Resposta ao Idelber

O Idelber, num papo pelo MSN, perguntou: “Putz, como pode alguém de 16 anos ser publicitário?”.

A resposta é simples.

Primeiro, seu pai tem que ser publicitário, nome de prêmio e considerado um dos melhores da história da propaganda baiana, isso no tempo em que a propaganda baiana emplacava Duda Mendonça e Rodrigo Sá Menezes como agência e publicitários do ano.

Aí um dia você vai com sua mãe visitar um amigo dele — um dos textos publicitários mais belos e mais poéticos que eu já vi, autor de um comercial deslumbrante para a Telebrás que ganhou o Clio e que foi um dos primeiros trabalhos da Giulia Gam — e, depois de horas conversando, ele resolve que você tem que seguir os passos da família. Passa um briefing em 30 segundos e sai, deixando você sozinho diante de uma máquina de escrever.

É uma campanha de vacinação e, por causa da vergonha, você escreve umas três frases e entrega para ele. Uma delas diz: “Não deixe que por causa de um dia seu filho perca a vida inteira”, ou algo assim.

Aí você ganha um emprego.

O resto é bobagem, é você se equilibrar aqui e ali ao longo do tempo, fazendo o que pode e às vezes o que não deve.

No fundo, eu só sou publicitário porque a outra coisa que eu sei fazer é imoral.

Expansão de negócios

Yamatsuri, uma cidadezinha no Japão, está pagando um milhão de ienes (algo como 9,600 dólares) para que mulheres tenham seu terceiro filho. É uma medida de combate às taxas decrescentes de natalidade no país do sol nascente.

E aí está uma grande oportunidade de negócios.

A GhostLovers, Inc. anuncia neste momento que está abrindo uma subsidiária, a Make-a-Baby, LLC. Uma pequena grande empresa que se dedicará a dar uma justa contribuição ao futuro de uma nação em troca de uma boa percentagem do dinheiro que o governo nipônico está oferecendo tão generosamente.

Já estou procurando aulas de japonês básico. Mas acho que não vou precisar. Ais e uis são universais.

O que a contra-revolução ainda não entendeu

No Brasil, como foi dito no post anterior, isso não interesssa: aqui jornalista é aquele que fez um curso específico e é devidamente registrado no Ministério do Trabalho. Não há espaço para especulações, do ponto de vista legal. É um exemplo do que dizem: qualquer coisa que só exista no Brasil, e não seja jaboticaba, não presta.

Mas o resto do mundo começa a discutir uma questão importante. Este artigo na Slate faz a pergunta (e já no título dá a resposta): “Quem é jornalista? — Quem quiser“.

Ali estão os principais argumentos contra aqueles que vêem a democratização da produção de informação como uma ameaça ao jornalismo:

Jornalistas intitucionalizados argumentam que blogueiros não fazem reportagem convencional, não são acurados, não são responsáveis, ou não são pagos — e logo não são repórterer genuínos.

São todos argumentos falsos.

Nada impede um blogueiro de fazer uma reportagem convencional. Há poucos meses, o Alex deu um novo ângulo ao caso de um bordel virtual fechado no Rio. Acurados? Por favor, este blog cometeu recentemente um belo erro de informação porque confiou em uma informação falsa, irresponsável e nada acurada do Estadão. E citar o caso clássico da Escola Base é covardia: basta ficar nas centenas de notícias mal apuradas que os jornais publicam todo dia.

Há outro aspecto, e esse está na própria definição de jornalismo. Eu, por exemplo, tenho sido bastante bem informado sobre aspectos interessantíssimos de Piacenza através do blog do Allan. O post da Lucia sobre as Ilhas Marshall me deu mais informações sobre aquele lugar do que toda a mídia tradicional. Esta não pode dar esse tipo de informação, geralmente, porque tem que ser tudo para todos; e este é um mundo cada vez mais fragmentado. Há necessidade de notícias de todos os tipos, para todos os públicos.

