John Lennon

John Lennon esteve em extrema sintonia com o seu tempo, e muitas vezes à sua frente. Ele se achava um gênio; provavelmente era. É muito para se dizer de um artista pop, mas a poucas pessoas no mundo do showbiz esse epíteto se aplica tão bem. Lennon foi parte do que se pode chamar de o primeiro grande fenômeno de massas produzido pelo marketing moderno, e o único que, ainda em termos de mídia, sobrepujou o rótulo que veio daí.

Mais do que produto de marketing ou gênio, entretanto, ele foi um produto de sua época. Uma época conturbada, rica em mudanças e em estremecimentos sociais, da qual o beatle foi, ao mesmo tempo, causa e efeito.

Para Lennon, tudo ocorreu no momento exato. Foi ingênuo quando a juventude, que surgiu como mercado consumidor e como grupo social com características próprias durante os anos 50, se consolidava como segmento social e como mercado consumidor; psicodélico quando essa mesma juventude começava a acreditar no que diziam que ela era e tentava moldar o mundo à sua imagem e semelhança; iconoclasta quando esse psicodelismo dava os sinais mais prementes de exaustão e o mesmo mundo que tomou um porre de juventude entrava em ressaca — e descobria que ressaca não mata; radical de esquerda quando os reflexos de 68 tomavam corpo e preparavam Watergate. Finalmente, saiu de cena para cuidar do seu filho, quando a geração à qual fornecera a trilha sonora crescia e começava a perceber que o mundo, afinal de contas, não havia mudado tanto assim, e que, ora bolas, ninguém era muito diferente dos seus pais — o que significava encarar o mundo e ter que ganhar a vida. Ou seja: entrar no establishment, daquele mesmo jeitinho tão criticado. Grand finale: morreu tragicamente antes de entrar em decadência e ser ultrapassado pelos mais novos rebentos da juventude.

Os eternos fãs de Lennon se lembrarão para sempre de um homem à beira dos 30 anos, com cabelos castanhos compridos e óculos redondos com grau fortíssimo. A grande maioria nunca ouviu falar do quase delinqüente juvenil dos anos 50, em Liverpool, e faz questão de não levar a sério o ídolo pop que, embora apenas aparentemente, lembrava o Menudo. Os Beatles provavelmente ficarão para sempre na história mundial, mas cada dia menos se falará que eles, em suas turnês, eram obrigados a seguir todo o roteiro da bajulação: davam abraços a torto e a direito em prefeitos, crianças e socialites feias como o pecado, nos mais assombrosos grotões do mundo. Tampouco lembrarão que perto do fim dessas turnês, já não conseguiam lotar os teatros e estádios nos quais apresentavam a mesma fórmula batida. O aspecto comercial dos Beatles será relevado em favor do grande mito que alimenta a indústria, talvez com razão.

Na verdade, música pop não passa muito de indústria. Uma indústria que teve seus alicerces modernos plantados pelos Beatles. Mais que qualquer outro, Lennon tinha consciência disso. Tanta que, ao ser fisgado de verdade pelo sonho hippie, fez o possível para negar o seu passado, e mostrar ao mundo que o sonho havia acabado — o sonho dele, provavelmente porque já havia nascido maculado, a partir do momento que ele podia ver como a indústria alimentou e praticamente criou esse movimento. Nada era tão belo como pensavam. E isso só aconteceu porque, mais do que ninguém, Lennon acreditou no sonho enquanto paradoxalmente tentava destruí-lo.

***

Não fosse o rock and roll, Lennon estaria fadado a ser um operador de guindaste no porto de Liverpool, ou funcionário público de Sua Majestade. Era filho de uma mulher que, em qualquer tempo, seria conhecida como meio maluca — já pesou sobre ela a acusação injusta de ter sido prostituta — e que não foi minimamente responsável pela sua criação. John Winston foi criado por uma tia em um bairro de classe média baixa. Aos quinze anos, já tendo a sua bandinha chinfrim de skiffle, conheceu um garoto um pouco mais novo que entretanto tocava melhor do que ele: Paul McCartney. George Harrison — que tocava guitarra melhor do que os dois — entrou logo depois. Juntos, conseguiram tocar na zona do cais de Hamburgo, Alemanha Ocidental — lugar tradicionalmente reservado a ladrões, prostitutas, malandros e marinheiros. Eram oito horas de música por noite, regadas a cerveja e anfetaminas. O conjuntinho de Liverpool foi obrigado a se superar continuamente.

