Arendt

Ano passado comecei a ler “As Origens do Totalitarismo”. Nas melhores condições possíveis: beira de piscina, sombra, sem hora para sair. Começar a ler um livro dessa forma e não conseguir terminar só pode ter uma razão: o livro é realmente esquisito.

Evitei durante anos porque porque a idéia de que o fascismo, o totalitarismo e o anti-semitismo eram “os três pilares do mal” me incomodava. Primeiro porque seria verdade para o nazismo, mas não para o fascismo — e eles são muito diferentes.

Depois porque 50 milhões de negros foram socados em tumbeiros e escravizados, quando não davam a sorte de morrer no caminho; esquecê-los é desrespeito à humanidade.

Eu sou brasileiro. A escravidão africana na América — racista, sim, já que não ouvi falar de holandeses de cabelos louros-quase-brancos suando os dias nos canaviais de Pernambuco e sofrendo as noites acorrentados em senzalas — diz mais respeito a mim do que a tragédia judaica numa Europa cada vez mais distante. Nenhum parente meu morreu em um campo de concentração (na verdade, nenhum sequer lutou na guerra; somos frouxos e temos orgulho disso); mas algum tataravô meu foi escravo, e essa herança faz parte de mim.

Acontece que Arendt é considerada uma das grandes pensadoras do século XX. A sensação de que estava continuando nas trevas da ignorância por mera teimosia me incomodava.

Consegui avançar pelas primeiras dezenas de páginas, mesmo incomodado com a ênfase na defesa dos “judeus ricos”; “coitadinhos, só porque tinham dinheiro eram odiados, mesmo tendo prestado tantos serviços à Alemanha”.

Para começar, rico tem é que ser odiado, mesmo. Seja judeu, muçulmano, católico, budista — são todos um bando de filhos da mãe incapazes de dividir a bem-aventurança comigo. Mas recalques à parte, minha impressão era a de que a Arendt tinha caído na armadilha de partir do princípio de que as alegações nazistas tinham um bom fundo de verdade. Que ela me desculpe, mas não tinham nenhum. A explicação do Goldhagen para isso é mais sensata: essa conversa de riqueza era mito decorrente do preconceito insano contra os judeus, só isso. A esmagadora maioria — como alemães, brasileiros ou americanos — era pobre e vivia como podia. A Arendt tentou justificar o que não precisava ser justificado.

Mas foi quando ela inventou o conceito de “riqueza que não explora” que eu fechei o livro com um suspiro de cansaço, para não abrir mais. Porque auto-piedade tem limite, o da realidade; aquilo que chamam de dissonância cognitiva e que eu chamo de cara-de-pau. Riqueza que não explora só existe na cabeça da Arendt. Toda riqueza explora, de uma forma ou de outra. É simples assim, tão simples que não deveria sequer ser levado em consideração. Mas ela tem que evitar dar algum tipo de justificativa aos bolcheviques comedores de criancinhas, o terceiro pilar do mal, e por isso se vê forçada a inventar conceitos absurdos.

Eu vou continuar ignorante, feliz da vida.

25 thoughts on “Arendt

  1. Riqueza que não explora só existe na cabeça da Arendt. Toda riqueza explora, de uma forma ou de outra. É simples assim, tão simples que não deveria sequer ser levado em consideração.

    Demonstre, please.

  2. Karl Marx. O Capital, vol. I. Teoria da Mais-Valia.

    De qualquer forma, tenho a desconfiança de que a teoria da mais-valia começa a ser superada, resultante de automação do trabalho braçal e do crescimento em importância do trabalho intelectual, difícil, se não impossível, de ser quantificado.

    Mas não ainda, e certamente não nos tempos de Arendt.