O fato de as pessoas não serem pagas para isso é um empecilho, realmente. Mas o fato é que quando alguém não quer ver uma revolução, nada adianta. Na prática blogs, com raras exceções, são hobbies, e a maior prova de sua adaptação aos novos tempos está no fato de têm “ameaçado” a mídia tradicional; são hobbies mais bem feitos que muitos jornais por aí, e no dia em que se tornarem um mercado de trabalho podem vir a ser melhores. É uma questão conjuntural, apenas.

O cerne dessa mudança, no entanto, não está somente nisso.

O último post é um exemplo — embora frágil, por se tratar muito mais de uma peça de opinião que uma reportagem — do que pode ser esse jornalismo. O Idelber complementou a informação dada, acrescentou dados; as questões levantadas pelo Roger e pela Lulu aprofundaram o debate. E assim como ele, qualquer um pode corrigir uma informação falsa com uma facilidade inexistente em outras mídias, ou acrescentar novos pontos de vista.

Porque blogs, mais que qualquer outra coisa, dizem respeito à formação de comunidades. É isso que faz a diferença. Quantos daqueles que comentam em um blog já mandaram carta para um jornal corrigindo uma informação, a não ser que sejam diretamente interessados? O fato de ser necessariamente um canal de duas vias é um dos fatores que fazem um blog ser diferente de mídias tradicionais. E com possibilidades que um jornal tradicional sequer pode vislumbrar.

Eles continuam aferrados a noções que estão mudando rapidamente. A banda passa em frente a eles, coitados, mas ele não conseguem ouvir.

A contra-revolução ataca

A justiça californiana decidiu que a Apple pode intimar o provedor de e-mail do PowerPage, um blog dedicado a notícias sobre a empresa de Steve Jobs que vazou informações que a Apple julga secretas, obrigando-o a revelar sua fonte.

Nas entrelinhas, a sentença californiana diz outra coisa, muito importante: blogueiros não são jornalistas e não têm direito a salvaguardas legais no que diz respeito a suas fontes.

Isso talvez seja óbvio no Brasil. Vivemos sob uma lei obtusa e até onde sei única no mundo, produto da última ditadura, que exige diploma para o exercício do jornalismo — a não ser que você tenha dinheiro suficiente para montar o seu próprio jornal, rádio ou TV, o que em tese assegura que você é parte do establishment e lhe torna menos perigoso. Hoje a lei é irrelevante, não quer dizer absolutamente nada na prática, mas cria no imaginário da sociedade a idéia de que jornalista é apenas aquele aprovado pelo Estado, que exerce sua profissão através de um meio institucionalizado. No Brasil sempre se oficializou a idéia de jornalismo. E talvez por isso um aspecto fundamental sempre tenha passado despercebido por aqui: jornalismo é basicamente a sociedade se expressando.

Nos Estados Unidos, em tese o grande paladino da liberdade individual, a história sempre foi diferente. A idéia de liberdade de expressão está na base do exercício do jornalismo como um direito do cidadão. Na prática, isso queria dizer que qualquer pessoa tinha o direito de publicar uma verdade que tivesse descoberto, desde que pudesse prová-la. O jornal, a TV eram apenas os meios utilizados para fazer essa mensagem alcançar a massa. Esse sempre foi um dos fundamentos da democracia.

A decisao do juiz James Kleinberg é uma porrada nesses fundamentos, muito mais pesada do que pode parecer à primeira vista.

Por um lado, é só um exemplo o que Bush está fazendo com os Estados Unidos, latinizando cada vez mais a política e fechando uma sociedade que, em muitos momentos, serviu de guia para a humanidade. A sentença californiana é, em primeiro lugar, uma iniciativa em favor do controle da informação por um estrato sócio-político cada vez mais dominado pelo grupo que Bush representa.

Mas há um lado mais sombrio, muito mais preocupante.