Os Beatles foram para Hamburgo com a nada recomendável fama de serem uma das piores bandas de Liverpool; voltaram como a melhor. A barra pesada de Hamburgo, a necessidade de tocar muito alto, muito rápido, muito tempo os ensinou a fazer música. Em Liverpool, construíram rapidamente sua fama e conheceram um sujeito chamado Brian Epstein. A partir desse encontro os Beatles começaram a se tornar o maior fenômeno da música mundial.

A primeira providência tomada foi mudar as roupas. Casacos e calças de couro eram coisa de marginal, e mais que isso, faziam parte do imaginário dos anos 50, algo já ultrapassado. Os Beatles deviam se apresentar bonitinhos, mansos. Depois veio a mais difícil: colocar para fora da banda Pete Best. Não era um grande baterista, não se adequava à identidade visual desejada por Brian Epstein, e não era agradável aos outros Beatles, embora fosse muito amigo de Lennon. Em seu lugar entrou Ringo Starr, que de várias formas completou a entidade que seriam os Beatles.

Hoje se torna difícil imaginar o que os Beatles representavam em 1964. Eram mais que a combinação de boa música e bom marketing — uma combinação perfeita, embora às vezes o marketing parecesse encobrir o lado musical; mas basta ouvir uma canção como I Want to Hold Your Hand, que não se parece com nada feito antes, para ver que os Beatles tinham algo de realmente diferente. É fácil, hoje, desdenhar da sua música, que parece ingênua: mas aquilo era revolucionário, quase tanto quando os delírios psicodélicos de alguns anos depois. Mais que qualquer outro, foram os Beatles que inventaram os anos 60.

O fenômeno chegou a tal ponto que nos shows os próprios Beatles não conseguiam ouvir o que estavam cantando ou tocando. Lennon, irritado, dava vazão à sua frustração por ir de aeroporto em aeroporto sem saber muitas vezes onde estava, por viver em função de algo diferente do que eles haviam sonhado como a vida de um superstar, xingando os fãs fora do microfone.

Isso levaria ao fim das excursões, e parecia ser o fim dos Beatles. Não foi, pelo menos não imediatamente: ao darem uma guinada artística, priorizando a música ao marketing, os Beatles se tornaram não só a maior, como também a melhor e mais influente banda de música popular do mundo.

Mas antes disso Lennon disse que os Beatles eram mais famosos que Jesus Cristo. Uma frase que era um misto de verdade e de bravata, mas que causou uma série de reclamações, que a banda, intimamente, ridicularizava. Não era para menos: os protestos, em sua maioria, consistiam em bandos de crianças ao lado de disc jockeys de meia idade, pisando em capas vazias dos discos deles. Em apenas um show a ameaça se tornou séria, com alguém dizendo que iria atirar em Lennon. Profissionais exemplares, eles fizeram o show, esperando um tiro que não veio.

O fim dos shows, que seria um dos ingredientes que levariam ao fim dos Beatles três anos mais tarde, deixou a banda livre para ingressar na vanguarda da música popular. Eles deram um novo rumo à sua música e à música pop de todo o mundo, ao se adaptarem a uma percepção de realidade que eles mesmos ajudaram a criar. A juventude atingiu sua maturidade coimo mercado e o mundo dos “caretas” com mais de 30 anos passou a ver nela uma excelente fonte de renda. Os hippies e a contracultura viraram uma das melhores armas da indústria; e embora ninguém percebesse, o sonho na verdade era natimorto.

E então os Beatles acabam, dando os primeiros indícios de que uma era chegava ao fim; depois foram as mortes de Jimi Hendrix, Janis Joplin e Jim Morrison, três das mais importantes figuras da cena pop. Os anos 60, que haviam começado por volta de 63, chegavam ao início do fim em 1970.