  3. Como já disse alguém, Marx teve bons insights interpretando o passado, entendeu mais ou menos o presente e não deu uma dentro sobre o futuro. O conceito de mais-valia é fruto do contexto em que foi criado: a Europa do século XIX, com suas hostes de miseráveis dispostos a trabalhar por duas batatas ao dia. Hoje, mesmo no Brasil, o salário médio de um operário da indústria automobilística (que seria o equivalente contemporâneo dos operários de 150 anos atrás) ganha em média R$ 1.700,00 – dá pra comprar muitas batatas por dia. E aí, como é que Marx interpretaria isso? A mais-valia diminuiu e o trabalhador agora recebe uma parte maior do valor que ele cria (e o capitalista se apropria de uma parte menor)? Ou o conceito é, pra dizer o mínimo, falho?

    “Ah, mas vc está olhando apenas para esses poucos felizardos que conseguem emprego no Brasil. E os milhares de miseráveis nas ruas e nas favelas, vivendo com menos de US$ 1,00 por dia?”. Esses certamente é que não servem como “prova” da existência da mais-valia, pois sequer possuem as qualificações necessárias para serem explorados por quem quer que seja.

    A riqueza, enfim, não é a contraparte da pobreza, não sendo o capitalismo um jogo de soma zero onde o ganho de um é a perda do outro. Pelo contrário, a riqueza é um jogo de ganha-ganha, soma positiva, pois o cara rico, ao gastar R$ 1.000,00 num jantar de alto nível com a patroa (ao invés de – oh, malvado! – doar essa quantia ao Fome Zero), está contribuindo com a renda dos garçons, faxineiros, cozinheiros, do maître e do manobrista. Gente que, não fosse a grana dos caras ricos, não estaria sequer empregada.

  4. A riqueza sempre é fruto da exploração (portanto, explora para se constituir e para se perpetuar): sua citação de Marx e da apropriação da mais-valia já explica tudo…. A globalização que distribui migalhas e concentra a renda é um belo exemplo, o refinamento mais moderno e perfeito da exploração…. o pior é que a saída não será tão cedo.

  5. Alfred, o conceito de mais valia independe do valor pago a um trabalhador. Não é quanto, e sim o quê. O que configura a mais valia é o fato de alguém se apropriar de parte da riqueza produzida por outra pessoa. Eu posso ganhar 100 mil reais por mês e ainda assim alguém tirar sua lasquinha.

    O que, na minha opinião, torna a mais-valia passível de discussão é o fato de que é difícil até definir se há mais valia em trabalho intelectual, que progressivamente vai substituindo o braçal como principal gerador de riqueza da sociedade. Eu tendo a achar que a mais-valia é um processo em extinção, mas conheço gente boa que acha que sim.

    Isto aqui tampouco é uma defesa do socialismo e um ataque ao capitalismo — até porque eu sou extremamente capitalista quando tenho dinheiro no bolso e o mais ferrenho comunista quando estou duro. Mas eu não sei se vale a pena criticar o socialismo pelas experiências reais e elogiar o capitalismo pelo seu ideal. Também não acho justo dizer que sem o milionário o manobrista não teria emprego. É aceitar um padrão baixo demais.

    De qualquer forma, a discussão inicial era sobre o tal conceito de “riqueza que não explora”, da Arendt. E, especialmente no contexto em que ela coloca as coisas (se referindo a banqueiros e agiotas), é uma piada. Aliás, não conheço riqueza que explore mais que a que nasce da agiotagem, institucionalizada ou não.

  6. A globalização que distribui migalhas e concentra a renda é um belo exemplo, o refinamento mais moderno e perfeito da exploração

    É uma afirmação. Eu também posso dizer que sou um canguru ou que vim de marte. Cumpre, porém, sustentarmos nossas afirmações com base nos argumentos pertinentes. Se vc:

    (i) definir o que entende por “globalização”;
    (ii) demonstrar que ela de fato está acontecendo, e desde quando; e
    (iii) demonstrar que a renda vem se concentrando cada vez mais (indicando quando e onde); e
    (iv) demonstrar a relação de causa e efeito entre ambos os fenômenos;

    então poderemos dar início a uma discussão deveras interessante. Ou podermos continuar nas afirmações sem base (“a globalização/capitalismo não gera pobreza/concentração de renda”, “gera, sim!”, “não, não gera não!”, “gera sim mil vezes!”, “não gera não um milhão de vezes!”, etc.)