Há uma mudança importante em curso. A democratização da informação, de uma maneira que jamais se viu antes, é um dos grandes méritos da internet; pode vir a ser uma revolução. Dependendo de como as coisas caminhem, a internet pode se tornar a garantia de dois valores contra os quais ninguém coragem de falar abertamente: democracia e liberdade. Assim como aconteceu com o Imprensa Marrom no Brasil, quando um juiz o proibiu de continuar a ser veículo de queixas que todos sabemos legítimas contra uma empresa de “recolocação profissional”, a decisão californiana é um golpe contra a democracia e contra a liberdade de expressão da sociedade.

Estamos falando aqui de mais que o simples acesso à informação. A verdadeira revolução está sendo a democratização da produção de informação. A decisão do juiz californiano, talvez atrapalhado por seus antolhos, acaba sendo mais que um posicionamento da justiça ao lado dos grandes interesse comerciais.

Mais até que a redefinição da liberdade de expressão como um direito de poucos.

É, simplesmente, o posicionamento da justiça na contramão da história.

Cinerama

Em 29 de novembro de 1980 eu fui para o cinema sozinho pela primeira vez. Peguei um ônibus no fim de linha da Graça, onde morava. Desci na praça Castro Alves. O filme era “Nós Jogamos Com os Hipopótamos”, com Terence Hill e Bud Spencer, no Cine Guarani, hoje Glauber Rocha.

Não me perguntem como lembro da data. Mas sei por que resolvi falar disso.

No Coisa de Cinema, recomendado pelo Reginaldo, me bati com um banner avisando que o cinema, que tinha fechado em 1998, foi transformado em uma espécie de Estação Unibanco. Um mutiplex moderno, e uma alternativa excelente à segregação dos cinemas em shopping centers.

Enquanto isso, a alguns poucos quarteirões dali (basta descer a Barroquinha e virar à esquerda na Baixa dos Sapateiros), outro cinema agoniza.

Entrei no Cine Jandaia uma única vez, em 1987. Um primo aficcionado por artes marciais foi assistir a um filme de Bruce Lee e me chamou. Eu fingi um interesse que não tinha porque sabia que havia também um filme de sacanagem. Só tinha dois medos, o de ser barrado — ainda não tinha completado 16 anos — e o de o filme de Bruce Lee passar primeiro e meu primo querer ir embora. Medos bobos, como se viu. Ninguém quis saber minha idade e meu primo não foi embora depois dos gritinhos do porradeiro. Ou o filme de Lee passou por último, sei lá.

Quando entrei ali fiquei deslumbrado com os ecos de um passado que tinha sido glorioso. Como todo cinema de centro — principalmente de uma área decadente como a Baixa dos Sapateiros –, o Jandaia há muito tempo é só uma sombra do que já foi. Mas ali estavam as provas, embora esmaecidas.

O Cine Jandaia, como é hoje, foi construído no início da década de 30. Tinha um luxo que só era possível naquela época, em que a Bahia nadava no dinheiro do cacau. Não sei se ele ainda funciona; se funciona, há pelo menos 25 anos exibe diariamente as tradicionais sessões duplas dos cinema poeira — um filme de pancadaria e um filme pornô, para platéias cada vez menores.

Ali perto, e já fechado, está o Pax.

Dia desses um amigo contou como eram as coisas nos últimos dias daquele cinema.

No banheiro homens se postavam em duas filas com seus pênis para fora, como em um corredor polonês, esperando que algum homossexual os escolhesse. Nos cantos, garotos de programa faziam valer o dinheiro que estavam ganhando duramente.

***

Mais do que simples salas de exibição, alguns desses cinemas são patrimônio de uma cidade.

Todas as capitais do Brasil, hoje, discutem projetos de revitalização dos seus centros. Nenhum desses projetos, no entanto, pode estar completo sem uma iniciativa em favor dos cinemas de centro.

Não é difícil. A maioria deles é gigantesca, com mil ou mais lugares, e pode sofrer reformulações completas, a partir da diminuição de poltronas e o acréscimo de bares ou pequenos centros culturais.

Foi o que a Petrobras fez com o Odeon, na Cinelândia do Rio, e ninguém pode negar que deu extremamente certo.

