pelo incentivo. Tô pensando … Bjos procê!
Ina, o pedido de mestre mto me orgulha! Beijão!
Viva, eu já ouvi falar co ‘Celacanto’. Legal q vc gostou do Faustino. Brigada pelo incentivo, viu? Bjo!
Franciel, valeu pelas notícias! Bjo!
E a Cypi que ficou de me mandar um artigo pro SOPA…Traidora!!! O artigo é muito bom. Miguel Cordeiro é o vocalista dos Coyotes
Fiquei curioso para conhecer mais sobre os trabalhos deste Faustino. Na cidade que nasci existia um grafite muito antigo, que por tão antigo e conhecido era ponto de referência. Tinha até nome a obra, chamava-se “O enterro do não”. Fiquei triste outro dia que passei na rua e a prefeitura dera nova tintura ao muro apagando o enterro do não.
Deliciosa crônica urbana ainda mais por se tratar de algo que lida com o visual, com o enxergar, tema que particularmente eu adoro. Se criar um blog, faça de seus textos o mesmo que Faustino fez com seus grafites, cujas aparições eram aguardadas mas inesperadas. Tudo que vira obrigação perde o encanto. Beijos!
BABEI!
…
cipy, LINDAAAAAA!!!!
…
MONTE UM BLOG!!!!!
…
:>*
Faustino está no orkut e tem um site, além de fazer parte da campanha para que a Cipy tenha um blog!
Oi, Rafael
Maravilhosas lembranças, num texto bem escrito e que nos remete a coisas saborosas do passado. Essas marcas que não gostamos de apagar!
Abração
fernando cals
Cipy!
Não é novidade o tanto que você escreve. Novidade foi o Faustino. Obrigada por me apresentar a mais esse capítulo baiano que mesmo depois de 20 morando aqui não conhecia. Êta memória dos diabos! Pude ver o Faustino com todas as cores…
Beijo grande,
Gustavo, n fique brabo.rsrsr Terá texto meu no SOPA, sim! Bjão!
Tata, brigada! Bjos!
Bia, o blog vem depois … Valeu, lindo! Bjo!
Doni, valeu! Bjo!
Fernando, brigada! Bjo!
Shi, q bom q te apresentei o Faustino. Brigada, viu?
Bjos!
Chegar aqui depois de todo mundo ter dito isso vai ser repetitivo, mas… Cipy, tô doido pra ver teu blog. Você não vai simplesmente deixar de ser a desblogada mais charmosa pra ser a blogueira mais linda: vai ser um blog bem interessante, a julgar por esse texto. Não custa nada, Cipy. Se até o Bia(porra! até o Bia!!!) tem blog, pq que tu não tem?
beijo do grilo. 🙂
Cipy,
Pura delícia a lembrança de Faustino. Obrigado! Vão mais algumas pérolas de dito cujo:
– Irmã Dulce pousou pra Playboy.
– Faustino usa camisa Volta ao Mundo.
– Faustino faz xixi no box (do banheiro, explico eu).
Abraços,
João
Oi amiga,
Amei seu texto. Tb adorava Faustino. Um dia desses estava me lembrando dessa: “Irmã Dulce tem conta na Suiça”…
Era um tempo que ríamos mais e, consequenemente, éramos mais felizes!
Beijos e saudades
Grilo, brigada pelo carinho e incentivo, viu? Bjos!
João e Nádya, q bom q vcs conheciam o Faustino e tinham o riso inaugural c suas tiradas. Valeu pelas frases, tb. Essa do xixi, n lembrei … Brigada!!! Bjos,
Mais uma belissíma lição de vida e aprendizado com essa mulher MARAVILHOSA!!!
Cipy vc faz muita falta, ontem estive no Olivier e ouvi uma moça comentar assim “O rapaz que se relacionar comigo tem que gostar de mim em tudo, pq eu sou o que gosto”, coisinhas como essas me faz lembrar de vc sempre, saudades do seu bom gosto musical, suas reflexões em sala, suas boas histórias de vida e da forma FELIZ que vc conduz a sua!
Espero que ainda lembre de mim, vc me fez visualizar o mundo com mais poesia e beleza!
Beijos recheados de carinho e admiração da aluna que sente muito sua falta 🙂
Jana
Brigadíssima pelas palavras e pelo carinho, Jana. Claro q me lembro de vc!!!
Beijocas,
Cipy!
