A vida, negra e esfumaçada

A Vivien me encaminha um e-mail sugerindo um boicote à Coca-Cola.

Um e-mail desse tipo teria mais chances de sucesso se me propusesse matar minha mãe.

Eu não bebo água. Eu bebo Coca-Cola. Ninguém teria a pachorra de me mandar um e-mail pedindo que eu parasse de beber água. Mas por alguma razão incompreensível acham que eu, Rafael Galvão, marquês de Qüem-Qüem, senhor das luxúrias e deflorador das madrugadas (título usurpado de um amigo pândego que acaba de comemorar 33 anos de prisão e tortura na última grande ofensiva da “ditabranda”, a Operação Cajueiro) vou realmente cometer um crime de lesa-majestade e deixar de beber Coca-Cola.

Falem o que quiserem da Coca-Cola. Mas eu vou continuar trocando água por ela, porque água não tem gosto de nada e Coca-Cola é uma delícia — e o que é a vida além das lembranças das coisas boas que a gente provou ou sentiu? A Coca-Cola é a evolução da água. É a superação dos sonhos de Prometeu: se Deus criou a água, essa coisa insípida, inodora e incolor, nós conseguimos por conta do nosso engenho criar algo ainda melhor, uma neguinha agridoce e efervescente, quase tão gostosa como uma baianinha sambando no ensaio do Araketu. A Coca-Cola é o xeque-mate da humanidade em Deus.

Além disso, em um momento de crise econômica como este, seria o caso de perguntar se essas pessoas sabem quantos empregos a Coca-Cola gera em todo mundo. E deve gerar ainda mais impostos. Eu acho fascinante gente que quer ser politicamente correta à custa dos empregos dos outros. Que quer salvar as pessoas tirando seus empregos.

Esse email — e tantos outros recebidos ao longo dos tempos porque email, afinal, não custa nada — me lembra que as coisas podem ser piores.

Eu fumo, também. Pouco mais de dois maços por dia. É, eu fumo muito. Não precisa me dizer. Eu sei. Por causa disso, entre as coisas que mais ouço cotidianamente está uma frase que, ao longo desses vinte e tantos anos, já sei de cor: “Pare com isso. Sabia que cigarro dá câncer?” E então tenho que controlar a vontade de pedir para a pessoa deixar de ser idiota, ou sugerir que arranje uma trouxa de roupa para lavar, porque essa informação é uma das mais redundantes que pode haver, e só essas pessoas, em sua arrogância e ingenuidade, não percebem isso.

Eu sei que cigarro aumenta os riscos de câncer. Não tem como não saber. Eu e todos os fumantes ouvimos essa arenga todos os dias. Todos os dias.

O problema com essas boas intenções é que a sua repetição monótona é inútil em um primeiro momento, e aborrecida depois. Talvez seja algo no DNA dos não-fumantes, essa idéia de que uma informação tão banal será apresentada a mim como grande novidade, e que a súbita revelação dos riscos à minha saúde, combinada ao seu samaritanismo, me fará deixar de fumar como por milagre.

Eles não conseguem entender que nós, fumantes, temos mais consciência dos problemas associados ao tabaco do que muitos médicos, porque ouvimos tanto a mesma ladainha que não há como esquecer, em nenhuma hipótese. Todo dia, várias chatos bem-intencionados repetem a mesma coisa para nós, como se fosse uma novidade. É impressionante como pessoas de boa índole e vocação proselitista acham que são as únicas a transmitir esse importantíssimo conhecimento arcano. É a sina dos fumantes, encontrar em cada não-fumante um São João Batista anunciando a chegada do Messias — ou, mais propriamente, revelando que cigarro, ora vejam, dá câncer.

Normalmente eu respondo: “Rapaz, isso não é nada. Eu posso ou não ter câncer. Mas enfisema é quase certo” — e a maioria dos bobos fica com cara de quem perdeu a chave da bunda, porque aquela informaçãozinha que eles pareciam julgar tão importante na verdade não era nada; eles não conseguem compreender: como é que eu sei do mal que faço a mim mesmo e continuo acendendo meus cigarros?