Nenhum desses cinemas de centro tem alguma chance de sobrevida se não for por iniciativas estatais ou subsidiadas pelo Estado. A lei do mercado é cruel com todos eles.

Polissemia

Do Noblat, ontem:

De calça de seda ouro-velho e bata da cor caqui, dona Marisa Alencar, mulher do vice-presidente da República, José de Alencar, recebe neste momento no Palácio do Jaburu cerca de 50 mulheres para um coquetel seguido de jantar.

São mulheres de ministros, senadoras, deputadas, e embaixatrizes. Todas estão elegantemente vestidas.

Se eu conheço essas mulheres de políticos, políticas e diplomatas, não poderiam ter escolhido palácio com nome mais apropriado.

Karolina com K

Karolina foi o maior estrupício que eu encontrei na minha vida.

Ah, mulher bagunceira da mulesta… Mulher cangaceira… Conheci Karolina num forró que eu tava tocando. Quando avistei aquela mulherzona diferente no meio do salão, sem dançar com ninguém, só mangando dos matutos, eu pensei comigo: “Aquilo deve ser um pedaço de mau caminho… Mulher bonita, morena trigueira… Cabelo comprido, boa linha de lombo…”

Aí eu comecei a caprichar no fole véio pra ver se ela dava fé de mim. Mas ela nem fé deu. E eu pensei comigo: “Deixe estar, danada. Se aparecer aqui um colega pra me dar uma ajuda eu vou aí pra tu ver o que é bom pra tosse.”

Aí apareceu o Anselmo.

“Ô Anselmo, pega essa sanfona aqui.”

Anselmo pegou a sanfoninha, fui na banca de Sá Marica. “Sá Marica tem cerveja? Bote um cálice. Cervejinha é essa, Sá Marica? Só tem escuma!”

“Oxente? Cerveja quente é assim mesmo!”

“Apois. Bote duas encangadas aí no fundo do pote, que eu volto mais tarde.”

Aí me botei pro salão com mais de mil. Cheguei perto dela e disse:

“Que mal pergunte, é vosmecê que é a Karolina?”

Ela escorou na perna esquerda, descansou a direita, botou a mão nos quartos, balançou e disse:

“Pergunta é bem. Karolina com K”.

Ha.

“Quer dançar mais eu?”

“Só se for agora.”

Abufelei. E saí com essa mulher.

Joguei ela pra direita, ela veio; joguei ela pra esquerda, ela tava aí — a mulher era adivinhona… Chamei a mulher no vôo do carcará — sabe como é o carcará, né? Ele voa na vertical, pára no ar e fica peneirando… Aí eu vim descendo com ela bem devargazinho nos meus braços. Quando ela triscou os pés no chão, deu uma gaitada:

“Hahai, é hoje!”

“É hoje mesmo!”

Aí saímos fazendo aqueles fuxicos todos. A mulher pegou o cabelão, enrolou na mão — assim como vaqueiro quando vai derrubar boi –, pendeu a cabeça por um lado e saiu rodando… E eu rodando mais ela, e dando cheiro no cangote dela. A essa altura nós já tava fazendo era teatro. Era o maior burburinho do mundo. Aí eu disse pra ela:

“Karolina, vamo acolá?”

Ela respondeu:

“Bora…”

Chegamos na banca de sá Marica. “Sá Marica, cervejinha!” Ela botou uma, nós bebemos. “Bote mais uma!” Ela botou a outra, nós bebemos. “Sá Marica, bote mais duas encangadas aí no fundo que nós vamos voltar mais tarde.”

Voltamos pro salão. Nós não tava fazendo aquelas misérias todas mais não. Aí nós já tava sereno. Nós já tava daquele jeito… Maior felicidade.

Aí Zé de Bahia chegou, bateu a mão no meu ombro e disse:

“Gonzaga, acabou a festa.”

“Oxente? Acabou a festa?”

“Acabou pra você. Você agora vai tocar. Você que é o tocador? Você tá aqui fazendo arte, tá fazendo até teatro, vá tocar.”

“Pois tá certo!”