Em tudo isso, Lennon era uma das figuras de frente. Era oficialmente o líder dos Beatles, por ser o responsável por algumas das mais cáusticas declarações dos Beatles e por ter sido ele quem, afinal de contas, havia começado tudo, embora nos bastidores a coisa não fosse bem assim. Paul McCartney, que nos anos 90 compôs duas peças (medíocres, é verdade) de música erudita, se afirmava como um dos maiores melodistas e baixistas do rock, além de ser o mais interessado nas técnicas de estúdio. Ele foi ainda o principal responsável pelo projeto mais ambicioso dos Beatles, o álbum Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, considerado ainda hoje, quase 40 anos depois, o mais importante disco de rock, e pela concepção do disco tecnicamente mais perfeito dos Beatles, o Abbey Road. Paul McCartney, ao que parece, era o líder musical dos Beatles — embora até hoje não se saiba, e provavelmente jamais se saberá, o que realmente acontecia dentro do conjunto. É mais sensato achar que os Beatles funcionavam como uma máquina bem lubrificada em que uma parte era indissociável da outra.

Mas era Lennon quem conseguia estar completamente antenado com o que o mundo queria. Sabia que o mundo não queria apenas música. Sabia intuitivamente o que falar e quando falar. E realmente se identificava com tudo o que interessava. Era o ícone de uma geração anestesiada e profundamente ingênua, que fazia de roupas espalhafatosas e de cigarros de maconha símbolos de rebeldia. Um dos principais artífices do que se convencionou chamar “anos 60”, Lennon, também ele, acreditou no faz-de-conta. E com o esgotamento do ideário hippie, Lennon ficou perdido.

Nisso ele não era diferente do restante de sua geração. A maioria ignorou o movimento hippie, como os jovens de dez anos depois ignorariam o movimento punk, como a maioria da juventude ignora a maioria dos movimentos, recebendo apenas os reflexos esmaecidos que são absorvidos pela sociedade. Uma boa parte atravessou essa era como quem atravessa uma crise de adolescência. E alguns entraram de cabeça e saíram por aí para ver se encontravam o tal mundo melhor. Desses, a maior parte desistiu quando viu que o caminho era longo e que nem mesmo sabiam direito qual era. Uma parte pequena afundou nas drogas, e não foram poucos os que não voltaram à tona. No fim das contas, a maioria aprendeu a se conhecer melhor e a se definir no mundo, por sua vez aparentemente modificado pela sua ação.

Para conseguir acompanhar o ritmo de sua geração, Lennon tomou LSD e heroína, fez terapia, tentou de tudo. No fundo, a única coisa que ele sabia fazer era expressar o que havia de melhor e de pior em si através da música. Além disso, como beatle ele havia provado o gosto do sangue. Não adiantava querer negar: John Lennon era um pop star, talvez o mais anatemático deles. E o seu maior trunfo, uma marca absolutamente pessoal que o distinguiu do resto do cenário pop de todos os tempos, era a extrema capacidade de se mostrar ao seu público e de se tornar o modelo máximo de identificação de sua geração.

O seu primeiro disco solo, o LP Two Virgins, gravado e lançado ainda durante o tempo dos Beatles, leva essa característica ao extremo. A capa, única em toda a história da música pop, mostra Lennon e Yoko nus, o máximo de exposição a que alguém pode almejar. Era assim que eles eram, era assim que todos deviam ser. Não interessava se o conteúdo do disco era insuportável; na época dizia-se que era vanguarda. Como não vingou, pode-se dizer que era apenas delírio.

O segundo disco continua essa tendência: a capa mostra Lennon deitado ao lado de Yoko em um hospital, e o disco mostra as batidas do coração do filho (morto durante essa sessão no hospital) e um desabafo do beatle John sobre o seu cotidiano e sobre a falta de camas nos hospitais ingleses. A letra em si não tem nenhuma qualidade literária; é só John Lennon mostrando o que sente para o seu público. O resto é a barulheira habitual. O terceiro, o Wedding Album, é mais um episódio do “Diário Público de John Ono Lennon”.

Esses discos são bastante emblemáticos. Ninguém ouviu, hoje ninguém vê. Mas ajudaram a fazer Lennon erguer-se acima da música, criando sua própria aura mítica.

Depois do fim dos Beatles, o primeiro (e melhor) disco de Lennon continua nessa direção. Ele fala da dor nunca superada na relação com sua mãe, fala das dificuldades que enfrenta ao lado de Yoko, continua sendo o referencial maior de sua geração. E é nesse disco, também, que ele se refere ao fim do sonho hippie.