Parece difícil colocar algo tão simples na cabeça das pessoas: fumantes sabem os riscos a que estão expostos. Fumamos, no entanto, a despeito disso. Eu não consigo entender bobos que correm sei lá quantos quilômetros por dia; eles não conseguem entender que eu goste de fumar. A diferença é que eu não digo aos corredores para pararem de correr porque podem ser atropelados por um caminhão da Souza Cruz.

Mas há outro argumento, esse o dos assumidamente chatos; aqueles que, não fosse a minha boa natureza pacífica e covarde, eu enxotaria a pontapés e delicadas referências às suas genitoras: o da poluição. É a gente sem noção que reclama que o meu cigarro está poluindo o seu ar.

Eu não tenho carro. Para mim é fácil argumentar que meu cigarro polui menos que o carro do chato que está falando. Alguns insistem, dizem que seu carro é necessário — e aí é só responder “Útil para quem? Para mim com certeza não é.” Outra resposta possível é perguntar se ele come carne. E depois, como os idiotas que nos lembram que “cigarro dá câncer”, lembrar que por causa disso o mundo está indo para o buraco, porque o metano dos peidos das vacas está acabando a camada de ozônio. Vacas peidonas são uma ameaça maior ao futuro do mundo do que fumantes inveterados.

É tão incômodo esse pessoal empenhado em salvar o mundo através da chatice.

Dia desses um amigo mandou um e-mail com um abaixo-assinado pedindo pelas foquinhas que são mortas no Ártico ou Antártida, não lembro bem. Respondi que um casaco daqueles ficaria bonito na minha mulher.

Na verdade, não tenho nada contra as foquinhas. Tenho algo contra peruas fúteis e idiotas que usam casacos de pele de foca. E tenho muito contra abaixo-assinados por causas bonitinhas. Não costumo respeitar gente que do conforto de seus lares com ligações irregulares de esgoto, consumindo supérfluos que custam um bocado em recursos naturais, resolve aliviar sua consciência desnecessariamente culpada fazendo coisas fáceis como encaminhar um abaixo-assinado achando que está salvando o mundo. Não acho honesto, só isso.

Só respeito, mesmo, as iniciativas de gente que se arrisca de verdade por aquilo em que acredita. Gente como os malucos do Greenpeace que jogam seus botes na proa de baleeiras. Esse pessoal eu respeito e admiro; até quase invejo, sentado aqui na minha poltrona na mais santa paz de Deus. Não diria que sinto o mesmo em relação a quem fica em casa tomando H2O ou Aquarius enquanto clama contra a Coca-Cola achando que está fazendo sua parte pelo meio-ambiente.

Então fica aqui um pedido público. Não me mandem abaixo-assinados. Não me engajem em causas bonitinhas porque eu não gosto de causas bonitinhas. Agora me dê licença, que eu vou tomar uma Coca e fumar um cigarro na varanda olhando o rio que corre aqui em frente.

35 thoughts on “A vida, negra e esfumaçada

  1. de fato, compartilho de sua crença que a coca-cola é a evolução da água, e fume menos que você, mas ñ mto menos, então só deixo aqui as linhas para dizer q cara, eu escuto a mesma coisa… todo dia…

  2. Rafael, este post está perfeito e vc é gênio. E foda-se a patrulha “anti-tabagista”.

  3. “Fumamos, no entanto, a despeito disso. Eu não consigo entender bobos que correm sei lá quantos quilômetros por dia; eles não conseguem entender que eu goste de fumar. A diferença é que eu não digo aos corredores para pararem de correr porque podem ser atropelados por um caminhão da Souza Cruz.”
    A diferença- qua sua burrice não deixa você entender- é que fazer exercício é muito mais saudável e decente que poluir os seus pulmões e dos outros. A chance de ser atropelado por um caminhão- qualquer um- é muito, muito menor que a de morrer por causa dos cigarros. É triste ver que a Mídia já fez a sua cabeça e a Sousa Cruz e outras fábricas de câncer vão ter um freguês pelo resto da sua vida. O único consolo é que isso não vai ser muito tempo.