Cheguei perto do Anselmo e disse:

“Anselmo, passa a sanfona pra cá e vai dançar com Karolina. Mas não vão pra longe não, hein? Fiquem dançando aqui em volta de mim.”

Anselmo achou foi bom. Aí eu caprichei.

De vez em quando Anselmo passava por perto de mim, Karolina dava uma rabanada de vestido pra riba d’eu, cobria a sanfona… E eu sentia só aquele cheirinho de flor de amor… Maior felicidade.

Aí Zé de Bahia gritou de lá: “É cinco mil-réis! Tá na hora da cota! É cinco mil-réis! Quem não pagar não dança! É cinco mil-r — nãããão… Tá conversando, hôme? Oxente? Não quero cocoré nem choro baixo. É cinco mil-réis! Cinco mil-réis! Cinco mil-réis! Cinco mil-réis!

Também foi ligeiro. Fez a cota, chegou perto d’eu e disse: “O teu tá aqui…”

Eu disse: “Anselmo, passa a sanfona aí pra Pedro Minha Garrafa.” Sanfona na mão de Pedro Minha Garrafa, Zé de Bahia me deu os quarenta, eu saí com Karolina e Anselmo.

“Vamos contar o dinheiro, Anselmo. É vinte pra tu e vinte pra eu. Eu vou contar, pronto. Um pra eu, um pra tu, um pra eu. Um pra eu, um pra tu, um pra eu.

Anselmo, besta, com as butuca em cima de Karolina, nem prestava atenção à minha contagem.

E eu tô lá: “Um pra eu, um pra tu, um pra eu. Um pra eu, um pra tu, um pra eu. Pronto, Anselmo. Aqui tá o teu e aqui tá o meu. Agora tu vai voltar a tocar até de manhã, e guarda minha sanfona que eu amanhã eu vou buscar. E eu já vou com Karolina.”

Chegamos na banca de Sá Marica. “Sá Marica, cervejinha, cervejinha!” Sá Marica passou a cervejinha pra eu, nós bebemos, “Outra cervejinha!”, bebemos a outra. Aí já tava mesmo perto dali, do pé de sombrinhão onde minha egüinha tava amarrada. Chegamos perto da egüinha, acoxei a cilha, passei a perna, joguei Karolina na garupa, saímos escondidos pelos fundos, fomos embora.

Aí Karolina disse pra mim:

“Olha, Gonzaga! Puxa mesmo que a cabrueira vem aí atrás, parece que eles tão querendo botar gosto ruim no nosso amor!”

“Não diga isso, Carolina!”

Salpiquei a espora no sovaco, no vazio dessa égua. A egüinha se abaixou… Saiu danada, chega saiu baixinho…

Piririco, piririco, piririco, piririco, piririco, piririco, epa! Escoramos na beira do rio. O riacho tava cheio, rapaz. Aí a égua refugou água. “E agora, Karolina?”

“Vamos nos esconder dentro das moitas, aí por dentro do mato! ”

Nós entramos no mato, a negrada vinha atrás, riscou também na beira do rio. Nós escutamos o converseiro deles:

“É, sumiram… Se encantaram… Se escafederam. Vamos caçar eles?”

“Hôme, vamos voltar pro samba, que ainda tem umas duas horas de forró…”

“É mesmo, vamos voltar.”

A cabrueira voltou, e nós três ali dentro das moitas: eu, Karolina e minha égua.

E ali nós três, escutando a cantiga das águas.

Tirei a sela e lavei a égua.

***

Luiz Gonzaga foi um dos maiores escritores nordestinos que eu encontrei na minha vida.

Tatanka

A Tata faz aniversário hoje.

Pensei em lhe fazer um bocado de elogios. Por exemplo, falando dos famosos Tatrocadilhos na qual ela é mestra. Mas, sei lá, podia parecer suspeito. Sou seu amigo. Não é segredo que eu sou fã da Tata.

Mas os parabéns e a vontade de que tudo continue dando certo para ela não podem ser suspeitos.

Feliz aniversário, Tatanka.