    Abraços,

    Alfred

  7. Alfred, o conceito de mais valia independe do valor pago a um trabalhador. Não é quanto, e sim o quê. O que configura a mais valia é o fato de alguém se apropriar de parte da riqueza produzida por outra pessoa. Eu posso ganhar 100 mil reais por mês e ainda assim alguém tirar sua lasquinha.

    Mas quem disse que devemos nos apropriar de toda a riqueza que eventualmente produzimos? Vejo que nós temos uma interpretação parecida dos fatos, mas diferimos quanto à sua valoração. Sua remuneração é aquele pontinho onde as curvas de demanda e de oferta pela sua mão-de-obra se encontram: vc pode agregar milhões em valor à empresa onde trabalha, mas a competição entre trabalhadores faz com que, freqüentemente, haja outros dispostos a agregar ainda mais valor e por um salário ainda menor do que o seu. Vc discorda que seja assim? Nem eu. A questão é que vc vê nisso algo ruim, injusto, enquanto eu vejo como o melhor sistema dentre os que já tentamos (o que não significa que seja perfeito). O capitalismo se assenta sobre a livre formação dos preços e não há pq a mão-de-obra – que é uma mercadoria como qualquer outra – ser diferente.

    Também não acho justo dizer que sem o milionário o manobrista não teria emprego. É aceitar um padrão baixo demais.

    Como vc vê, nossa diferença não é tanto interpretativa, mas valorativa. Cá no Brasil temos um maldisfarçado preconceito contra as profissões ditas “manuais” e sonhamos com um país onde só haja engenheiros, médicos, advogados e administradores. Ora, mas os manobristas – assim como os carpinteiros e os funileiros – são necessários. E garanto que eles preferem viver dessas profissões – honrosas com quaisquer outras – do que viver sem profissão alguma.

    Assim, voltamos ao ponto inicial: não chegaremos a um acordo sobre se a riqueza implica ou não exploração, pois trata-se do olhar que cada um lança aos fatos. Viva a diversidade!

  8. HEHEHEHE!!! Bia, eu chamei, mas ele não pode vir agora. Tá ocupado comendo pipoca e assistindo a “O Predador” pela trigésima vez pra ver se desta vez o Chuazeneguer morre. Eu cansei de falar que não morre, mas ele não acredita. 😉

  9. Rafael tocou em um ponto fundamental: a escravidão dos negros. Esse tópico é, para o Brasil, muito mais importante que o destino dos judeus nas mãos de Hitler. A despeito do Bush, oxalá que a humanidade aprenda alguma coisa com os erros do passado.

  10. Arendt é uma pensadora que perdeu o bonde da história. Ela escrevendo sobre violência é pior ainda do que escrevendo sobre totalitarismo. Trabalhei este semestre com meus alunos o texto dela de 1968-9, ´Sobre a violência´, onde a idéia é explicar a violência das ditaduras e a violência ´dos estudantes descontrolados´ (os de 1968), como se fossem moralmente equivalentes. É um liberalismo moral passado pelo filtro do Heidegger mais conservador. Nesse opúsculo ela chega ao ponto de dizer que os africanos que lutaram pela libertação da Argélia (Fanon à frente) não haviam entendido Marx direito e por isso se deram o direito de usar violência! Ela está sempre tentando purgar os textos da tradição filosófica de qualquer conteúdo perturbador. Abs,

  11. Duas coisas levam à pobreza (ou “exclusão”, que é o termo hype hoje em dia; mas eu sou careta): desigualdade de oportunidades e incompetência. Ou o cara não teve acesso à qualificação que o permitiria perceber uma remuneração digna ou, tendo a qualificação, faltou-lhe a necessária competência para sobreviver na competição capitalista. “Simples assim”.