  4. rafa
    eu seria uma que se morasse aí perto lhe diria todo dia a mesma coisa.. essa merda desentope pia, essa merda de fumaça vai lhe causar cancer e enfisema… mas não estou. e se estiver e quando estiver(=]) , lhe garanto uma coisa: eu ajudo a atender as crises de enfisema tá? com amor , carinho e uma garrafa de oxigenio na mão direita e uma de jack daniels na esquerda combinado?? porque enfisematoso com cirrose é mais legal!!
    beijo proceis, e abraço nas pulgas!!!

  5. Galvão:

    Eu sou daqueles idiotas que correm vários quilômetros todos os dias, mas estou com você: eu não fumo, mas se fumasse não pararia de jeito nenhum. Essa gente antitabagista é muito insuportável. Esse exemplo que você deu da fumaça do carro é excelente.

    A onda politicamente correta deve ser o quinto cavaleiro do apocalipse.

  6. Olha só: a gente escreve um texto reclamando dos chatos e o que acontece? Eles vêm para o seu blog encher o seu saco. Que me desculpem todos eles, mas o nível de idiotice desceu ao mais baixo possível. A impressão que eu tive foi a de que falei para alguém: “Você é chato.” E esse alguém respondeu: “O quê? Eu não entendi. Eu sou chato? Por que eu sou chato? Você tem certeza de que eu sou chato? Eu, chato? Eu não sou chato. Não, chato eu não sou. Por que você acha que eu sou chato?”

    Alguns comentários foram bloqueados. Como o de um tal de Ronaldo Barcellos, porque a minha paciência para imbecis agressivos que não conheço é muito pequena quando estou longe de casa, como agora.

    O que a burrice do Flavio, por exemplo, não o deixa entender – além do que o texto queria dizer; não era exatamente uma disputa de chances – é que as platitudes que ele está dizendo já foram ditas por um bocado de gente, mas que ele insiste em repetir. A gente sabe que as nossas chances são piores, Flavio. Eu disse isso no texto e digo isso agora. A gente sabe que cigarro mata devagar. Devagar como a liberação de comentários neste blog – por isso, não precisava se apressar a deixar um comentário reclamando de censura neste blog, embora a censura seja um direito que eu me outorgo sem dor na consciência. Eu demoro a liberar comentários. Como vou demorar a morrer, felizmente.

    (Você não, Lulu, você é sempre um doce e pode dizer o que quiser quando quiser, mas só você, de preferência com a garrafinha de Jack do lado.)

  7. Rafael,
    ouça um bom conselho: pare de fumar e de beber coca-cola. Fará bem à sua saúde.

    A propósito, você sabia que Dodô (ou seria Osmar, sempre confundo estes dois. É igual a Roraima e Rondônia), mas eu dizia que Dodô, numa entrevista para Fred de Góes, no livro O País do Carnaval Elétrico, contou que detestava o tal líquido negro do capitalismo: “Quando sugriu a coca-cola, eu detestava aquilo. Achava que tinha gosto de sabão. Hoje, porém, não consigo viver sem minha coca-cola”, confessou e botou a culpa na publicidade.

    Abraços.

  8. Cigarro um maço com míseros cigarrinhos, algumas doenças, que me abstenho de enumerar, e os chatos anti-cigarros inclusos. Como um dos chatos, acho piegas que haja fumantes e consumidores de coca-cola, cheios de não-me-toques, querendo mudar o mundo em prol do próprio conforto. Fumar, por mais óbvio que soe, sempre e bom sustentar, é mais que uma atitude individual. É uma nova proposta de vida. Simplesmente, há pessoas que querem a água de volta, que sobre para a coca-cola. Se a maioria das pessoas milita pelas causa bonitinhas com alto percentual de mediocridade, ou hipocrisia, não deixa de ser divertido que essas moralidades atormentem os fumantes-amantes-de-coca-cola-individualistas-pós-modernos-100%cultura, pois não há outro modo de tocá-los senão pelos nervos.