Adorei o texto, valeu garota.
Beijos
Iste
Três vivas para Cipy!!! Ótimo texto. Parabéns. Quero sentir você senpre sorrindo, viu? Saudades da minha “extra” professora. Lembra?
Um beijão bem grande,
Dani.
Lembro-me que ao ler as mensaens de Faustino sorria com o canto da boca. Relendo, hoje, abro um sorriso imenso na alma! Obrigado por remeter-me a uma das poucas coisas boas daquela época tão difícil. A propósito, o Miguel era nosso colega de Faculdade. Era mesmo? Economia, UFBA, 75 a 79?
Faustino foi o grafiteiro mais inteligente quando os intelectuais nem pensavam que grafite era arte urbana!!!!
Adorei o texto!!parabéns!!
Eu tb amo Faustino!
confesse q tive uma surpresa muito agradável ao ler o texto de cipy lopes sobre o faustino. sem dúvida, um dos mais legais q já li. apesar de eu ser o autor do personagem sempre me surpreendeu as reações q ele provocava e q ainda provoca. fiz mais de cem frases do faustino e até hoje aparece alguem falando frases tiradas da gaveta da memória. aí vão algumas:
faustino compra bom bom pro chefe
faustino mora com a tia
faustino usa emplastro sabiá
faustino coleciona flâmulas
faustino assiste rin tin tin
e uma q estou morrendo de vontade de grafitar nesta nossa época:
faustino sai correndo atrás do carro de lula
Cipy, adorei ter lhe visto hj…e o texto, bom é até clichê falar de um texto seu, né? Uma pessoa maravilhosa que despertou tanta coisa em mim…como a paixão adormecida por poesia…tá fazendo falta, viu minha mãe? Beijos.
Miguel, legal q vc gostou e q massa trazer mais frases, viu? Beijo.
Manu, valeu! Bjo.
mais do que apenas tiradas engraçadinhas, miguel”faustino”cordeiro até hoje ousa desafinar o coro dos contentes que se tornou a cidade de salvador. coisa que, na conformista e conformada bahia , não é pouca coisa.
Gente, Irmã Dulce tem conta na Suiça não é do Faustino, mas de um amigo dele que na época tb grafitava, o Renato da Silveira, junto com o Nildão. Miguel continua o mesmo roqueiro ligadíssimo à contra-cultura e se posiciona sempre no cenário baiano para dor de cabeça dos pseudo-intelctuais-artistas soteropolitanos. Faço um trabalho de mestrado sobre os graffitis de Salvador, daí a certa familiaridade…adorei o texto, dei de cara com ele por acaso na net. Abraços a todos.
Pouco conheço da Bahia e nada das ruas citadas no texto, mas da História do Brasil que conheço, posso perceber que as esperanças de milhões de pessoas eram alimentadas por Faustinos de todo o país.
Relembrar momentos como esse, é renova esperanças, é trazer um saudosismo gostoso, principalmente pela forma que foi escrito.
Fico feliz em ter uma amiga tão talentosa com as palavras, que hoje em dia, faltam para a maioria de nós simples mortais, mas que sobram para pessoas sensíveis como a Cipy.
Parabéns, eu adorei!!!
O Sr. Miguel, de fato tem uma banda chamada Os Koyotes que eventualmente toca nas noites soteropolitanas. Não sou nenhuma autoridade do rock, nem tenho a pretensão de, como hj faz o Sr. Miguel, ser o legitimador do rock baiano, porém tenho a impressão que a força criativa do pai de faustino se esvaiu pela década de 80. Além do cássico gravado pelo Camisa de Vênus, nada de muito substancial foi feito!
Os shows de Os Koyotes não acrescenta muito além de uma ligeira nostalgia para quem “curtia” um rockezinho. Assim mesmo, no diminutivo!
mas q inveja hein lupus. com certeza vc deve ser um desses baianos q nao gostam de ver outro baiano brilhar. mas se tem um cara com dignidade q faz um trabalho com consistencia na area da cultura na bahia esse cara eh o miguel cordeiro. e seja nas artes plasticas ou com sua banda os koyotes. eh claro q os koyotes nao fazem um rock juvenil, pesado e bobinho e sim com muitas referencias, boas letras e uma pegada bem rock and roll. eh claro q o lupus, q de lupino nao tem nada, nao percebe essas coisas. e o q miguel fez com os grafites do faustino, um dos pioneiros do movimento em todo o mundo ja tem o seu nome na historia.
o cara foi um dos primeiros a grafitar ruas das cidades, o cara é co autor do clássico simca chambord e o q o lúpus fez de destaque. talvez tenha uma dessas bandinhas de rock pesado sem cerebro. só para lembrar. o miguel escreve num blog chamado clashcityrockers.blogspot.com e com sua escrita provilegiada, ironica e provocadora costuma polemizar com alguns roqueirinhos de salvador q acham q sabem tudo. e o q parece é q esse tal de lupus eh um desses incomodados. o comentario do tal lupus q mais parece um docil totó é um poço de rancor e inveja.