Deixar de acreditar em um mito não é fácil, e para Lennon, que havia sido o próprio mito, era mais difícil ainda. Mas novamente a Providência foi generosa com ele, e a política conturbada dos Estados Unidos do começo da década de 70 (um reflexo do movimento hippie que só foi devidamente assimilado com quase dez anos de atraso) forneceu a ele um meio de defender aquilo em que acreditava, talvez o único meio que um pop star tem de ficar remotamente ligado ao seu passado comum.

Ao sair de cena, logo depois de gravar um álbum em que voltava às origens, cantando músicas que ouvia quando era adolescente, Lennon seguia o que o mundo lhe ditava, e mais uma vez estava na linha de frente de sua geração. Durante anos, de certa forma ele tentaria manter vivo o sonho que ele mesmo havia declarado morto, invertendo os papéis com sua mulher e ficando em casa criando o seu filho, enquanto Yoko Ono ia para a rua e trazer dinheiro para casa (ou melhor, gerir o dinheiro que ele conseguira). Finalmente, quando percebeu que não podia viver afastado da cena pop e voltou ao trabalho, um homem chamado Mark David Chapman deu-lhe cinco tiros, transformando-o em mais que um ídolo.

A partir daí, todos os atos de auto-exibição, os discos que ninguém ouviu, as palavras que Lennon disse fizeram sua parte. A partir do dia 8 de dezembro de 1980, John Lennon se tornava o primeiro santo da era da comunicação. Centenas de milhares de pessoas choraram sua morte.

A aura que existe hoje em torno do beatle é paradoxal. Seu espírito é baseado no Lennon contestador, o que ia para as ruas protestar e participar de passeatas, um ativista político de esquerda; mas o objeto de adoração em si é o Lennon romântico, sonhador, que se contentava em imaginar um mundo melhor. E essa imagem nem sempre corresponde à realidade. Ele sentou praça no imaginário popular como o gênio e o roqueiro; sua carreira solo, entretanto, nem sempre corresponde a isso.

Os álbuns solo que se seguiram a John Lennon/Plastic Ono Band e Imagine (Some Time in New York City, Mind Games e Walls and Bridges) não são somente melosos; são fracos também. Além de haver pouquíssimo rock and roll, no sentido clássico da palavra, a essa altura Lennon havia ido longe demais na idéia de expôr-se ao seu público; e Some Time… vale principalmente como uma crônica aguada do movimento de esquerda nos Estados Unidos em 1972.

Os casos de Mind Games e Walls and Bridges são mais graves. Esses dois álbuns não apenas constituem pouco mais que um apelo dirigido a Yoko, mas têm músicas e letras muito fracas. Era como se Lennon tivesse perdido o talento demonstrado nos seus dois primeiros álbuns.

Fazendo uma comparação: quando Mick Jagger cantava ao mundo que não conseguia satisfação, ele não somente era sincero (um pré-requisito básico da cena rock) como o seu problema era o mesmo de milhões de jovens em todo o mundo. Ao pedir desculpas para Yoko em Aisumasen, Lennon podia estar sendo sincero — mas o que é que o resto do mundo tinha a ver com isso?

A sua volta em 1980 o redimiu de todos esses pecadilhos. Conseguia transformar seu amor por Yoko em algo universal, com o qual milhões de pessoas podiam se identificar e assumir como suas, e novamente com letras de qualidade.

***

Não haveria mais lugar para o ícone John Lennon no mundo de hoje. Não numa época em que, por mais que se alardeiem mudanças, tudo continua do jeito como sempre esteve. Os tempos são mais propícios aos Paul McCartney — pessoas talentosas cujas posições políticas mais corajosas jamais ultrapassam a barreira do plenamente aceitável.

A julgar pelo seu último trabalho, talvez o próprio Lennon, se estivesse vivo, fosse mais parecido com o retrato que se faz dele, hoje. Em Double Fantasy, que ele mesmo definia como crônica de sua vida na época e conseqüentemente de uma geração Lennon falava de amor, de seu filho e da gratidão e paixão incomensuráveis que sentia por Yoko Ono. O conteúdo de suas letras não era nem sombra das canções panfletárias do álbum Some Time in New York City, por exemplo. Lennon não havia atravessado a “década do eu” impune, e estava antecipando a era Reagan. Em um mundo apático e desiludido, que assiste a guerras de verdade como se fossem partidas de video-game, cansado de tudo e com uma eterna sensação de dejà vu, não se pode imaginar aquele sujeito de cabelos compridos e óculos redondos que acreditava que podia convencer o mundo a dar uma chance à paz, sendo o espelho fiel de seu tempo, algo muito necessário quando nada parecia estar no lugar.