  9. No Brasil a probalidade de um não fumante morrer de acidente de trânsito é muito maior que a de um fumante pegar câncer.

    O que um seujeito que avisa ao fumante sobre o câncer diria a alguém que fuma crack?

    Carne vermelha também causa câncer.

    Coca-cola causa câncer e osteoporose.

    Rafael, se te avisar de câncer não adianta nada, e você saber de enfisema também não adianta, que tal se te disser que causa impotência? A-han, dessa você não sabia, he,he,he.

    Eu sou do tempo em que não se bebia coca-cola por ser contra o “imperialismo ianque”. Quando passei a achar isso bobagem já era tarde demais para pegar o hábito de beber o tal absinto.

    No filme “Buena Vista Social Club” tem o depoimento de uma senhora de quase cem anos, fumando um charuto e contando que faz isso todos os dias desde os 10 anos de idade. Se for ver, em alguns aspectos faz bem pra saúde – não é o caso de duas carteira por dia, com certeza.

  10. Eu reconheço que deve ser foda ouvir todo dia a ladainha dos não-fumantes quanto aos malefícios do cigarro. Eu mesmo tenho alguns amigos que têm/tiveram/vão ter problemas por causa do fumo, mas já entendi que não adianta nada ficar falando e aporrinhando o saco deles com essas estórias de câncer, enfisema, etc.etc., porque, como vc disse, eles não conseguem parar mesmo…
    Afinal, se nenhum de nós tem pressa de morrer, vamos aproveitar a vida fazendo o que cada um mais gosta de fazer e dane-se o mundo! Eu não me chamo raimundo.

  11. Se seguisse todos os emails que recebo, seria rico através de um pobre magnata nigeriano solteiro e sem herdeiros e teria um pênis maior que o negeriano. Por que caráleos não sigo esses emails?

  12. Eu sou do time do Rafael. Cigarro (não tantos, é verdade) e coca-cola. Água só de vez em quando.

    E minha resposta padrão para o pessoal que me enche o saco é: “Eu já parei de cheirar, já parei de beber. Fumar não tou a fim”.

    a gente tem que preservar alguns vícios…

  13. E eu tbm acho que a gente devia parar. Parar de andar de carro [já viu qta gente morre em acidente automobilístico?] e avião, parar de comer gordura, carne, feijão, salsicha e parar de jogar, parar de assistir futebol, parar de fazer sexo [o sonho do papa…] e bater punheta, parar de roer a unha, parar de comer açúcar e sal e pimenta, quem sabe parar de votar?
    Agora, a única coisa que não pára de crescer mesmo é a legião de gente chata…

  14. Obrigado. Também sou viciado em coca-cola e cigarros. Mandei esse post para alguns amigos chatos. A verdade é que gostaram (o Idelber tem razão, seu texto é ótimo).

    Mas além desses vícios tenho outro defeito incompreensível para muita gente: não bebo. E é chato ter sempre que explicar isto. O pior é que tenho cara de bebum, e tenho que explicar também que nunca bebi, meu fígado não é tão tolerante como meus pulmões. Sim, eu bebo coca-cola, e somente coca-cola, o tempo todo. Nadinha de álcool. Isto causa muito mais espanto do que os 40 cigarros diários. “Nem uma cerveja? Nada, não gosto, meu organismo não tolera, eu acho o gosto horrível. Mas um bom vinho, no auge do inverno (sou gaúcho, aqui tem inverno)? Não, já disse que não gosto.” É sempre a mesma coisa, sem falar que depois das muitas explicações ainda ficam me olhando com cara de quem não está acreditando.

    Ou seja, vou ficar sem a cirrose.

