Sai Jabor, entra Mainardi

O GNT anunciou que o Arnaldo Jabor está saindo do “Manhattan Connection”. É uma má notícia. Anunciou também que o Diogo Mainardi será seu substituto. É uma péssima notícia.

O “Manhattan Connection” já foi um dos programas mais inteligentes da TV brasileira; com certeza era o mais cosmopolita. Não que falar da própria aldeia seja ruim: certamente Tolstói não achava isso. Mas uma espiada pelo buraco da fechadura do mundo é sempre interessante.

Até 96 o programa era apresentado por Paulo Francis, Lucas Mendes, Caio Blinder e Nelson Motta. Se não me engano, era uma espécie de evolução de uma coluna que o Mendes mantinha na revista Imprensa. Com a morte de Francis, Arnaldo Jabor o substituiu e Lucia Guimarães passou a freqüentar a bancada.

Mesmo sem o gênio de Francis, ainda havia aspectos interessantes no programa. Blinder, um rapaz que nunca foi capaz de um insight interessante por si só, é mero repetidor das opiniões do mainstream americano; ele parece aquele menino metido a inteligente da sexta série, com aquelas risadinhas irritantes, típicas das horas em que não está apanhando dos meninos maiores. Quanto àquela moça, a Lucia Guimarães, eu só consigo imaginar com deve ser chato levá-la para a cama. Cá para nós, acho que ela é chata até dormindo.

Depois de muito tempo sem assistir ao programa, resolvi ver sua volta no começo deste ano. Eram as vésperas da invasão do Iraque. Tomei um choque. O “Manhattan Connection” nunca tinha sido tão burro, tão incapaz de analisar a realidade a partir do conflito de visões diferentes: com a honrosa exceção de Jabor, se resumia a repetir o que a mídia americana dizia, o que quer dizer que realmente acreditavam que os EUA estavam certos e que o povo do Iraque estava apenas esperando os soldadinhos entrarem para cobrirem-nos de flores. Desisti do programa ali, em respeito à sua qualidade anterior.

Mas agora, com o Diogo Mainardi entrando, uma nova fase se anuncia. É uma fase trash, paródica de si mesma, e curiosa por prometer ser muito, muito ruim. Talvez eu volte a assistir esse programa.

11 thoughts on “Sai Jabor, entra Mainardi

  1. sem querer conflitos: o mainardi é melhor que o jabor. o jabor devia se concentrar em fazer filmes e deixar o mainardi criticar. espírito crítico = mainardi. não concordo com tudo o que ele diz, mas acho justo que diga.

  2. Olá!!! Adorei conhecerr sua tenda.blogger, Inteligentíssimos comentários Rast. Sem dúvida montarei minha tenda diariamente, só espero que atualize diariamente o seu blogger… rsrssrsr Beijuuuuuu Tintia.

  3. Biajoni, eu acho o contrário. O Mainardi tem uma necessidade infantil, até patológica, de criar polêmica. Escolhe seus temas com a nítida intenção de fazer alguém se pronunciar contra, mesmo que para isso tenha que falar a maior besteira do mundo. Às vezes acho que é tão maluco quanto o pai, um dos maiores publicitários da história. Mas é claro que ele tem o direito de dizer o que quer. 🙂

  4. Rafa, você colocou em palavras minha antipatia que sinto pelo Caio McDonald’s Blinder e pela Lúcia Pena Que Não Nasci Nos EUA Guimarães. Parecem CDF’s chatos, que freqüentam as primeiras filas na sala de aula e que gostam de mostrar que têm a lição na ponta da língua. O Blinder, falando a favor de Mr. Bush(o) de Bode, alegou que tinha que ter direito de levar os filhos no Mc Comida Pasteurizada Donald’s. Pois que se entupam de Big Mac estragado e morram de diarréia. E para a Lúcia Olhem Como Tenho Um HD Enorme Na Cabeça Guimarães, a “baba ovo” dos convidados gringos do programa, desejo uma reencarnação como analfabeta mal nutrida favelada. O Arnaldo Jabor era a única pessoa naquele programa que me fazia rir.

  5. mainardi tem fontes, jornalista, manja? não que seja para se considerar muito a RAÇA. mas o jabor faz leitura pessoal, é o cara das comparações e metáforas SIMPRES. é o que acho, só.

  6. Agora, depois de tanto tempo, já está bem claro que qualquer retardado poderia ganhar uma grana no M.C., até o bucéfalo Mainardi.

  7. Concordo plenamente com você. O Diogo Mainardi é um aproveitador barato, seu nome deveria ser Aparecido da Silva. Polemiza assuntos fúteis só pra ficar em evidência. O Jabor é um primor, polemiza assuntos que merecem ser polemizados, e como todo crítico pode errar, mas não tem a sede de artista que o outro esbanja com todo vigor.

  8. Arnaldo Jabor e Diogo Mainardi,jornalista com ênfase em análise política, vive das críticas a quem está em meios políticos, coisa fácil similar a analista futebolístico. Nada há de produtivo na função que exerce.

    Jabor foi técnico de som, crítico de teatro, roteirista e diretor de curtas e longas metragens. Na década de 1990, por força das circunstâncias ditadas pelo governo Fernando Collor de Mello, que sucateou a produção cinematográfica nacional, Jabor foi obrigado a procurar novos rumos e encontrou no jornalismo o seu ganha-pão. Mainardi percorreu caminho semelhante, após fracassos nas duas experiências cinematográficas,cito “Mater Dei”, desistiu do cinema.

    O que se despediu do programa Manhattan Connection exibido pela GNT(canal pago – globosat), gravado em Nova Iorque debatia com extrema ironia os problemas reais de um país de terceiro mundo. Tudo isso como se não tivessem irregularidades e outras diversidades em governos de primeiro mundo como o dos EUA e suas instituições.Mainardi novamente ao lado de “jornaleiros do século 21” que se sentem superiores a maioria dos brasileiros e que aqui se encontram trabalhando para melhoria do Brasil. Ex-cineastas se apegam ao pessimismo e crítica das coisas, talvez pelo fato de seus insucessos na área artística.
    Muita hipocrisia da parte destes maus exemplos onde não obtiveram êxito em sua área e exige a perfeição das instituições e áreas públicas. Acredito na evolução do país e reconheço a melhora que houve de tempos pra cá. Não devemos seguir perfis assim, já que se opondo aos acontecimentos deveríamos apresentar soluções aos problemas. Por sorte estes ocupam posições improdutivas e serão esquecidos pela sua indelicadeza preconceituosa de e seus comentários fajutos.

  9. Interessante a forma como as pessoas criticam os membros do MC: CDF’s… realmente, o pecado maior da esquerda é querer ser inteligente, ser inteligente é socialmente injusto com os burrinhos

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