    P.S.: Não sou um liberal nozickiano radical, pois acredito que é necessário oferecer a todos oportunidades equivalentes e que isso é, sim, papel do Estado, sobretudo via educação.

  12. Desde que a teoria marginal do valor foi descoberta, 100 anos atrás, não faz mais sentido falar em “mais-valia”.

    E a escravidão, por pior que seja, é um progresso em relação ao genocídio. Mas talvez eu pense assim porque eu não estaria aqui se meus antepassados tivessem sido assassinados, ao invés de escravizados.

  13. Rafael,

    Não é questão de metodologia ou implicância, mas teorias não são descobertas, e sim criadas. São apenas hipóteses que podem ou não ser comprovadas.

    Isso quer dizer que a teoria do valor adicional não tira necessariamente o sentido da idéia de mais-valia; apenas contrapõe uma outra noção, que pode ser certa ou não.

    De qualquer forma, se acho que a mais-valia é hoje um conceito cada vez mais discutível, isso não era verdade há 100 anos, com certeza. Mesmo levando-se em conta que processos históricos não são lineares, e situações extremamente avançadas (por exemplo, trabalho puramente intelectual) dividem a mesma época com exemplares acabados de atraso — escravidão é um bom caso — o importante é que há um século o trabalho da esmagadora maioria tinha, sim, sua mais-valia apropriada por outra pessoa.

    Dentro desse prisma, escravidão não é um progresso em relação ao genocídio. Primeiro porque um independe do outro, ao contrário do capitalismo, um progresso em relação ao feudalismo — e segundo porque me parece estranho tentar escolher de dois males terríveis o menor. Os dois são ruins.

    O que tentei dizer neste post foi outra coisa: que o pensamento da Arendt é tendencioso e inviável e que usa argumentos falhos para justificar sua visão de mundo.

    Sua comparação, por exemplo, mostra isso: você acha preferível ao genocídio — resultado do anti-semitismo, embora não seja exatamente sobre isso que a Arendt fala — a escravidão (que poderia ser análoga ao totalitarismo). São no mínimo três pilares desiguais, e a Arendt se enrola com eles.

  14. Se não nos apropriamos de toda riqueza que produzimos, essa riqueza tá indo parar nas mãos de alguém que obviamente não a produziu. O Alfred vê nisso um movimento positivo, mas eu não consigo achar uma palavra melhor que exploração pra definir tal processo.

  15. Entendo a distinção mas, neste caso, é irrelevante se a teoria foi “descoberta” ou “criada”. O que importa é que a hipótese do marginalismo foi comprovada. Concordo que há 100 anos a tese da mais-valia era discutível, mas só porque ainda não estava claro que ela estava errada.

    Não é bem verdade que a escravidão independa do genocídio. Existe a hipótese de que a escravidão substituiu o extermínio de povos vencidos na guerra (não quer dizer que seja a única origem da escravidão, mas é uma delas). Isso, obviamente, não é uma justificativa moral para a escravidão.

    “me parece estranho tentar escolher de dois males terríveis o menor. Os dois são ruins”
    Não entendi. É óbvio que os 2 são ruins, e não estou escolhendo entre 2 males como se fossem as únicas opções possíveis. Só estou dizendo que um deles é pior que outro. Matar um inocente é terrível, matar toda uma família inocente é ainda mais terrível. Simples.

    Não sei sobre a Arendt, mas não estou tentando justificar minha visão de mundo.

  16. Rafael, não sou economista em filósofo, nem de longe pretendo entender desses assuntos, mas até onde sei o fato de uma teoria ser aceita por muita gente não quer dizer que tenha sido comprovada: é apenas um modo de explicar o mundo, e que normalmente admite contradições. Até porque a teoria a que você se refere é da década de 1870, e conviveu — não pacificamente, claro — com a teoria da mais-valia. A tal prova a que você se refere é impossível, a não ser que você parta do princípio de que porque uma corrente majoritária acredita nela, ela foi automaticamente provada.