  15. isso me lembra tbm, campanhas anti-drogas
    vc acha que o usuário ve a propaganda e se diz: “puxa .. eu não sabia disso … ”
    poizé né ….
    sem falar os patrulheiros de suas respectivas religiões, que não vêm que somente estão te ofendendo (como no seu caso e nos demais, aqui citados ou não), e às vezes muito mais que se xingassem tua santa mãezinha …
    claro que tbm é sensato pensar que a droga vicia de tal modo que pode não lhe permitir deixá-la, mas a experiência mostra inúmeros casos de gente que deixou, quando e como quis
    sem dúvida há os que querem ou pensam em lagar o cigarro e não o fazem ou tbm não querem fazer … as variantes são intermináveis …
    quanto à essas “campanhas” mais ridículo não há .. é mais ou menos como a ladainha surrada dos comunistas (????) em relação à dívida externa …
    uma simples noção de vida te explica que crédito todo mundo quer e usa .. seja vc seja uma nação …
    em suma: RÊDÍCULO

  16. Coca cola eh um veneno e cigarro tambem. E isso eh problema seu, nao meu.

    Mas convenhamos, o mundo ia ser bem melhor se todos os fumantes seguissem o seu exemplo e se abstivessem de ter carros, nao eh?

  17. Caro Rafael, já faz tempo que passo pelo seu blog, entretanto apenas hoje resolvi sair da passividade. Não que não goste do que leio, pelo contrário, é muito bom. Mas quanto ao cigarro, com todo respeito, não me importo com o cancer, efizema, ou qq problema do fumante, nem tao pouco uso de argumentos ligados a ecologia. Apenas critico os fumantes porque (de uma maneira singela) vcs tiram o meu espaço de nao ser fumante quando ascendem seus cigarros dentro de lugares fechados. Assim, se todas as casas noturnas e fumantes respeitarem a regra de fumar do lado de fora, pra mim está excelente, porque excerço livremente minha vontade de não fumar enquanto respiro. Simples assim. Tento argumentar contra o cigarro porque me preservo… e pouco me importa o fumante. Att, Cristina

  18. Rafael, mesmo detestando cigarro (acho inadmissível em ambientes fechados, sou alérgico e ninguém fuma na minha casa, ainda bem!), mas na Coca-Cola estamos de acordo (minha mãe adora! :D). As pessoas realmente se dão a preencher o vazio de suas existências aborrecendo a dos outros. Continue não se incomodando com a patrulha. Os fumantes pagam muito imposto (e vão pagar mais ainda), portanto têm o direito a ser tratados com dignidade.

    Mas acho que você seja o primeiro fumante do qual ouço falar que gosta de cigarro e Coca-Cola. Os fumantes em geral têm preferência por café ou bebidas alcoólicas, o que na vida deles costuma ser quase um ritual.

  19. Clap, clap, clap.
    Sou viciada em Coca Light. Da Zero não gosto.Mas a Light tem um saborzinho de adoçante que amo…que a Zero não possui.
    “Coca é a evolu~ção da àgua”…genial!!!!!!!!
    Tbém fumo. Pouco ou muito, dependendo do dia, do stress…pq eu gosto muito do meu Marlborinho (light tbém).
    E um dos post que mais gostei foi aquele onde vc conta que baforou na velhinha.
    Crio antipatia imediata´por gente que fala “cigarro faz mal”.

    beijos

  20. Ah, e acho que a Coca é a bebida perfeita para acompanhar um cigarro…bem mais que café.

  21. Ah, e outra coisa, Mr. Rafael: eu fumo, tomo muito mais coca que água…mas corro, pra valer, todo dia, amo corrida. E esportes radicais, natureza, comidinha saudável.
    Gente chata do cara*…qdo vem encher o saco dizendo o que é saudável ou não. Cada um sabe o que é bom pra si. E se não for, mesmo assim eu faço, se gostar e me der que seja um minuto de prazer.
    AMEI o post. Vai pra lista dos seus post que mais gostei.

