Um prato que se come frio

Luiz estava na redação, escrevendo seu primeiro poema. Meu pai chegou e Luiz mostrou para ele.

Quando terminou, meu pai avisou:

— Vou te fazer um favor.

E rasgou o poema.

— Isso vai te poupar muitas desilusões no futuro. Alguém pode dizer que isso é bom e aí você continua fazendo essas coisas.

O tempo passa. 1988, agora; eu levo um texto para Luiz e digo que quero escrever em seu jornal.

Ele lê e faz um comentário:

— Puta que pariu, ele escreve melhor que o pai!

Não era verdade, mas a partir dali, e pelos próximos 3 anos, passo a escrever no jornal.

Ainda não sei se Luiz me fez um favor. Ou se isso foi apenas uma vingança tardia, acalentada obcecadamente durante mais de 20 anos.

4 thoughts on “Um prato que se come frio

  1. Marrapazzzzzzzz que coisa é essa?
    Fiquei até “vexada” com esse texto …
    um xerooooooo
    sem vingaça …
    :))))
    Criquinha
    a paraiba de cascadura!
    hahahahahahahah

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