    Eu, por exemplo, acho as duas válidas, em situações diferentes e tempos que podem ser os mesmos ou não. Aliás, acho que as duas podem ocorrer no mesmo caso. O fato de o valor ser definido pelo consumidor não exclui, necessariamete, o fato de alguém tirar seu naco.

    Voltando à Arendt, o pensamento dela tem problemas, e sérios. O totalitarismo é tão nocivo quanto que o que se chamou “capitalismo selvagem”. Mas um é um pilar do mal e o outro não? Como diz o Alexandre, a Igreja Católica matou mais gente do que qualquer outra corrente de opinião. Por que o anti-semitismo, então, é “pilar do mal” e o resto não? Olhando para trás, se há um pilar do mal é justamente a noção monoteísta judaica quando misturada ao proselitismo cristão.

    A escravidão como substituto do extermínio é outra teoria, com todos os limites que isso impõe. Mas tanto a escravidão quanto o genocídio vêm convivendo alegremente uma com a outra. Historicamente, povos usaram uma e outro alternadamente, de acordo com suas conveniências.

    Quanto ao anti-semitismo, que o Holocausto não sirva de objeto de comparação. Como se não bastasse a escravidão dos 50 milhões de neguinhos otários, que implica preconceito de brancos contra negros, basta lembrar do genocídio de 800 mil tutsis, agora, no final do século XX, um tanto diferente por ser negro contra negro, mas essencialmente semelhante ao anti-semitismo nazista. E sem o agravante de uma guerra mundial que, na minha opinião, contribuiu para acelelar o Holocausto. Então o anti-semitismo é um pilar do mal, mas outros tipos de racismo não?

    E, entrando no campo das preferências pessoais, give me liberty or give me death é uma frase que indica o pensamento de muta gente boa. Liberdade é provavelmente o bem mais importante do ser humano.

  17. Não sei se dá para entrar neste debate tanto tempo depois, mas, aqui vai. Quantos dos que falam em “mais-valia” já leram Marx? Quem leu sabe que a “mais-valia” se divide em “absoluta” e “relativa”, sendo que a mais-valia relativa é conhecida hoje como “ganho de produtividade”. É por isso que um operário contemporâneo ganha mais que seu colega do séc. XIX. Outra coisa – Marx, e depois dele Lênin, estudou (ou estudaram) o capitalismo como SISTEMA e nunca como sociedade nacional. A contradição capital X trabalho se dá em escala planetária e não apenas num dado país. Além disso (e digo que não sou economista), em http://www.dearaujo.ecn.br (vide google) lemos que “A moderna teoria da utilidade marginal significa também que as escolhas econômicas são tipicamente entre quantidades pequenas, ou marginais.” Marginal vem de margem, ou, de à margem; portanto, no NÚCLEO, o valor MÍNIMO é sim determinado pela quantidade de trabalho socialmente necessário para a produção do bem e o lucro correspondente vem da taxa de mais-valia extraída do trabalho e incorporada pelo capital.
    Uma coisa, porém, eu acho que é consenso: economistas são piores que médicos – nunca encontramos dois que digam a mesma coisa.
    Saudações
    Ricardo F. Mansur

  18. A mais-valia existirá enquanto o sistema capitalista existir, uma sóexiste em função da outra, independe do salário pago ao trabalhador e suas condições de vida, deve-se levar em conta a taxa de mais-valia que medirá o tempo de trabalho necessário na produção e o excedente que é apropriado pelo capitalista. Portanto não se engane com o seu salário, seu trabalho pode ser intelectual ou braçal, mas a sua força de trabalho sempre realiza mais do que lhe é pago.
    Leia o livro do José Paulo Netto de Economia Política numa visão marxista.

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