  22. Descobri teu post no Biscoito Fino, que sou fã.
    Há tempos não lia algo tão legal! Adorei e mandei pra vários amigos que incentivo a não parar de fumar.
    Não fumo e não bebo Coca, e nem bebo cigarro ou fumo Coca, mas acho um porre quem implica com isso.
    As pessoas deveriam aderir mais a filosofia contemporânea do “cada um no seu quadrado” e parar de dar conselhos chatos!

  23. vc devia escrever um post mostrando a evolução da chatonice anti-tabagista nos últimos 15 anos. porque isso é um negócio relativamente novo, certo? há alguns anos atrás tinham cowboys fumando na TV, hoje nem na fórmula 1 aparece mais o “marlboro” nos carros. eu comecei a fumar já no auge dessa cruzada contra o cigarro e queria entender como começou isso tudo sob a perspectiva de um fumante.

  24. A revista Gula sempre pergunta a alguma celebridade do mundo gastroomico que bebida escolheria como sua última diante do batalhão de fuzilamento. Sempre é algum vinho caro e raro…Acho que é pra demonstrar o quanto são entendidos no assunto, mas eu diria Coca-Cola, sem duvida, quase congelada. Acompanhada de um bom e honesto baseado.

    Aliás depois desse texto, fiquei pensando nas inumeras formas de se morrer citadas aqui, e como elas poderiam ser combinadas.

    O cara era fumante e viciado em coca-cola.
    Bem na hora de seu fuzilamento, pelas patrulhas dos anti-tabagistas, anti-pele-de-foca, anti-poluição e anti-coca-cola, um enorme tanque de coca-cola se romperia, por causa de um entupimento causado pelo corpo de uma pessoa morta que estaria lá dentro; esta pessoa teria morrido por comer uma bala Mentos com coca diet. Com a explosão, dela só teria sobrado um dedo, que teria ido parar numa garrafa de coca-cola que o tal viciado pode ter bebido inadvertidamente diante do tal batalhão, fumando seu último cigarro num ato de contrição. Eis que uma enorme onda de coca-cola se formaria pela explosão, arrastando consigo um caminhão da souza cruz que não havia passado pela inspeção e que estaria emitindo níveis altissimos de CO2 e chumbo na atmosfera, batendo no carro de luxo de uma madame que usava casaco de pele de foca, para atingir em cheio a enfermaria de doenças pulmonares terminais de algum hospital publico, onde os médicos não estariam de serviço, atropelando assim os doentes que estariam fumando escondidos no terraço, enquanto assistiam ao fuzilamento. Muitos, ao verem a onda chegando e ao perceberem que os sinais de fumaça não estavam adiantando, acabaram se atirando do alto do terraço.

  25. Como antitabagista moderado e resignado, querido galvão, só uma coisa me consola: você não vai ficar muito tempo no mundo defendendo essa bandeira.
    Fume à vontade, faz bem à alma. Só um conselho, de quem tem pai com câncer no pulmão. Escolha bem seu plano de saúde. Numa boa. Você ainda vai me agradecer por isso.

  26. Ops, só uma coisa….rs…eu recebi o email de uma blogueira que gosto muito e repassei pruns caboclos. Mas não tem relação com saúde individual de ninguém, tô nem ai, né?
    A questão é ecológica e um pouco maior do que o estômago e/ou pulmão de um ou outro. A questão é oooutra.
    Mas tá bom, depois desse enxovalhamento público, não mando mais…rs
    Tomei legal.

  27. Olha só: a gente escreve um texto reclamando dos chatos e o que acontece? Eles vêm para o seu blog encher o seu saco. Que me desculpem todos eles, mas o nível de idiotice desceu ao mais baixo possível. A impressão que eu tive foi a de que falei para alguém: “Você é chato.” E esse alguém respondeu: ‘O quê? Eu não entendi. Eu sou chato? Por que eu sou chato? Você tem certeza de que eu sou chato? Eu, chato? Eu não sou chato. Não, chato eu não sou. Por que você acha que eu sou chato?’
    Ha, ha, ha, ha.

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