Só para lembrar

Criminoso, genocida, ladrão — todos esses adjetivos se aplicam a Saddam Hussein.

Mas é bom não esquecer que nos últimos 40 anos o Iraque teve, pelo menos, uma sociedade secular. Mulheres tinham direitos que em outros países islâmicos seriam motivo para apedrejamento. Havia um certo tipo de liberdade de costumes que não é comum no Oriente Médio.

Os xiitas são maioria no Iraque, e agora, com Saddam e o Ba’ath fora do caminho, é mais que provável que cheguem ao poder.

Sei não, mas tenho a impressão de que as coisas vão ficar cada vez mais complicadas.

5 thoughts on “Só para lembrar

  1. Não sou pró-Sadam, mas não achei muito “agradável” a atitude americana em ter invadido o país, contrariando a ONU, e toda aquela balela – que – todos – nos – cansamos – de – ouvir – e – não – serei – eu – a – ficar – repetindo. Mas as pessoas deveriam estar acostumadas a uma máxima: não importa quão ruim estejam as coisas, tudo sempre tende a piorar. Ignorem o Paulo Coelho e “o universo conspira a seu favor”. Isso não existe. Estava ruim com Sadam, e vai ficar uma desgraça completa sem ele. Falou DNAS, o portador de boas novas 🙂

  2. Disso eu tenho certeza, podem esperar que este foi apenas o começo….e isso é assustador…

  3. Concordo… infelizmente o mundo caminha de mal a pior, não precisa ser Mãe Diná para prever que dias piores virão…

  4. Não sei se ficarão mais complicadas. Mas eu, que morei lá, já vi um soldado batendo a cabeça de um rapaz novinho num poste, já vi mulheres descendo de seu lugar na caminhonete e montando na carroceria para dar lugar a um caroneiro (do sexo masculino, claro) desconhecido, pois homem desconhecido vale mais do que esposa, e já vi um homem sentado ao volante enquanto a mulher carregava a carroceria com algo parecido com feno. Se piorar, talvez melhore para as mulheres. E já vi também meninas iraquianas com quem tentava conversar fugindo quando meus colegas do sexo masculino se aproximaram. Ah, e já fui apedrejada por jovenzinhos iraquianos durante uma aula de educação física. Se piorar, talvez melhore. Afinal, se eu estivesse numa situação assim e se a coisa ficasse pior, acho que optaria pelo suicídio. E acho que morta, existindo em espírito ou simplesmente deixando de existir seria mais feliz do que sendo considerada coisa, objeto de quinta categoria.

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