Eu xou uma mulher de poucax palavrax, portanto xó tnh uma coixa a dizer, é k o xeu texto ficou lindamente!
Jnhx da manxa negra, pexoa k vc n conhexe.
Cipy, quero parabenizá-la pelo texto suave e bastante esclarecedor sobre a figura do Faustino. Hoje, por sinal, mantive contato com o Miguel, a fim de agendar uma entrevista com o pioneiro do grafismo na Bahia. O material vai servir de base para a minha abordagem. Registrei em 1985, algumas perólas dele e de outros, como Climax, Formiga Atômica, BL, Dr. Chad o Invalível, inclusive dos tempos atuais, para um projeto que estou montando. Permita-me usar alguns parágrafos do seu texto para ilustrar a minha exposição.
Parabéns.
JFParanaguá.
Oi Cipy!!!
to aprendendo um pouco sobre faustino!! heheheh.. realmente eh mto bom saber sobre historias q naum deixaram de ser esquecidas!
bju prof
Figura importante na história do graffiti baiano,sem duvidas!!!
http://www.denissena.com
Bem, adorei o blog embora controverso, às vezes… Conhecer um pouco da história da Bahia, contada através de uma arte clandestina/marginal, o grafitti, também chamado de “pixação” pelos ignorantes, é sensacional! Nasci em 75 e como filha da ditadura (e se a dita fosse mole eu não taria aqui (o trocadilho foi inevitável!) saber da história do Miguel Cordeiro que poderia ser um cara bossal e optou por outros vieses dá um gostinho de criatividade, de mistério, um gosto bom de pensar… Então, pra não perder o fio do raciocínio, o Faustino e agora a Cipy fazem parte da história real, esta que passa ao largo da oficial e tornam as nossas vidas mais felizes… Hoje, diferente da década de 80 o grafite é estudado na universidade! E tudo isso nos ensina que o preconceito é a pior doença que pode existir! Ainda estou extasiada com a crônica da Cipy e o lendário Faustino! Lembro ainda aquela música maravilhosa cantada pela Marisa Monte: “Gentileza” Dedico a você Miguel e a Cipy também! Parabéns!
Bem, Falando em grafitti sendo pesquisado na universidade não me deixa mentir o Denis Sena, aí acima, rsrsrs. Era dele mesmo que eu falava no outro comentário!
No mais, quanto ao Miguel Cordeiro, encontrei o blogg dele e mando o link pra quem tiver interesse: http://www.miguelcordeiroarquivos.blogger.com.br/
Valeu!
O mais interessante disso tudo é que aqui no Rio também tinha esses grafites do Faustino.
Eu lembro bem que na saída do túnel que liga a Barra da Tijuca a São Conrado tinha dois grafites que diziam:
Faustino vendeu o ouro do dente (com direito a desenho retratando o fato).
Faustino vê Chispita.(Também com desenho).
Foi muito interesssante conhecer Miguel Cordeiro, o autor intelectual do personagem Faustino. Em minha mostra fotográfica “A Arte na Rua”, ilustro com imagens em preto e branco: “Faustino adora Mu-dança, Faustino compra bombom pró chefe, Faustino pinta as unhas”. Muito oportuno a citação de Fernanda Almeida (set/2007), sobre o blog dele. Recentemente ele recebeu um elogio do jornalista Ricardo Noblat. Vale à pena acessar.
é interessante observar que artistas da qualidade de miguel cordeiro seja boicotado tanto pela política cultural da baianidade carlista quanto pela política cultural da baianidade petista.
Tinham duas frases dele que eu gostava muito… FAUSTINO FAZ AS UNHAS e FAUSTINO TEM MADRINHA DE CRISMA. Por onde anda esse cara ? Alguem sabe ?