Mônica

Numa dessas madrugadas de insônia (mentira, eu estava zonzo de sono), conversando com a Mônica, ela disse algumas coisas que me impressionaram. Como sei que aquela figura jamais se lembraria de salvar o log e publicar isso no seu blog, resolvi colocar isso aqui sem sua autorização. Azar o dela. Graças à Mônica, o meu blog fica mais inteligente. E descobri uma nova forma de manter um blog vivo: roubar dos ricos e distribuir aos pobres, a começar por mim mesmo. Meet Rafael Hood. Com vocês, a Mônica.

Acho que somos todos uns bichos controlados por neurotransmissores que resolvem deixar os instintos de lado e que, não conseguindo sucesso, ficam neuróticos.

Afinal, comportamento compulsivo não se parece com um instinto defeituoso?

Acho que sim. Bichos têm sempre o mesmo comportamento e, pelo visto, não conseguem fugir dessa programação. Penso que com a gente acontece o mesmo. Somos bichos “bagunçados” pela capacidade de abstração. Portanto, levamos nossos instintos para um lado simbólico.

Ou seja: a vida não tem relação nenhuma com aquela poesia toda que as pessoas cismam de achar que é a própria vida. E os bons poetas são aqueles que enxergam isso, mas que conseguem expressar essa merda de forma poética.

Eu devia estar feliz com isso. Mas queria que alguém me provasse que o mundo é mais poético do que a capacidade dos humanos de fazerem poesia. Mas acho que o mundo é… E pronto. (“ser” acaba sendo verbo intransitivo, né?). E a natureza não tem nada de boa ou má. Bondade ou maldade são conceitos que a gente cisma em construir e atribuir às coisas.

E, no final das contas, eu não sei porra nenhuma de coisa nenhuma. E, também, como sou curiosa, vou ter sempre que carregar uma frustração na vida. Mas eu gosto tanto de pelo menos saber que não sei (coisa que pouca gente admite), que a frustração de não saber acaba sendo meu bichinho de estimação.

7 thoughts on “Mônica

  1. bem… talvez se eu fosse casado com a mônica não a achasse tão interessante. mas agora, sábado, alta hora, bem que gostaria que ela estivesse aqui nesse quarto escuro, com chuva lá fora e vinho tinto na taça para discutirmos a possibilida de uma conspiração universal contra nós. ou contra qualquer um. ou a favor. ou sem ela. ou apenas alguém. ou meu transmissor cerebral está falhando.

  2. hahahahahahah!!! Ouvi falar que aqueles cientistas ingleses que o Rafa parece tanto admirar (estou sendo irônica) disseram que o álcool faz toda mulher ficar interessante… 😉 (Viu, Bia? Vou te analisar psicanaliticamente, etilicamente – pois tomei uma cervejinha hoje quando fui dar uma de “arquiteta grátis” e moniquisticamente). Um beijo, cês dois! (Bia e Rafa)

  3. Rafael Hood… Sei… Tá bom, coitadinho… É burro, o menino…!!!! Que pena. Vou chorar lágrimas de sangue… (Obrigada por me mostrar o que perdi)

  4. Rafa, esqueci de dizer que você é um baiano mineiro. Afinal, saber comer quieto. Fica aí mansinho… Fingindo que não sabe nada da vida…. Sei… (não é dado a filosofia não, né? me engana que eu gosto).

  5. Realmente eu tenho que arranjar “relatórios” urgente pra poder concorrer com isso aí.

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