O que parece mais engraçado, ao se prestar atenção à história de Lennon, é que apesar de tudo o que disse, e de tudo em que acreditava, ele não conseguiu mudar muita coisa. George W. Bush pertence à geração que cresceu ouvindo Lennon. A grande mudança que se pode apontar, na realidade, é que o protesto não vende mais tantos discos. Está tudo banalizado e minimizado, foram todos absorvidos pelo temível establishment. Sintonizado com o seu tempo como era, é provável que hoje Lennon estivesse vindo se apresentar no Brasil, trazendo na bagagem a mulher e o filho, para encantar um público que viveu os anos 60 à distância cantando Imagine pela milésima vez, ou revivendo os Beatles para cantar I Want to Hold Your Hand no mesmo microfone que Paul McCartney.

Originalmente publicado em 30 de janeiro de 2005

5 thoughts on “John Lennon

  1. Tive o grande prazer de ser beatlemaníaca. Sempre tive paixão pelo conjunto, logo a minha visão é um pouco parcial. No entanto, eu acredito piamente que o grande mérito do John Lennon (que eu amo e não quero falar mal) foi ter composto a música Imagine e ter morrido assassinado alguns anos depois. Com o passar do tempo, percebe-se nitidamente quem compôs o quê. Outra coisa, não acredito em idealistas, pessoas antenadas com o mundo que são verdadeiros canalhas para a sua família e roda de amigos. John foi um péssimo pai para o seu filho mais velho. Resumo da ópera: não gosto da pessoa John Lennon e sim do beatle que ele foi. Quando os quatro se uniram foi um momento de conspiração cósmica e todos eles têm o seu mérito, mas na minha concepção o grande beatle é o Paul McCartney. Beijocas

  2. Não tive o privilégio de nascer na era beatle, até o momento este seu post foi o que li de mais esclarecedor sobre a banda,perfeito !!!
    mas me identifico mais com Jim Morrison, que apesar do tempo ainda permanece atual para a nossa geração !

    Abraços !!

  3. Será?
    Talvez ele acabasse seguindo na direção de uma aposentadoria digna, saindo da cena e indo viver a vida de alguma outra maneira, em busca de outros interesses. Gosto de imaginar isso.
    É notável a ascendência de Ono sobre Lennon, ela sim, a seu modo, bem mais revolucionária, extravagante e original que ele, considerando o fato de ser mulher, jovem no início dos anos 60, aristocrata e japonesa.
    É tão estranho que muitos astros, por podres de ricos que possam ter se tornado, ainda optem por continuar se repetindo. Se a carreira não lhes traz nada de novo, e nem eles levam nada de novo ao público, só o vício pela popularidade pode explicar a insistência de muitos…

    E Yvonne, talvez não devamos ser maniqueístas.
    Psicanalistas que tanto contruibuem para a melhora do ser humano são famosos péssimos pais.
    Palavras insipradoras nem sempre vem acompanhadas do melhor exemplo, mas ainda tem seu valor.
    Muito mais pernicioso que ter sido péssimo pai, pode ter sido seu exemplo de cair de cara na heroína e no LSD…
    Ninguém é perfeito!
    Por outro lado, provavelmente Hitler teria sido ótimo pai; e ele era certamente um amor para seus cachorros.

  4. A crítica é sempre importante, até para com o contraditório entendermos os próprios lados. Mas que essa análise feita do artista John Lennon corre por uma linha reducionista, ah isso. Tudo bem que todos somos humanos (artista ou não) e issa a crítica persegue o tempo todo, mas deixar de ver o aspecto da arte no que John fez é demais. Podem ser simples, mas o simples muitas vezes é o mais importante, mesmo que não mude o mundo, mas que faz-nos perceber emoções, pensamentos antes não percebidos isso ela faz (a arte). E se existe um artista popular de peso e conteúdo, sensível, esse foi e sempre será John Lennon.

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